'Garoto Devora Universo' encanta, mas final da série destoa

Dirigida por Bharat Nalluri, Jocelyn Moorhouse e Kim Mordaunt, a adaptação para o aclamado romance de Trent Dalton, “Garoto Devora Universo” (Boy Swallows Universe), chegou nesta quinta-feira (11) ao catálogo da Netflix, expandindo a história do livro.

Garoto Devora Universo: sinopse da série

“Garoto Devora Universo” conta a história de Eli Bell (Felix Cameron / Zac Burgess), um garoto que faz de tudo para evitar que sua família se desintegre. Na trama, em um cômodo logo abaixo de sua casa na Brisbane dos anos 1980, nosso protagonista atende um telefone vermelho. Ali começa a jornada que vai transformar seu coração para sempre.

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Vale a pena ver Garoto Devora Universo?

Com uma narrativa acelerada, “Garoto Devora Universo” adota uma estrutura episódica, explorando a dualidade da vida de Eli, equilibrando momentos sombrios com uma perspectiva mais leve e otimista. O realismo mágico é evidente nas visões dos personagens voando pelo espaço, adicionando uma camada de encantamento à trama.

Os personagens, embora situados em um ambiente de crime e marginalidade, são apresentados com compaixão, desafiando estereótipos. Isso cria uma atmosfera singular em que o espectador não é levado a julgar os personagens, mas a compreendê-los em sua complexidade.

O elenco todo está muito bem, especialmente Travis Fimmel como Lyle e Phoebe Tonkin como Frances. No entanto, a mudança de atores para interpretar Eli, embora necessária para retratar diferentes idades, cria uma desconexão que afeta a coesão emocional da história. Além disso, o último episódio acaba deixando a desejar ao tentar traduzir o final selvagem do livro e se afastando bruscamente do tom do restante da série, adotando uma abordagem “quase Scooby-Doo”.

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Conclusão

Com boas atuações, “Garoto Devora Universo” é uma experiência visual e emocional única. No entanto, a mudança abrupta de tom no último episódio e a transição entre os atores principais deixam a desejar. Vale a pena assistir para quem é fã do livro ou busca uma abordagem diferente do coming-of-age, mas é preciso aceitar algumas inconsistências da trama pelo caminho.