
Foto: Max / Divulgação
A Max tem investido fortemente em produções internacionais, trazendo séries que exploram diferentes culturas e realidades. “Coiote, Herói e Fera” surge como uma das grandes apostas da plataforma para 2025, misturando suspense, ação e fantasia em um enredo carregado de misticismo e dilemas morais.
Inspirada na mitologia do nahual, a série transporta o espectador para um México violento, onde o crime organizado domina e um jovem descobre ser a única esperança de sua comunidade.
Os dois primeiros episódios introduzem a mitologia da série, estabelecendo o protagonista e os primeiros desafios que ele precisa enfrentar. Mas será que esse início cumpre as promessas da produção? Vamos analisar.
Sinopse da série Coiote, Herói e Fera (2025)
Na pequena cidade mexicana de La Moneda, Lupe (Alejandro Speitzer) descobre um legado familiar que muda sua vida para sempre. Ele não é um jovem comum: carrega em seu sangue o dom ancestral dos nahuales, criaturas místicas capazes de se transformar fisicamente em bestas poderosas.
O primeiro episódio apresenta Lupe vivendo uma vida pacata, até que um evento traumático o força a encarar sua verdadeira natureza. A violência dos cartéis se torna uma ameaça direta, e ele se vê sem escolha a não ser lutar. Já no segundo episódio, acompanhamos seus primeiros passos na aceitação desse destino e os dilemas que surgem ao lidar com seus poderes recém-descobertos.
Além do protagonista, somos apresentados a Jenny (Paulina Gaitán), uma mulher que representa a luta pela liberdade em um ambiente opressor, e ao temível Cimarrón (Horacio García Rojas), líder do crime organizado que logo se coloca como o principal antagonista da história.
Você também pode gostar disso:
+ ‘Ruptura’ [T2E7]: Dor, memória e segredos em ‘Chikhai Bardo’, o episódio mais impactante
+ ‘Se as Flores Falassem’ acerta no visual, mas perde no ritmo
+ ‘Cidade Tóxica’, um retrato contundente de luta por justiça
Crítica de Coiote, Herói e Fera, da Max
Os dois primeiros episódios de Coiote, Herói e Fera cumprem bem o papel de apresentar o universo da série, mas ainda não entregam o nível de ação e tensão prometido. O ritmo é cadenciado, com tempo suficiente para desenvolver os personagens e construir o cenário antes de mergulhar totalmente na mitologia dos nahuales.
Essa escolha pode ser vista como um acerto para dar profundidade à trama, mas também pode frustrar quem espera por mais adrenalina logo de cara.
Atuações e desenvolvimento inicial dos personagens
Alejandro Speitzer se destaca como Lupe, trazendo um protagonista crível e carismático. Sua jornada de descoberta é transmitida com emoção e intensidade, tornando fácil a conexão com o público. Paulina Gaitán, como Jenny, traz uma presença forte, ainda que sua personagem ainda precise de mais tempo de tela para se desenvolver plenamente.
Horacio García Rojas, no papel de Cimarrón, já mostra indícios de um vilão memorável. Sua atuação carrega uma ameaça silenciosa, e seu primeiro embate indireto com Lupe promete conflitos ainda mais intensos no futuro da série.
Direção e aspectos técnicos
A direção de Batán Silva e Julián de Tavira aposta em uma fotografia sombria e em enquadramentos que destacam a dualidade entre o realismo e o misticismo da trama. As cenas de ação, apesar de limitadas nesses primeiros episódios, são bem coreografadas e funcionam dentro do que a narrativa se propõe a construir.
Os efeitos visuais variam entre impressionantes e inconsistentes. As primeiras demonstrações da transformação de Lupe são visualmente impactantes, mas há momentos em que o CGI deixa a desejar, especialmente nas cenas de transição entre a forma humana e a bestial.
O que esperar dos próximos episódios?
A série estabelece uma base sólida, mas precisa acelerar o ritmo nos próximos episódios para manter o interesse do público. A mitologia dos nahuales é rica, e a narrativa sugere que veremos mais sobre os rituais e tradições que sustentam esse universo. Além disso, o embate entre Lupe e Cimarrón promete ser um dos grandes atrativos da temporada.
Conclusão
Os dois primeiros episódios de “Coiote, Herói e Fera” apresentam um universo promissor e bem construído, mas ainda estão na fase de preparação da história. Com uma ambientação envolvente e atuações competentes, a série demonstra potencial para crescer e se tornar um dos grandes destaques do catálogo da Max.
Se você busca uma série com elementos de fantasia e ação, vale a pena acompanhar os próximos episódios para ver como essa trama se desenvolve.
+ Leia tudo sobre a série ‘Ruptura’
Siga o Flixlândia nas redes sociais
+ TikTok
+ YouTube
Onde assistir à série Coiote, Herói e Fera?
A série está disponível para assistir na Max.
Trailer de Coiote, Herói e Fera (2025)
Elenco de Coiote, Herói e Fera, da Max
- Alejandro Speitzer
- Paulina Gaitán
- Horacio García Rojas
- Ben Zeng
- Hozé Meléndez
- Lucia Uribe
- Mauricio Isaac
- Mayra Sérbulo
- Gerardo Taracera
- José Semafi
- Pablo Cruz
- Roberto Sosa
- Andrés Almeida
- Gorkaa Lasaosa
Ficha técnica da série Coiote, Herói e Fera
- Título original: Cóyotl: Héroe y Bestia
- Gênero: fantasia
- País: México
- Temporada: 1
- Episódios: 2
- Classificação: 16 anos