Se existe um gênero que se destaca no cinema brasileiro é o documentário. Exemplares de qualidade são muitos, desde “Edifício Master” a “Lixo Extraordinário”, obras respeitados e queridos por crítica e público. E como um estrangeiro que vem jogar o Brasileirão, a britânica Rachel Ellis dá sua contribuição com o filme “Eros”, que chegou às salas de exibição na última quinta-feira (12).
Sinopse do documentário Eros
O documentário “Eros” acessa a intimidade vivenciada na maior instituição erótica do Brasil: o motel. Pessoas frequentadoras foram convidadas a se filmar durante uma noite e compartilhar os seus vídeos para fazer parte de um filme.
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Crítica do filme Eros
Com uma construção típica do estilo, o longa tem um diferencial: a diretora e a produção não participam do momento da gravação. A ideia da diretora é entregar uma câmera a casais, trisais e solitários, e ver seus comportamentos antes, durante e depois do “motivo” de visitarem motéis.
E é incrível ver os diálogos e interações. Religião, família, solidão, drogas, tudo é conversado pelos personagens de forma mais interessante do que se fosse roteirizado. Em um ambiente que permite a realização de quase todos os desejos, o que parece ser o desejo de muitos é apenas ser ouvido. Assim, as pessoas se soltam, e revelam suas preocupações, vontades, memórias e muito mais.
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Não existe um tipo específico escolhido para as gravações, lembrando muito “Edifício Master” e sua pluralidade de histórias. Casais gays, héteros, da terceira idade, Rachel Ellis equilibra o tempo de tela de todos com histórias e elucubrações que marcam e fazem querer tomar uma cerveja com cada um retratado.
Não há como julgar a câmera do ponto de vista técnico, pois todos que a operaram são pessoas comuns, sem a preparação de um cineasta. Mas, ao mesmo tempo, é curioso notar os detalhes que chamam a atenção de cada um no motéis. Os imóveis são personagens por si só, que acabam enriquecendo a própria personalidade dos frequentadores, sejam eles tímidos ou ousados.
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Vale a pena ver Eros (2025)?
Por fim, sim, tem cenas de sexo, para todos os gostos e orientações acima e mais. Afinal, se pessoas comuns não tem vergonha de mostrar o que fazem em quatro paredes, qual o motivo de não mostrar? Obviamente a escolha do elenco passa pela escolha do público que decide se vale à pena observar corpos tão dissonantes praticando algo que deveria ser natural a todo mundo. Artisticamente, vale muito à pena.
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Onde assistir ao documentário Eros?
O filme está disponível para assistir nos cinemas.
Trailer do filme Eros
Elenco de Eros (2025)
- Marlova Dornelles e Andrade
- Gabriel Soares e Hagar
- Joana e José dos Santos
- Ale Gaúcha e amigos
- Fernanda Falção e Ribersson
- Camila e Heber
- Barbara Drummond e Paulo Vela
- Luis de Basquiat
- Rachel Daisy Ellis