
Foto: Disney+ / Divulgação
O episódio 3 de “Demolidor: Renascido”, intitulado A Palma da Sua Mão, marca um dos momentos mais impactantes da série até agora. Com uma abordagem de drama judicial misturada ao clima de justiça de rua, o capítulo traz a despedida do ator porto-riquenho Kamar de los Reyes, falecido em 2023, em uma atuação que ressoa com emoção e carisma.
No centro da trama, temos o julgamento de Hector Ayala, o Tigre Branco, acusado de matar um policial, enquanto Matt Murdock (Charlie Cox) precisa enfrentar um tribunal hostil e um sistema corrompido para defender seu cliente. Mas será que o episódio consegue equilibrar bem suas ambições narrativas ou acaba correndo demais para contar sua história?
Sinopse do episódio 3 da série Demolidor: Renascido (2025)
O episódio inicia com Matt Murdock visitando Hector Ayala na prisão, onde o personagem de Kamar de los Reyes compartilha uma memória pessoal sobre sua terra natal, Porto Rico, em uma cena que estabelece de imediato sua vulnerabilidade e força moral. O julgamento começa com Matt defendendo Ayala contra a acusação de homicídio, enquanto o sistema judicial, pressionado pela administração do prefeito Wilson Fisk (Vincent D’Onofrio), faz de tudo para garantir uma condenação.
No tribunal, as tensões aumentam com o testemunho de um informante-chave, Nicky Torres, que inicialmente poderia inocentar Ayala, mas recua apavorado ao ver a presença de policiais no julgamento. Em um movimento desesperado, Matt revela que Hector é o Tigre Branco, apostando sua defesa na imagem do vigilante como um herói do povo. O estratagema funciona e Ayala é inocentado, mas sua liberdade dura pouco: ao sair de casa, ele é assassinado a sangue frio por um atirador misterioso vestindo um colete com o símbolo do Justiceiro.
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Crítica do episódio 3 de Demolidor: Renascido, do Disney+
Se houvesse um motivo para assistir a esse episódio, seria a atuação marcante de Kamar de los Reyes. Mesmo com uma aparição relativamente breve, sua atuação é de uma intensidade rara, transmitindo dignidade e desespero na medida certa. Sua cena inicial na cela é um dos momentos mais emocionantes do episódio, pois ele consegue, em poucas palavras, convencer o público de sua humanidade e de sua luta.
O impacto de sua morte, embora previsível, é amplificado pelo peso emocional que o ator conferiu a Hector Ayala. O final do episódio, ao som dos cóquis de Porto Rico, reforça a sensação de perda e deixa uma marca definitiva na trajetória de Matt Murdock.
Drama judicial merecia mais tempo
A ideia de um episódio focado em um julgamento parecia promissora, especialmente porque o lado advogado de Matt Murdock é um dos elementos que o tornam um herói singular no universo Marvel. No entanto, A Palma da Sua Mão sofre por compressão excessiva, correndo por clichês do gênero sem explorar adequadamente o potencial dramático da situação.
A mudança repentina na defesa, a testemunha-chave sendo intimidada e a chegada triunfal de provas decisivas são elementos previsíveis que não ganham um desenvolvimento mais aprofundado. O julgamento, que poderia ter sido uma espinha dorsal do episódio, acaba parecendo um resumo acelerado de algo muito maior.
Direção segura, mas previsível
Michael Cuesta faz um trabalho competente na direção, garantindo um ritmo adequado à narrativa, mas peca ao tornar os acontecimentos excessivamente previsíveis. Desde os cochichos suspeitos no tribunal até a revelação da testemunha decisiva no último segundo, tudo é telegrafado com clareza exagerada.
A presença do símbolo do Justiceiro, que já vinha sendo usado como um subtexto crítico na série, também é apresentada de maneira didática demais, retirando parte de seu impacto simbólico.
Wilson Fisk: um antagonista subaproveitado
O episódio também dedica espaço à crescente tensão entre Wilson Fisk e sua esposa, Vanessa. O Rei do Crime, agora prefeito, se mostra cada vez mais focado em sua campanha contra vigilantes, enquanto Vanessa tenta manter o equilíbrio entre o lado político e criminoso do marido. No entanto, sua presença acaba sendo secundária, servindo mais para preparar conflitos futuros do que para agregar algo imediato à narrativa.
Conclusão
O episódio 3 de “Demolidor: Renascido” entrega um drama judicial promissor, mas que é prejudicado pela pressa e previsibilidade de sua execução. O maior destaque é, sem dúvida, Kamar de los Reyes, cuja atuação eleva a história e torna sua despedida uma das cenas mais emocionantes da série. No entanto, o roteiro tropeça ao simplificar um julgamento que merecia mais profundidade e ao telegrafar seus momentos de tensão.
Com um final brutal e significativo, o episódio abre espaço para um futuro mais intenso na jornada de Matt Murdock. Agora, resta saber se a série conseguirá equilibrar melhor sua identidade entre drama e ação nos próximos episódios.
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Onde assistir à série Demolidor: Renascido?
A série está disponível para assistir no Disney+.
Trailer dublado de Demolidor: Renascido (2025)
Demolidor: Renascido: trailer legendado da série
Elenco de Demolidor: Renascido, do Disney+
- Charlie Cox
- Margarita Levieva
- Wilson Bethel
- Jon Bernthal
- Vincent D’Onofrio
- Deborah Ann Woll
- Genneya Walton
- Will Fitz
- Michael Gaston
- Daniel Gerroll
- Susan Varon
- CJ Parson
Ficha técnica da série Demolidor: Renascido
- Título original: Daredevil: Born Again
- Criação: Matt Corman, Chris Ord
- Gênero: ação, aventura, policial, suspense, drama
- País: Estados Unidos
- Temporada: 1
- Episódios: 9
- Classificação: 16 anos