Início » ‘Andor’ acaba, mas a rebelião nunca termina

Quando Rogue One foi lançado em 2016, sua proposta era clara: contar como a Aliança Rebelde conseguiu os planos da Estrela da Morte. Sua história fechada, intensa e com final trágico, parecia não deixar espaço para continuações. E foi por isso que “Andor” – que chegou ao seu final da temporada 2 no Disney+ – chegou cercada de ceticismo. Afinal, para quê acompanhar a trajetória de um personagem cujo destino já conhecemos?

A resposta se desdobra em duas temporadas e atinge seu ápice nos episódios finais. A série comandada por Tony Gilroy entrega não apenas uma obra-prima dentro do universo Star Wars, como também reforça a relevância da franquia no cenário contemporâneo da ficção política e dramática.

Frete grátis e rápido! Confira o festival de ofertas e promoções com até 80% OFF para tudo o que você precisa: TVs, celulares, livros, roupas, calçados e muito mais! Economize já com descontos imperdíveis!

Sinopse dos episódios 10 a 12, final da temporada 2 da série Andor (2025)

Na temporada 2, “Andor” salta um ano à frente após os eventos da primeira. A estrutura se organiza em blocos de três episódios, cada um retratando momentos distintos da contagem regressiva para a Batalha de Yavin. A trama acompanha Cassian (Diego Luna), agora um espião rebelde mais convicto, em missões que esbarram constantemente na relutância da Aliança e no avanço da opressão imperial.

Paralelamente, vemos o impiedoso Luthen (Stellan Skarsgård) enfrentar seus fantasmas, a senadora Mon Mothma (Genevieve O’Reilly) afundar na ambiguidade política, e Kleya (Elizabeth Dulau) ganhar protagonismo em uma missão pessoal e estratégica para preservar os segredos da rebelião. Tudo converge para um final emocional, sombrio e profundamente coerente com o legado que levará aos eventos de Rogue One.

Você também pode gostar disso:

+ ‘A Garota Roubada’: thriller do Disney+ desafia sua empatia

+ Entre o grotesco e o genial: a ousadia sem freios de ‘Bad Thoughts’

+ ‘Gostinho de Amor’ começa leve, mas ainda busca seu tempero ideal

Crítica do final da temporada 2 de Andor (episódios 10 a 12), do Disney+

Tony Gilroy e sua equipe transformam “Andor” em um caso raro: uma série que sabe exatamente onde quer chegar. Ao contrário de produções que arrastam a trama por conveniência comercial, aqui tudo é planejado. A progressão dos episódios respeita o tempo dramático e cria tensão não com batalhas grandiosas, mas com decisões silenciosas, diálogos carregados e consequências reais. O espectador já sabe o final, mas não deixa de se surpreender com o caminho.

A estratégia de dividir a temporada em blocos independentes, com saltos temporais calculados, dá à série uma respiração rara no streaming. Cada arco parece um minifilme, com início, meio e fim — especialmente o brilhante arco de Ghorman, que ecoa eventos políticos contemporâneos como a Primavera Árabe e o uso da mídia para justificar massacres.

Personagens que vivem para lutar (e morrer) por algo maior

Embora leve o nome de “Andor”, a série nunca se limita a Cassian. Pelo contrário, ela se debruça sobre figuras secundárias e lhes dá profundidade raramente vista em Star Wars. Luthen é o exemplo máximo disso: complexo, pragmático, frio — e indispensável. Seu final, entregue com sensibilidade por Kleya, é uma das cenas mais tocantes da saga espacial. A relação entre os dois, revelada por flashbacks, dá nova camada ao personagem e mostra como a rebelião foi forjada por laços pessoais, nem sempre nobres.

Mon Mothma abandona o papel de senadora idealista para se tornar uma líder de mãos sujas. A série não tem medo de mostrar que, para derrotar o Império, às vezes é preciso abrir mão de ideais — uma lição amarga, mas necessária.

A linguagem visual como narrativa

A qualidade técnica da série é notável. A direção de Alonso Ruizpalacios transforma conversas em bancos de praça em batalhas silenciosas de inteligência e medo. Câmeras fechadas, enquadramentos calculados, uso inteligente de profundidade de campo e arquitetura urbana são recursos que enriquecem a experiência e atribuem simbolismo às decisões de cada personagem.

Até mesmo cenas sem diálogos ganham poder — como quando Kleya caminha em silêncio pelos corredores do hospital, revivendo memórias e carregando o peso de seu último ato com Luthen.

Sacrifícios e legado: o verdadeiro fim de uma jornada

Na reta final, Cassian assume um papel que transcende o herói clássico. Ele é a engrenagem de uma máquina maior. Sua importância não vem de grandes atos heroicos, mas da persistência diante do absurdo. Quando finalmente parte para o Ring of Kafrene, o espectador sente que chegou ao ponto exato onde Rogue One começa — e isso é feito sem alarde, mas com precisão emocional devastadora.

Bix, com um bebê nos braços, torna-se a representação viva de que há futuro depois da dor. A cena no campo de trigo, com ela segura o que se presume ser o filho de Cassian, encerra a série com uma mistura de melancolia e esperança que poucas obras conseguem alcançar.

Acompanhe o Flixlândia no Google Notícias e fique por dentro do mundo dos filmes e séries do streaming

Conclusão

“Andor” encerra sua jornada como um exemplo de como se fazer um bom prelúdio — não adicionando camadas artificiais, mas aprofundando as que já existiam. Ao contrário de tantas produções derivadas, ela justifica sua existência ao oferecer uma história com peso, relevância política, densidade emocional e domínio técnico.

Mais do que ampliar o universo Star Wars, “Andor” o dignifica. Mostra que há espaço para narrativas maduras, para tons de cinza e para personagens que não nasceram heróis, mas se tornaram por necessidade.

Ao final do 12º episódio da temporada de “Andor”, é impossível não desejar imediatamente assistir a Rogue One — e isso diz tudo. Por isso, não se trata de só uma série. É uma ponte emocional, política e narrativa para o melhor que Star Wars pode oferecer.

Siga o Flixlândia nas redes sociais

Instagram

Twitter

TikTok

YouTube

Onde assistir à série Andor?

A série está disponível para assistir no Disney+.

Trailer da temporada 2 de Andor (2025)

Elenco de Andor, do Disney+

  • Diego Luna
  • Stellan Skarsgård
  • Denise Gough
  • Kyle Soller
  • Genevieve O’Reilly
  • Adria Arjona
  • Faye Marsay
  • Dave Chapman
  • Elizabeth Dulau
  • Joplin Sibtain

Ficha técnica da série Andor

  • Título original: Andor
  • Criação: Tony Gilroy
  • Gênero: ficção científica, drama, suspense
  • País: Estados Unidos
  • Temporada: 2
  • Episódios: 12
  • Classificação: 14 anos

Sobre o autor

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *