Confira a crítica da parte 2 da temporada 1 de "Beauty in Black", série dramática de 2025 disponível para assistir na Netflix
Críticas

‘Beauty in Black’ volta explosiva, mas repete clichês

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Tyler Perry retorna com a parte 2 da primeira temporada de “Beauty in Black”, sua primeira colaboração com a Netflix. Se a primeira metade, lançada em outubro de 2024, deixou os espectadores em suspense com um cliffhanger cheio de reviravoltas, a segunda parte prometia ainda mais drama, intriga familiar e vingança.

No entanto, apesar do sucesso com o público, a série continua dividindo opiniões, sendo criticada pela falta de sutileza e pelos clichês narrativos. Mas será que vale a pena maratonar essa segunda parte?

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Sinopse da parte 2 da série Beauty in Black (2025)

A trama da parte 2 de “Beauty in Black” retoma os eventos do final da primeira. Kimmie, determinada a salvar sua irmã mais nova, Sylvie, embarca em uma caçada implacável contra aqueles que a raptaram.

Enquanto isso, Horace Bellarie, em meio às disputas familiares por seu império financeiro, surpreende ao pedir Kimmie em casamento para garantir que sua fortuna não caia nas mãos de seus filhos mimados.

Entre traições, alianças inesperadas e embates sangrentos, a série entrega um final caótico, deixando o caminho aberto para uma possível segunda temporada.

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Crítica de Beauty in Black (parte 2), da Netflix

Tyler Perry é conhecido por sua abordagem exagerada ao drama, e essa segunda parte de “Beauty in Black” não é exceção. A trama avança em ritmo frenético, com reviravoltas constantes e personagens tomando decisões impulsivas. No entanto, muitas dessas surpresas são previsíveis, reforçando a sensação de que a série se apoia mais no choque do que na construção de uma história coesa.

O desenvolvimento de Kimmie é um exemplo disso. Sua transição de vítima a implacável justiceira acontece de forma abrupta, sem tempo para uma evolução mais orgânica. Já Horace, que deveria ser um personagem intrigante, acaba parecendo uma caricatura de um magnata manipulador, tornando seu arco menos envolvente do que poderia ser.

Personagens entre estereótipos e atuações exageradas

Embora o elenco seja talentoso, os personagens são construídos a partir de estereótipos comuns no universo de Tyler Perry. Kimmie é a “mulher forte” que precisa lutar contra um sistema injusto, mas suas atitudes violentas acabam esvaziando sua complexidade. Horace, o patriarca manipulador, e sua família egoísta são desenhados sem qualquer camada de nuance, o que faz com que suas interações se tornem previsíveis.

A interpretação de Taylor Polidore Williams (Kimmie) é competente, mas muitas vezes exagerada. O mesmo ocorre com Ricco Ross (Horace), que entrega falas carregadas de drama teatral. O grande destaque fica para Crystle Stewart, cuja personagem, Mallory, é uma das poucas que transita entre ambiguidade e vulnerabilidade com alguma naturalidade.

Ação e vingança no centro de tudo

A violência e o desejo de vingança dominam os episódios finais. Kimmie elimina seus inimigos sem hesitação, e a trama parece celebrar essa brutalidade sem um questionamento mais profundo. O momento em que ela executa Delinda sem remorso é emblemático: a personagem deixa de ser uma protagonista com motivações compreensíveis para se tornar uma figura unidimensional, movida exclusivamente por ódio.

Os confrontos físicos e as cenas de tensão são bem coreografadas, mas a falta de peso emocional faz com que se tornem apenas sequências de ação vazias. Em um contexto de disputa de poder e sobrevivência, espera-se que as ações dos personagens tragam consequências significativas, mas “Beauty in Black” parece mais preocupada em chocar do que em aprofundar seus temas.

O final abre espaço para mais drama, mas será necessário?

O desfecho da temporada deixa diversos ganchos para uma continuação, incluindo a dinâmica entre Kimmie e os Bellarie, as possíveis consequências legais dos assassinatos e o novo antagonista que emerge na trama. Apesar disso, a sensação é de que a história já chegou ao seu limite, e uma segunda temporada corre o risco de repetir a mesma fórmula sem acrescentar nada de novo.

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Conclusão

A parte 2 da temporada 1 de “Beauty in Black” entrega exatamente o que se espera de uma produção de Tyler Perry: drama exagerado, vingança desenfreada e reviravoltas que beiram o absurdo. Se por um lado a série conquista o público com seu ritmo ágil e conflitos intensos, por outro, sua falta de sutileza e profundidade pode afastar aqueles que buscam uma história mais bem trabalhada.

Para fãs do estilo de Perry, vale a pena assistir, pois a série segue sua fórmula consagrada. Mas para quem espera uma narrativa mais refinada e complexa, “Beauty in Black” pode não ser a melhor opção.

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Onde assistir à série Beauty in Black?

A série está disponível para assistir na Netflix.

Trailer da parte 2 de Beauty in Black (2025)

Elenco de Beauty in Black, da Netflix

  • Taylor Polidore Williams
  • Crystle Stewart
  • Amber Reign Smith
  • Xavier Smalls
  • Julian Horton
  • Steven G. Norfleet
  • Richard Lawson
  • Terrell Carter
  • Shannon Wallace
  • Charles Malik Whitfield
  • Debbi Morgan

Ficha técnica da série Beauty in Black

  • Título original: Beauty in Black
  • Criação: Tyler Perry
  • Gênero: drama
  • País: Estados Unidos
  • Temporada: 1
  • Episódios: 8
  • Classificação: 16 anos
Escrito por
Giselle Costa Rosa

Navegando nas águas do marketing digital, na gestão de mídias pagas e de conteúdo. Já escrevi críticas de filmes, séries, shows, peças de teatro para o sites Blah Cultural e Ultraverso. Agora, estou aqui em um novo projeto no site Flixlândia.

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