Com a chegada de “Guerra Civil” (Civil War), Alex Garland, conhecido por obras como Ex Machina e Aniquilação, entrega um filme que desafia expectativas e propõe uma experiência densa, tanto no tema quanto na forma.
Liderado pelas atuações marcantes de Kirsten Dunst e Wagner Moura, o longa é um convite a refletir sobre os horrores da guerra e a fragilidade de uma sociedade fragmentada. Longe de ser apenas um blockbuster, este é um filme que provoca, exige e recompensa os que estão dispostos a se aventurar por sua narrativa ambiciosa.
Sinopse do filme Guerra Civil (2024)
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Crítica de Guerra Civil, da Max
Elenco de primeira
As atuações são o coração pulsante do filme. Kirsten Dunst impressiona ao dar vida a uma fotojornalista dessensibilizada, cuja frieza exterior esconde o impacto das tragédias que testemunha. Já Wagner Moura entrega uma performance carismática como Joel, um repórter impulsivo e apaixonado pelo perigo.
A química entre os dois cria uma dinâmica que sustenta grande parte da narrativa. Cailee Spaeny e Stephen McKinley Henderson também se destacam, trazendo nuances que enriquecem o grupo.
Visual deslumbrante
Visualmente, o filme é deslumbrante e perturbador. A fotografia naturalista de Rob Hardy e a direção de Garland criam um contraste poderoso entre cenas de silêncio absoluto e explosões ensurdecedoras.
Essa abordagem sonora é uma das ferramentas mais eficazes do longa, envolvendo o espectador em uma atmosfera opressiva e imersiva. A trilha sonora de Geoff Barrow e Ben Salisbury é discreta, mas essencial, pontuando momentos de tensão com precisão.
Falta de profundidade maior
Conclusão
“Guerra Civil” é uma obra que desafia as convenções do cinema de guerra e blockbuster, recusando-se a simplificar sua narrativa para agradar a todos. Alex Garland propõe uma experiência que, ao mesmo tempo em que é intensa e inquietante, exige paciência e atenção.
Com atuações excepcionais, uma direção segura e uma abordagem técnica impecável, o longa é uma adição memorável ao catálogo da A24 e um forte candidato a figurar entre os melhores filmes do ano.
Embora não seja para todos os gostos, “Guerra Civil” é um convite para refletir sobre o impacto da guerra, a ética do jornalismo e as fragilidades de uma sociedade dividida. Se você estiver disposto a embarcar nessa jornada, encontrará uma experiência rica e provocadora que ressoa muito além das telas.
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