It Bem-Vindos a Derry crítica episódio 2

[CRÍTICA] Segundo episódio traz o lado mais cruel de ‘It: Bem-Vindos a Derry’

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O episódio 2 de It: Bem-Vindos a Derry mergulha mais fundo na escuridão que cerca a cidade, usando uma mistura de horror psicológico, críticas sociais e um toque de conspiracionismo militar para criar uma narrativa densa e perturbadora.

Apesar de alguns problemas estruturais, o episódio consegue se estabelecer como uma evolução interessante do que foi apresentado na estreia, explorando o lado cruel da humanidade enquanto alimenta a presença do terror sobrenatural de Pennywise. Esta análise busca entender como esses elementos se entrelaçam, revelando uma visão mais sombria, complexa e, acima de tudo, inquietante de Derry.

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Sinopse

O episódio acompanha os efeitos do trauma recente na cidade após o massacre no Capitol Theater, ao mesmo tempo em que revela o envolvimento de forças militares e o aprofundamento na história dos personagens, especialmente Leroy Hanlon, Charlotte Hanlon e Lilly Bainbridge.

Pennywise continua manipulando as emoções e traumas dos sobreviventes, enquanto a trama conspiratória envolvendo uma arma misteriosa enterrada em Derry se conecta ao passado sombrio da cidade e ao poder do medo.

A presença de Dick Hallorann, um personagem de The Shining, reforça o foco na sensibilidade extrasensorial e na conexão com o sobrenatural, enquanto conflitos raciais e políticos dão uma camada adicional de tensão. Tudo isso culmina na descoberta de um sítio arqueológico macabro, que parece guardar segredos ainda mais perigosos do que Pennywise.

Crítica

Taylour Paige, como Charlotte Hanlon, é uma das grandes forças do episódio. Ela traz uma força silenciosa que revela o peso de ser uma das poucas famílias negras na cidade, além de desafiar a narrativa simplista de Derry como uma cidade “soumente branca”.

Suas ações de resistência diante do racismo e da violência, especialmente na cena do conflito no açougue, mostram que a série tenta tecer questões sociais relevantes sem perder o tom de horror. Contudo, o episódio também apresenta uma crítica ácida ao próprio sistema de justiça local, que demonstra uma complacência assustadora frente às injustiças e ao autoritarismo, simbolizado pelo policial Bowers.

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A crueldade como elemento central do medo

O que faz este episódio brilhar mais do que o anterior é a sua capacidade de explorar a crueldade humana como fonte de medo. Ronnie e Lilly são manipuladas por Pennywise por meio de visões que mergulham fundo em suas feridas emocionais — a perda da mãe, o trauma do hospital psiquiátrico, a culpa.

Essas sequências de horror psicológico, como a cena no supermercado ou a narrativa de Ronnie sendo engolida por uma “barriga” cheia de dentes, funcionam como uma narrativa visualmente potente que revela que o verdadeiro monstro de Derry é a soma das feridas e dos fracassos da sociedade.

É uma leitura mais madura do horror que vai além do grotesco, fazendo o espectador refletir sobre a violência silenciosa e a indiferença que permeiam a cidade.

crítica episódio 2 It Bem-Vindos a Derry
Foto: Divulgação / HBO

A conexão com o universo de Stephen King e suas camadas

A presença de referências ao The Shining através de Dick Hallorann, junto com detalhes como a loja de Calumet, acrescentam uma camada metalinguística interessante à narrativa. Essas inserções reforçam o universo expandido de King e criam uma sensação de que Derry é um ponto de convergência de horrores e histórias entrelaçadas.

Entretanto, a inclusão de elementos mais escuros, como a conspiração militar e as descobertas arqueológicas macabras, pode parecer excessiva e desencaixada do foco psicológico inicial, o que compromete a coesão do episódio.

As falhas na narrativa

Apesar dos acertos, o episódio sofre com uma estrutura um pouco desordenada. A tentativa de conectar os diferentes fios — o incidente no teatro, a conspiração militar, os dramas pessoais — acaba deixando algumas tramas superficiais ou mal aproveitadas, como a subtrama do antigo ataque na base militar ou a história do Shreveport.

Além disso, a montagem parece acelerar em certos momentos, deixando de aprofundar algumas emoções ou conflitos que poderiam gerar maior impacto.

Leia mais:

➡️ [CRÍTICA] Primeiro episódio de ‘It: Bem-Vindos a Derry’ subverte a nostalgia e resgata a crueldade de Stephen King
➡️ Guia de episódios de ‘It: Bem-Vindos a Derry: confira o calendário de lançamentos
➡️ ‘It: Bem-Vindos a Derry’ tem quantos episódios? Saiba tudo sobre a nova série da HBO

Conclusão

“A Crueldade que Alimenta o Medo” é, sem dúvida, uma evolução mais madura e sombria do que seu episódio anterior, destacando-se pelo seu horror psicológico e pela crítica social implícita.

Mesmo com suas falhas de ritmo e uma narrativa que por vezes tenta abraçar demais, consegue criar momentos realmente perturbadores e relevantes, reforçando que Derry é uma cidade onde as feridas do passado e as monstruosidades humanas convivem com o terror sobrenatural de Pennywise. Se a série souber equilibrar esses elementos, o potencial de uma história envolvente, assustadora e reflexiva é enorme.

Onde assistir à série It: Bem-Vindos a Derry?

A série “It: Bem-Vindos a Derry” está disponível para assistir na HBO e na HBO Max.

Veja o trailer de It: Bem-Vindos a Derry (2025)

YouTube player

Quem está no elenco de It: Bem-Vindos a Derry, da HBO?

  • Mikkal Karim Fidler
  • Bill Skarsgård
  • Joshua Odjick
  • Jack Molloy Legault
  • Amanda Christine
  • Jovan Adepo
  • Clara Stack
  • Miles Ekhardt
Escrito por
Wilson Spiler

Formado em Design Gráfico, Pós-graduado em Jornalismo e especializado em Jornalismo Cultural, com passagens por grandes redações como TV Globo, Globonews, SRZD e Ultraverso.

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