Início » ‘Zombies 4: A Era dos Vampiros’, uma passagem de tocha em ritmo desigual
Crítica do filme 'Zombies 4 A Era dos Vampiros' (2025) - Flixlândia

Foto: Disney+ / Divulgação

Após um terceiro filme que parecia ser a conclusão definitiva e harmoniosa da saga em Seabrook, o anúncio de “Zombies 4: A Era dos Vampiros” (ou Dawn of the Vampires, no original) foi recebido com uma mistura de surpresa e ceticismo.

A grande missão deste novo capítulo era clara: expandir um universo já estabelecido, introduzir uma nova leva de monstros e, o mais arriscado de tudo, iniciar uma passagem de bastão para uma nova geração de protagonistas.

O resultado é um filme que pulsa com a energia vibrante e o otimismo característicos da franquia, mas que, ao mesmo tempo, tropeça em uma fórmula que começa a mostrar sinais de desgaste, dividindo-se entre ser uma continuação mágica e um produto calculado.

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Sinopse

Depois de concluírem o primeiro ano na Mountain College, Zed (Milo Manheim) e Addison (Meg Donnelly) decidem aproveitar as férias de verão em uma viagem de carro. No entanto, um desvio inesperado os leva ao misterioso Monte Rayburn, um lugar dividido em dois territórios antagônicos: a noturna Shadyside, lar dos vampiros, e a ensolarada Sunnyside, habitada pelos “Daywalkers”.

Ambos os clãs estão à beira de um conflito pela posse dos últimos frutos da “Fruta de Sangue”, um recurso vital para sua sobrevivência. Em meio a essa tensão, a jovem Daywalker Nova (Freya Skye) e o vampiro Victor (Malachi Barton) se veem conectados por visões misteriosas, iniciando um romance proibido que pode ser a única esperança para evitar uma guerra.

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Crítica

O maior acerto de Zombies 4 reside na introdução de seus novos protagonistas. Freya Skye e Malachi Barton entregam performances carismáticas como Nova e Victor, respectivamente. A química entre os dois é inegável, e seu romance, que remete a uma versão musical e sobrenatural de Romeu e Julieta, serve como o coração emocional do filme.

Diferente da paixão quase instantânea de Zed e Addison, a conexão de Nova e Victor é construída de forma mais gradual, o que torna seu dueto “Dream Come True” um dos pontos altos da narrativa. Contudo, essa construção por vezes parece mais uma conveniência de roteiro do que um desenvolvimento orgânico, funcionando como uma engrenagem para mover a moral da história, em vez de explorar profundamente suas personalidades.

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O dilema do legado dos personagens

Se por um lado os novatos brilham, por outro, o filme não sabe muito bem o que fazer com seu elenco original. Zed e Addison, agora também produtores executivos do filme, assumem uma postura de mentores. Embora essa seja uma evolução natural e emocionante para os personagens, na prática, eles são relegados a um papel de coadjuvantes em sua própria franquia.

O problema se agrava com personagens como Willa (Chandler Kinney) e Eliza (Kylee Russell), que são figuras queridas pelos fãs mas que aqui têm suas participações reduzidas a pouco mais que um apoio cômico, com pouca relevância para a trama principal. O filme tenta equilibrar o adeus da antiga guarda com as boas-vindas à nova, mas acaba não fazendo justiça plena a nenhuma das duas.

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Cena do filme 'Zombies 4 A Era dos Vampiros' (2025) - Flixlândia
Cena do filme ‘Zombies 4 A Era dos Vampiros’ (Foto: Disney+ / Divulgação)

Entre a repetição e a inconsistência

A estrutura narrativa de Zombies 4 soa perigosamente familiar. A premissa de duas comunidades rivais que precisam aprender a conviver por um bem maior é, em essência, uma reciclagem do enredo do primeiro filme.

A “Fruta de Sangue” funciona como um MacGuffin simplista para justificar o conflito, e a mitologia introduzida levanta mais perguntas do que respostas. Vampiros que andam de dia e evitam sangue? A ideia subverte as expectativas, mas também ignora as bases clássicas de uma forma que beira o cômico.

Além disso, há uma pequena falha de continuidade que pode incomodar os fãs mais atentos: o final de Zombies 3 sugeria a existência de vampiros, mas aqui eles são tratados como uma descoberta inédita, quebrando a coesão do universo. O roteiro parece mais interessado na mensagem de união do que em construir um mundo sólido e coerente.

Trilha sonora desigual

A música sempre foi o pilar da franquia Zombies, e aqui não é diferente. No entanto, a trilha sonora é visivelmente irregular. Canções como “The Place to Be”, que introduz os novos clãs, e o número de confronto “Don’t Mess With Us” capturam a energia contagiante e a qualidade coreográfica que os fãs esperam.

Por outro lado, várias faixas, incluindo a música de abertura “Legends In The Making”, parecem genéricas e esquecíveis, soando mais como sobras de outras produções da Disney do que como hinos da identidade de Zombies. A trilha sonora tem seus momentos de brilho, mas carece da consistência memorável que marcou os dois primeiros filmes, resultando em uma experiência musical com mais baixos do que altos.

Conclusão

Zombies 4: A Era dos Vampiros é um filme feito de dualidades. Ele consegue ser, ao mesmo tempo, uma emocionante despedida para Zed e Addison e uma introdução apressada para seus sucessores. Traz a energia, as coreografias e a mensagem positiva que são a marca registrada da saga, mas o faz através de um roteiro repetitivo e pouco ousado.

Para o público mais jovem e os fãs leais que acompanharam a jornada de Seabrook desde o início, o filme entrega uma experiência divertida e reconfortante. No entanto, para aqueles que esperavam uma evolução genuína ou uma lufada de ar fresco, a sensação é a de um filme morno, que opta pelo caminho seguro em vez de arriscar.

Com um gancho claro para uma quinta sequência, fica a esperança de que, agora que a tocha foi oficialmente passada, a franquia finalmente se permita explorar novos e mais corajosos territórios.

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Assista ao trailer de Zombies 4: A Era dos Vampiros (2025)

Elenco do filme Zombies 4: A Era dos Vampiros

  • Freya Skye
  • Malachi Barton
  • Meg Donnelly
  • Milo Manheim
  • Julian Lerner
  • Kylee Russell
  • Swayam Bhatia
  • Mekonnen Knife

Sobre o autor

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