Início » ‘O Conto da Aia’ (6×07): The Handmaid’s Tale arma o golpe mais simbólico da série

No episódio 7 da temporada 6 de “O Conto da Aia” (The Handmaid’s Tale), intitulado “Destruição”, a série retoma seu tom mais sombrio, brutal e urgente, deixando para trás os episódios de transição que ensaiavam calmaria.

O capítulo é um verdadeiro divisor de águas: enquanto os personagens enfrentam consequências profundas de suas escolhas, a narrativa arma o cenário para um possível clímax apoteótico. Em meio a traições, massacres e planos de vingança, o episódio resgata a essência do que fez a série ser tão impactante desde seu início — o embate entre sobrevivência e justiça.

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Sinopse do episódio 7 da temporada 6 da série O Conto da Aia / The Handmaid’s Tale (2025)

Após o fracasso da missão em Jezebel’s, onde a resistência pretendia atacar o regime de Gilead, June Osborne se vê obrigada a reavaliar suas alianças e estratégias. A traição de Nick, que entregou o plano ao Comandante Wharton, resultou no assassinato de quase todas as mulheres envolvidas, deixando Janine como única sobrevivente.

Mesmo devastada, June propõe um novo plano: transformar o casamento de Serena Joy e Wharton em palco de um atentado contra os líderes do regime. Paralelamente, Tia Lydia enfrenta sua crise interna ao se deparar com as consequências do sistema que jurou servir, enquanto uma nova figura, Tia Phoebe, surge como peça-chave da resistência infiltrada. A guerra não é mais silenciosa — ela está prestes a ser televisionada.

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Crítica da temporada 6 (episódio 7) de O Conto da Aia (The Handmaid’s Tale), do Paramount+

Se nas últimas temporadas a série se permitiu respirar, entre paisagens oceânicas e cafés silenciosos, “Destruição” pisa no acelerador. O massacre em Jezebel’s — mostrado com crueza e sem concessões — não é só um lembrete da brutalidade de Gilead, mas uma recalibração do tom da série. É como se o episódio gritasse: “Lembrem-se de onde viemos.”

E essa lembrança dói. Mulheres executadas friamente, sangue escorrendo por ralos brancos, Wharton se vangloriando como um déspota satisfeito — a direção de Daina Reid atinge em cheio, sem romantizar o horror, mas também sem suavizá-lo.

June entre fé, culpa e vingança

A força de “The Handmaid’s Tale” sempre esteve em sua protagonista. Elisabeth Moss, mais uma vez, entrega uma performance contida e devastadora. June atravessa o episódio despedaçada, mas aos poucos se recompõe — não por inspiração divina, mas por raiva, lealdade e necessidade.

Quando recita o Salmo 23 com uma reviravolta blasfema, não é uma oração comum: é um grito de guerra. “Dê-nos força para matar aqueles filhos da p…” — é isso que sobra de fé em um mundo que usou Deus como justificativa para estupros e assassinatos.

Nick e a traição sem volta

O arco de Nick é uma espiral de autodefesa e covardia. Sua justificativa — “somos humanos, queremos sobreviver” — não convence, nem a June, nem ao público. Seu gesto não foi por estratégia, mas por acomodação.

Ele não escapou do sistema, ele floresceu dentro dele. Quando Luke o confronta em nome de June, é como se dissesse em voz alta o que o público há tempos pensava: não se ama um nazista, mesmo que ele te olhe com ternura.

Serena Joy: a vaidade que abre a brecha

Enquanto o casamento de Serena simboliza a encenação do poder de Gilead, ele também representa sua fragilidade. Ao buscar pompa, Serena expõe a vulnerabilidade do regime. Joseph Lawrence vê isso com clareza e manipula todos os tabuleiros.

É dele a ideia de tirar Lydia do caminho, realocando-a para Washington. É dele a percepção de que Serena não quer ser respeitada — apenas vista. E é justamente essa vaidade que permitirá que as Aias se tornem o cavalo de Troia da resistência.

Lydia: a tragédia da servidão voluntária

Talvez o retrato mais amargo do episódio seja Tia Lydia. Ela chora por Janine, se comove com os corpos em Jezebel’s, mas, no fim, segue fiel ao sistema. Sua tentativa de “humanizar” o papel das Aias — agora como “atendentes respeitáveis” — não é salvação, é maquiagem em um cadáver.

Lydia acredita que está fazendo o bem, e isso é o que a torna ainda mais perigosa. Seu fanatismo é melancólico, não monstruoso, e justamente por isso tão trágico.

O plano final: vestes, veneno e bombas

Ao transformar o casamento em palco do contra-ataque, “O Conto da Aia” costura simbolismo e ação com maestria. A ideia de esconder facas nos tecidos das Aias, de usar a estética do regime contra ele mesmo, é tão engenhosa quanto desesperadora.

A participação de Rita, agora desconfiada de Nick, e a infiltração de Moira e June no Red Center reacendem o espírito de luta. O plano é perigoso, sem garantias de retorno — mas é a única chance. É, como a própria série defende, uma revolução imperfeita, mas necessária.

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Conclusão

O episódio 7 da temporada 6 de “O Conto da Aia” (The Handmaid’s Tale) é um soco no estômago, mas também um chamado. Ele não apenas reconecta a série com sua essência brutal e política, como também prepara o terreno para um final arrebatador.

A traição de Nick, a ambiguidade de Lydia, a vaidade de Serena, e a resiliência de June se entrelaçam em uma narrativa tensa e necessária. É um capítulo que não oferece conforto — mas oferece propósito. E, em tempos como os de Gilead (ou como os nossos), isso é o que mais importa.

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Onde assistir à série O Conto da Aia (The Handmaid’s Tale)?

A série está disponível para assistir no Paramount+.

Trailer da temporada 6 de O Conto da Aia / The Handmaid’s Tale (2025)

Elenco de O Conto da Aia (The Handmaid’s Tale), do Paramount+

  • Elisabeth Moss
  • Yvonne Strahovski
  • Ann Dowd
  • O-T Fagbenle
  • Madeline Brewer
  • Max Minghella
  • Samira Wiley
  • Amanda Brugel

Ficha técnica da série O Conto da Aia (The Handmaid’s Tale)

  • Título original: The Handmaid’s Tale
  • Criação: Bruce Miller
  • Gênero: drama, suspense
  • País: Estados Unidos
  • Temporada: 6
  • Episódios: 10
  • Classificação: 16 anos

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