“Joy” é um filme que transcende sua narrativa histórica para tocar em questões profundamente humanas, como o desejo de formar uma família, as barreiras impostas pelo conservadorismo e o papel das mulheres na ciência.
Com direção de Ben Taylor, o longa aborda o nascimento da fertilização in vitro (FIV), uma das maiores conquistas científicas do século XX. No entanto, seu maior mérito está em trazer à tona a figura de Jean Purdy, uma heroína cujas contribuições foram por muito tempo subestimadas.
Sinopse do filme Joy (2024)
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Crítica de Joy, da Netflix
O roteiro equilibra momentos de humor, dor e superação, mas tropeça ao incorporar elementos dramatizados, como o conflito religioso entre Purdy e sua mãe. Embora esses detalhes ampliem a dimensão pessoal da narrativa, eles podem soar forçados para quem conhece os fatos históricos. Ainda assim, o filme oferece uma reflexão relevante sobre o papel das mulheres na ciência, destacando como as contribuições de Purdy foram ignoradas por décadas.
A atmosfera dos anos 1970 é capturada com precisão, desde as cores desbotadas da fotografia até as tensões sociais e morais que permeiam a trama. No entanto, o foco limitado nas pacientes que participaram dos testes da FIV deixa um vazio emocional. Enquanto os dilemas científicos e éticos são explorados em profundidade, a ausência de uma conexão mais significativa com essas mulheres impede que o filme alcance todo o seu potencial emotivo.
Conclusão
“Joy” é um filme que celebra a persistência e o trabalho coletivo, destacando o impacto duradouro de uma descoberta que mudou milhões de vidas. Embora peque em alguns aspectos narrativos, sua força reside nas performances dos atores e na homenagem tardia, mas merecida, à cientista Jean Purdy. É um lembrete de que, por trás de cada marco científico, há histórias de sacrifício, resiliência e luta por reconhecimento.
2 thoughts on “‘Joy’ é um tributo às pioneiras da ciência e ao sonho de ser mãe”