Luc Besson volta à boa forma em 'Dogman'

“Dogman” (2024), filme mais recente do diretor Luc Besson, é uma obra que certamente chamará a atenção. O protagonista, Doug (Caleb Landry Jones), é um homem que usa cadeira de rodas e vive cercado por uma matilha de cães. Através de flashbacks durante sessões de terapia, descobrimos a infância traumática do personagem, marcada pelo abuso do pai e o conforto inesperado encontrado nos cachorros.

Sinopse do filme Dogman, do Prime Video

Douglas, um homem marcado pela vida e abusado na infância por seu pai, encontra sua salvação por meio do amor de seus cães. Enquanto busca se libertar dos traumas, ele descobre o amor e o teatro, mas também a injustiça do mundo humano.

Crítica do filme Dogman (2024)

“Dogman” aposta em uma mistura incomum de gêneros. Temos o drama da criação conturbada de Doug, o suspense dos crimes cometidos com a ajuda de seus cães e até mesmo o inusitado momento em que o vemos se apresentando como drag queen em um bar. Essa mistura pode soar estranha no papel, mas o diretor consegue conduzi-la com clareza, evitando que a narrativa se torne confusa.

Um ponto alto do filme é a atuação de Caleb Landry Jones. Ele confere a Doug a complexidade necessária para que o personagem – apesar de suas ações moralmente questionáveis – desperte certa empatia no espectador.

Mas “Dogman” não é isento de falhas. A comunicação telepática entre Doug e seus cães beira o absurdo, e algumas explicações para os comportamentos do protagonista são um tanto simplistas. No entanto, se o espectador aceitar a premissa inicial, o filme se revela uma jornada inesperadamente comovente, que explora temas como violência, solidão e o poder da amizade.

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Conclusão

Ousado em sua mistura de gêneros e com um protagonista marcante, o longa dirigido por Luc Besson certamente não deixará ninguém indiferente. Com uma atuação impecável de Caleb Landry Jones e uma história que, apesar de absurda, consegue emocionar, “Dogman” é uma opção para quem curte filmes fora do convencional.