“Enfeitiçados” (Spellbound), a mais recente animação lançada pela Netflix, chega com a promessa de uma fábula moderna, com músicas de Alan Menken, direção de Vicky Jenson e um elenco de vozes estelar.
Apesar das credenciais, o filme é um esforço que mistura elementos clássicos de contos de fadas com uma mensagem relevante sobre divórcio e as dificuldades emocionais que ele acarreta. No entanto, será que essa combinação resulta em algo marcante?
Sinopse do filme Enfeitiçados (2024)
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Crítica de Enfeitiçados, da Netflix
O design visual é um dos aspectos mais frágeis do filme. Comparado a grandes produções animadas, “Enfeitiçados” parece datado, com cenários pouco detalhados e personagens que carecem de inovação. Mesmo momentos mais criativos, como a “sombra” retratada como um tornado de emoções negativas, acabam ofuscados pela falta de polimento geral.
Trilha e dublagem
Musicalmente, Alan Menken entrega composições competentes, mas longe de seus clássicos memoráveis. “The Way It Was Before” é um destaque, mas outras faixas soam genéricas e rapidamente esquecíveis. Rachel Zegler, no entanto, demonstra talento ao combinar sua atuação vocal com momentos musicais que elevam algumas cenas.
Quanto aos personagens, Ellian se destaca como uma protagonista determinada e empática, mas a falta de um antagonista real prejudica o desenvolvimento do conflito. A “sombra” funciona mais como um conceito do que como uma ameaça palpável, e a ausência de riscos claros diminui o impacto emocional da narrativa.
Conclusão
“Enfeitiçados” tenta conjurar magia ao explorar temas relevantes e atemporais, mas sua execução genérica e visual inconsistente o impedem de se destacar. Com momentos pontuais de brilho – graças à música de Menken e à atuação de Zegler -, o filme oferece uma experiência que, embora divertida, dificilmente será lembrada como um marco na animação.
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