Tudo é Justo resenha crítica da série Disney+ (2025) Flixlândia (1)

[CRÍTICA] Final da 1ª temporada de ‘Tudo é Justo’ é um delírio coletivo (e nós amamos)

Foto: Disney+ / Divulgação
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Vamos ser honestos: você pode questionar minha sanidade, tal qual questionaram a de Dina Standish, mas o final da primeira temporada de Tudo é Justo provou que essa é, de uma forma torta e genial, a melhor coisa na televisão atual. Depois de uma temporada inteira tentando encontrar o equilíbrio entre o drama jurídico sério e a novela mexicana de alto orçamento, a série de Ryan Murphy finalmente “clicou” no final de duas partes.

Como isso aconteceu? Abraçando a loucura. A série parou de fingir que é algo polido e aceitou seu casamento com o tom absurdo e o exagero. Se antes o burburinho tinha diminuído, esse final caótico — repleto de traições, roupas de grife e uma prisão chocante — garantiu que estaremos todos sentados no sofá quando a segunda temporada estrear.

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Sinopse

O final de duas horas gira em torno da tentativa maníaca de Carrington Lane (Sarah Paulson) de se tornar sócia da LVLUP Legal, a firma de sua nêmesis, Allura (Kim Kardashian). Para isso, ela engaja em um plano de vingança digno de vilã de desenho animado, anotando nomes em um caderno e riscando-os um a um.

O plano envolve manipular a insegura Liberty (Naomi Watts) com presentes temáticos da Princesa Diana e vestidos de madrinha horrorosos, além de seduzir Chase (Matthew Noszka), o ex viciado em sexo de Allura.

Enquanto Liberty cancela seu casamento com Reggie ao descobrir dívidas milionárias, Carrington foca em destruir a reputação da lendária Dina (Glenn Close), forjando provas de demência e abuso contra empregados. Tudo culmina em uma votação tensa na firma e na chegada da detetive Morrow, que prende Dina pelo assassinato do estuprador de Emerald, deixando o caminho livre (ou quase) para a ascensão de Carrington.

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Resenha crítica da série Tudo é Justo

A mágica do absurdo e o fator Sarah Paulson

O momento exato em que a série se encontrou não foi nos tribunais, mas sim quando Carrington Lane, nossa verdadeira protagonista (vamos parar de fingir que é a Allura, ok?), recita diálogos de Lembranças de Hollywood com seu “baby daddy”. Ouvir Sarah Paulson gritar referências a Meryl Streep é televisão de qualidade.

A série brilha quando deixa Paulson solta na loucura. O arco dela com Chase é a prova disso. Ela não apenas transa com o ex da rival para conseguir o que quer, como faz isso vestida de enfermeira sexy, enquanto ele usa roupa de bombeiro, numa cena que beira o terror de American Horror Story.

E o diálogo? Descobrir que o primeiro “crush” de Carrington foi Jesus Cristo e que ela usava a Escola Dominical para “homenageá-lo” mentalmente explica por que essa personagem merece cinco estrelas. É ofensivo? Talvez. É genial? Com certeza.

Tudo é Justo resenha crítica da série Disney+ 2025 Flixlândia (1)
Foto: Disney+ / Divulgação

Kim K, moda e a “invasão” de identidade

A atuação de Kim Kardashian tem sido alvo de escrutínio (e com razão, vamos torcer por mais aulas de atuação antes das filmagens em 2026), mas a série soube usar a persona dela a seu favor. O ápice da metalinguagem ocorre quando Carrington aparece na entrevista de emprego vestida e maquiada exatamente como Allura.

É um momento de “terror psicológico fashion”. Carrington justifica isso como uma homenagem, mas sabemos que é puro escárnio. A série gasta muito tempo focando nos looks extravagantes e nas joias — às vezes até mais do que no enredo de vingança ou ambição profissional —, mas ver Paulson fazendo “cosplay” de Kardashian foi um toque de mestre que elevou a rivalidade a outro nível.

O gaslighting supremo contra Dina Standish

Se você achava que a vingança seria sutil, pensou errado. O roteiro acelera de 0 a 100 no desmantelamento de Dina Standish. Carrington não apenas joga vinho na cara de uma lenda viva (o que deveria ter acontecido mais vezes, pelo drama), como orquestra um esquema de gaslighting tão complexo que faria vilões de novela das oito corarem.

Ela usa textos falsos sobre suicídio, depoimentos comprados da governanta e documentos forjados para convencer as outras sócias de que Dina está com declínio cognitivo. É cruel, é rápido e, honestamente, um pouco mal explicado.

A série pede que a gente suspenda a descrença de que advogadas tão brilhantes cairiam nessa armadilha tão facilmente. Allura, infelizmente, morde a isca com força total. Mas, novamente, a lógica aqui é secundária ao entretenimento.

Um final com vibe de “Death Note”

O desfecho, com a polícia prendendo Dina pelo assassinato de Lloyd Walton minutos após ela ser acusada de demência, é a cereja no bolo desse desastre magnífico. A cena final, com Carrington riscando o nome de Dina em seu caderninho de vingança, trouxe uma energia de anime, quase um Death Note jurídico.

Fica a dúvida: Dina realmente matou o homem para proteger Emerald? Ou Carrington é uma mente criminosa tão brilhante que plantou provas de homicídio também? O roteiro deixa pontas soltas (talvez até demais), mas cumpre o papel de nos deixar sedentos pela resposta.

Conclusão

O final da primeira temporada de Tudo é Justo foi, sem dúvida, uma bagunça completa. Mas foi uma bagunça divertida. A série sobreviveu às críticas negativas iniciais e garantiu sua renovação no Hulu (aqui no Brasil pelo Disney+), provando que números de streaming e engajamento social valem mais que consistência de roteiro.

Com as filmagens da segunda temporada previstas para a primavera de 2026, ficamos com a promessa de ver Carrington infiltrada na firma que jurou destruir, pronta para implodi-la por dentro. Se o preço para ver isso acontecer for aturar alguns buracos no roteiro e um excesso de cenas de sexo gratuitas, que seja. Já estamos com a pipoca pronta.

Onde assistir à série Tudo é Justo?

Trailer de Tudo é Justo (2025)

YouTube player

Elenco de Tudo é Justo, do Disney+

  • Kim Kardashian
  • Naomi Watts
  • Niecy Nash
  • Teyana Taylor
  • Matthew Noszka
  • Sarah Paulson
  • Glenn Close
  • Ed O’Neill
Escrito por
Juliana Cunha

Editora na ESPN Brasil e fã de cultura pop, Juliana se classifica como uma nerd saudosa dos grandes feitos da Marvel.

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