“A Vida que Você Queria” (La Vita che Volevi) é a mais nova série italiana da Netflix, criada e dirigida por Ivan Cotroneo. A produção, que estreou nesta quarta-feira (29), é estrelada por Vittoria Schisano, uma atriz que passou por uma transição de gênero, assim como sua personagem, Gloria. Produzida pela Banijay Studios Italy, a série explora temas relevantes e contemporâneos, como a busca pela felicidade e a aceitação de si mesmo, em um contexto de drama e reflexão.
Sinopse de A Vida que Você Queria, da Netflix
Gloria, interpretada por Vittoria Schisano, é uma ex-cantora que encontrou paz e felicidade em Lecce, onde abriu uma agência de turismo e vive com seu companheiro Ernesto. No entanto, sua tranquilidade é abalada pela chegada de Marina, uma antiga amiga dos tempos de universidade em Nápoles, antes de Gloria iniciar sua transição.
Marina traz consigo seus dois filhos, Andrea e Arianna, e está grávida de um terceiro filho, cujo pai é Pietro, um jovem de caráter problemático. A presença da mulher e seu passado tumultuado colocam Gloria em uma situação delicada, forçando-a a confrontar o que passou e a redefinir seu conceito de felicidade.
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Crítica da série A Vida que Você Queria (2024)
“A Vida que Você Queria” apresenta uma premissa intrigante e relevante, especialmente ao abordar a jornada de uma mulher transgênero em busca de aceitação e felicidade. No entanto, a execução da série deixa muito a desejar. Desde as primeiras cenas, fica evidente que a produção sofre de problemas significativos de direção e atuação, que comprometem a profundidade e o impacto da narrativa.
A série tenta abordar temas importantes como a transição de gênero e o preconceito, mas falha em criar uma conexão emocional genuína com o público. A trama se desenrola de maneira superficial, sem a complexidade necessária para explorar adequadamente os dilemas e conflitos internos dos personagens. A atuação de Vittoria Schisano, embora sincera em sua tentativa, muitas vezes carece de autenticidade e profundidade, o que dificulta a imersão do espectador na história de Gloria.
Além disso, “A Vida que Você Queria” peca em sua abordagem estilística, lembrando mais uma novela tradicional do que uma produção original da Netflix. A direção de Cotroneo não consegue se destacar, com escolhas visuais e narrativas que não agregam valor à história. A fotografia, apesar de capturar belas paisagens de Lecce e Nápoles, não compensa a falta de inovação e sofisticação na direção.
Outro ponto fraco de “A Vida que Você Queria” é a construção dos coadjuvantes. Marina, interpretada por Pina Turco, é retratada de forma caricatural, enquanto os outros personagens, como Sergio (Giuseppe Zeno) e Pietro (Alessio Lapice), são unidimensionais e previsíveis. Essa falta de desenvolvimento dos personagens secundários resulta em interações pouco convincentes e uma narrativa desarticulada.
Conclusão
“A Vida que Você Queria” tinha potencial para ser inovadora e emocionalmente impactante, especialmente por abordar a vida de uma mulher transgênero em um contexto contemporâneo. No entanto, a execução falha em vários aspectos críticos, desde a atuação até a direção e o desenvolvimento da trama. A série não só deixa a desejar em termos de qualidade técnica e artística, mas também não consegue explorar plenamente os importantes temas que se propôs a abordar.
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Onde assistir à série A Vida que Você Queria?
A série está disponível para assinantes da Netflix.
Trailer de A Vida que Você Queria, da Netflix
Elenco de A Vida que Você Queria (2024)
- Vittoria Schisano
- Giuseppe Zeno
- Pina Turco
- Alessio Lapice
- Nicola Bello
- Francesca Pia Di Nola
- Michele De Virgilio
Ficha técnica da série A Vida que Você Queria
- Título original: La Vita Che Volevi
- Criação: Ivan Cotroneo, Monica Rametta
- Direção: Ivan Cotroneo
- Roteiro: Nicola Pimpinella, Ivan Cotroneo, Monica Rametta
- Gênero: drama
- País: Itália
- Temporada: 1
- Episódios: 6
- Classificação: 16 anos
Creio que aí você errou feio! As escolhas estéticas do diretor foram meticulosamente pensadas para atingir um público muito bem definido, um público imenso, por sinal. Ao trazer uma mulher trans como protagonista em uma novela nos moldes de uma novela mexicana, ele aborda o assunto com um público que não absorveria o debate se a obra seguisse os SEUS padrões estéticos, você não conseguiria se comunicar com esse público, é elitista.