Início » Terceira temporada de ‘Round 6’ tem o desfecho épico e brutal que a série merecia

Fenômeno global desde sua estreia em 2021, “Round 6” chegou à sua temporada 3 – e último ato – com a promessa de encerrar a jornada de Gi-hun e, com ela, dar um ponto final no jogo mais cruel do streaming. Sob direção de Hwang Dong-hyuk, a série sul-coreana volta às suas origens com intensidade, violência simbólica e críticas afiadas ao sistema capitalista — mas não sem tropeços.

Ao abraçar um tom mais épico e dramático, a terceira temporada entrega momentos de pura brutalidade emocional e moral, aprofundando personagens antigos, introduzindo novas dinâmicas polêmicas e — mais do que nunca — apontando o dedo para a crueldade institucionalizada que alimenta o espetáculo.

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Sinopse da temporada 3 de Round 6

Após a fracassada rebelião comandada por Gi-hun (Lee Jung-jae), restam apenas 60 jogadores na competição. Silenciado pela dor e pelo peso da culpa, o protagonista retorna aos jogos, onde velhas e novas dinâmicas — como um esconde-esconde mortal — continuam testando os limites da humanidade.

Enquanto isso, do lado de fora, o detetive Jun-ho (Wi Ha-joon) tenta localizar a ilha e expor o sistema de dentro para fora. Novos personagens ganham espaço, como a grávida Jun-hee (Jo Yuri), o cripto-investidor Myung-gi (Im Si-wan) e a veterana Jang Geum-ja (Kang Ae-shim), todos navegando entre sobrevivência, desespero e dilemas morais. O sistema permanece impiedoso. E a cada jogo, voto ou traição, a série reforça: ninguém sai ileso do Round 6.

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Crítica do final da série Round 6

Ao retomar exatamente de onde a segunda temporada parou, a série aposta em um ritmo mais contido nos primeiros episódios. Gi-hun, traumatizado, passa boa parte do tempo calado, observando. Essa decisão criativa pode frustrar alguns espectadores, mas é uma escolha coerente: o protagonista está destroçado. E a atuação de Lee Jung-jae transmite isso com uma crueza impressionante.

Jogos mais violentos, decisões mais cruéis

A terceira temporada não economiza na brutalidade. Um dos destaques é a versão letal de esconde-esconde, onde os jogadores precisam matar ou morrer — sem mais metáforas. É aqui que a série mostra sua face mais impiedosa, mas também mais reflexiva: as escolhas deixaram de ser estratégicas; agora são morais. A decisão de transformar um bebê recém-nascido em jogador, votada pelos VIPs, sintetiza bem o absurdo desumanizante do sistema.

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Personagens complexos e performances arrebatadoras

Com menos jogadores em cena, a temporada consegue aprofundar os personagens com maior eficiência. Kang Ae-shim, como Geum-ja, entrega a atuação mais emocionante da série, em uma cena que será lembrada como um dos grandes momentos do drama coreano contemporâneo.

Também se destacam Park Sung-hoon, como Hyun-ju, a ex-soldado transgênero que combina força e vulnerabilidade, e Im Si-wan, cuja ambiguidade moral faz de Myung-gi um vilão envolvente. Os conflitos entre Gi-hun e Dae-ho (Kang Ha-neul), em especial, elevam o embate ético da temporada.

A crítica social permanece, mas às vezes se perde no exagero

A crítica ao capitalismo, à democracia como fachada e à espetacularização da miséria segue presente — inclusive de forma ainda mais explícita. No entanto, o retorno dos VIPs é um tropeço: caricatos, com diálogos risíveis, eles destoam do tom sóbrio do restante do elenco. A intenção satírica é compreensível, mas a execução compromete a imersão.

Por outro lado, o paralelo entre a estrutura dos jogos e o nosso mundo — onde falsas escolhas e a promessa de ascensão mascaram sistemas opressores — nunca foi tão bem representado.

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Foto: Netflix / Divulgação

Um desfecho grandioso, sem concessões

O confronto final entre Gi-hun e Myung-gi não surpreende em seu desfecho, mas a direção e fotografia elevam a cena a um clímax operático. A decisão de não buscar um final feliz ou redentor fortalece a mensagem da série: no jogo da vida, nem sempre há vencedores — só sobreviventes.

O epílogo, com participação especial de um nome de peso e um possível gancho para novas histórias, é mais simbólico do que promissor. E isso é bom. Round 6 termina como deveria: com um impacto que permanece.

Conclusão

A temporada 3 de “Round 6” representa o ápice da série em termos de densidade emocional, narrativa e visual. Embora com alguns tropeços — especialmente relacionados aos VIPs e à diluição da sátira nos momentos mais óbvios —, a temporada encerra com firmeza o arco de Gi-hun e reafirma seu lugar como um dos maiores dramas do streaming contemporâneo.

Não há necessidade de continuações. Esta é uma história que encontrou sua conclusão com coragem e contundência. E talvez, assim como os jogadores, o público também precise aprender a parar de jogar.

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Onde assistir à série Round 6?

A novela está disponível para assistir na Netflix.

Trailer da temporada 3 de Round 6

Elenco de Round 6, da Netflix

  • Lee Jung-jae
  • Wi Ha-joon
  • Jeon Young-soo
  • Lee Byung-hun
  • Kim Byung-cheol
  • Lee Seo-hwan
  • Oh Dal-su
  • Yim Si-wan
  • Park Gyuyoung

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