Confira a crítica do episódio 3 da série "Ladrões de Drogas", drama policial de 2025 com Wagner Moura disponível para assistir na Apple TV+

Foto: Apple TV+ / Divulgação

No episódio 3 de “Ladrões de Drogas”, a série da Apple TV+ estrelada por Brian Tyree Henry e Wagner Moura pisa no freio da ação para aprofundar a alma dos personagens.

Intitulado “Fugiu, morreu ou recaiu”, o capítulo troca o ritmo alucinante dos primeiros episódios por uma tensão mais silenciosa, onde o verdadeiro perigo não está apenas nas armas apontadas, mas nas relações que se rompem e nas decisões que cobram preço alto demais.

Ainda que a presença da polícia traga respostas e avance a trama, o coração do episódio pulsa na intimidade entre Ray, Theresa e, eventualmente, Manny. A série, que até aqui parecia focada apenas em perseguições e tiroteios, mostra que está muito mais interessada em escancarar os dilemas morais de seus protagonistas. E isso, felizmente, a torna ainda mais promissora.

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Sinopse do episódio 3 da série Ladrões de Drogas (2025)

Após o assalto que colocou Ray e Manny na mira de uma gangue neonazista e da DEA, a dupla se vê cada vez mais encurralada. Com Manny desaparecido, Ray percorre a Filadélfia tentando encontrá-lo, enquanto tenta proteger sua mãe adotiva, Theresa, e evitar o confronto direto com os motoqueiros.

A tensão aumenta quando Ray descobre que seu pai, Bart, foi esfaqueado na prisão — uma armadilha para atrair o protagonista. Enquanto isso, Manny reaparece escondido no sótão da casa de Theresa e, ainda abalado, acaba pedindo Sherry em casamento graças a uma intervenção inesperada de Ray.

Mas a celebração dura pouco. Um presente macabro — literalmente uma cabeça numa caixa — encerra o episódio e deixa claro que o cerco está se fechando, ameaçando todos ao redor da dupla.

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Crítica de Ladrões de Drogas (episódio 3), da Apple TV+

Mesmo em meio a tiroteios e ameaças, é nos silêncios e nas hesitações de Ray que “Ladrões de Drogas” encontra sua força. O terceiro episódio é, acima de tudo, uma exploração do esgotamento emocional de um homem que vive fugindo de si mesmo. Brian Tyree Henry domina cada cena, seja com olhares silenciosos, seja com acessos de fúria contida — como no reencontro com o pai na prisão, interpretado com intensidade por Ving Rhames.

A relação com Theresa (Kate Mulgrew, em performance firme e afetuosa) ganha destaque. Ela funciona como âncora para Ray, mesmo que a dureza de suas palavras venha carregada de ressentimentos do passado. Essa dinâmica familiar é o que realmente move a série neste episódio.

Moura some e reaparece com força, mas não lidera a narrativa

Wagner Moura brilha quando está em cena, mas aqui sua presença é tardia e limitada. Manny passa boa parte do episódio ausente, escondido e em crise. Seu retorno, no entanto, movimenta o enredo — especialmente ao revelar o anel de noivado escondido e culminar em uma proposta forçada e quase cômica.

A ironia de vê-lo interpretando alguém que finge ser da DEA (depois de seu papel icônico em Narcos) ainda provoca sorrisos, mas a série parece cada vez mais confortável em colocá-lo como coadjuvante de luxo. E talvez isso funcione melhor do que forçá-lo ao centro da ação.

A DEA entra em cena — e enfraquece a tensão

A inclusão do núcleo policial, especialmente na figura de Mark (Amir Arison), até serve para contextualizar os riscos reais que Manny e Ray enfrentam. Contudo, os agentes carecem de carisma e não carregam o mesmo peso dramático dos protagonistas. Suas cenas soam burocráticas e, por vezes, interrompem o ritmo fluido da narrativa.

Ainda assim, a intervenção da polícia no momento mais crítico do episódio — salvando Ray de uma provável execução nos portões da prisão — garante uma virada que mantém o interesse e injeta adrenalina no desfecho.

Ambiente e estética: um faroeste urbano de inverno

O diretor Tanya Hamilton acerta ao usar a Filadélfia como um personagem à parte. A fotografia fria, os cenários suburbanos e a neve cobrindo os becos criam uma atmosfera de constante melancolia. As cenas parecem improvisadas, quase documentais, lembrando o estilo de A Escuta. As conversas são truncadas, com silêncios que dizem mais do que as palavras.

A sequência no bar com Michelle (Nesta Cooper) é um exemplo de direção inspirada: tensão crescente, diálogos codificados e um uso inteligente do espaço e da ameaça invisível. É ali que a série prova sua capacidade de construir suspense sem depender da violência explícita.

Entre redenção e tragédia: o dilema dos anti-heróis

Ray, cansado de fugir, flerta com a ideia de redenção. Ao salvar Manny e intermediar seu pedido de casamento, ele parece dar um passo em direção à reparação. Mas o episódio rapidamente lembra que não há espaço para finais felizes em sua trajetória. A cabeça do dono da loja de armas na caixa é um choque narrativo que reposiciona a série em seu lugar de origem: um mundo brutal e impiedoso, onde cada ação tem uma consequência desproporcional.

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Conclusão

O episódio 3 de “Ladrões de Drogas” é o mais emocionalmente denso da série até agora. Ao deixar de lado as perseguições incessantes e investir no drama íntimo dos personagens, a produção se fortalece como uma narrativa que entende que o maior crime, às vezes, é amar e não conseguir proteger quem se ama.

Mesmo com pequenos tropeços no núcleo policial, o roteiro de Peter Craig e a direção segura mantêm o espectador imerso. Brian Tyree Henry mostra por que é um dos atores mais interessantes de sua geração, enquanto Wagner Moura se destaca quando requisitado, mesmo que seu tempo em cena seja breve.

“Ladrões de Drogas” acerta ao equilibrar caos e afeto. E se o episódio três indica alguma coisa, é que ainda há muito mais dor, decisão e talvez, quem sabe, alguma esperança no caminho de Ray e Manny.

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Onde assistir à série Ruptura?

A série está disponível para assistir na Apple TV+.

Trailer de Ladrões de Drogas (2025)

Elenco de Ladrões de Drogas, da Apple TV+

  • Brian Tyree Henry
  • Wagner Moura
  • Marin Ireland
  • Amir Arison
  • Nesta Cooper
  • Kate Mulgrew
  • Ving Rhames
  • Will Pullen

Ficha técnica da série Ladrões de Drogas

  • Título original: Dope Thief
  • Criação: Peter Craig
  • Gênero: policial, drama
  • País: Estados Unidos
  • Temporada: 1
  • Episódios: 8
  • Classificação: 16 anos

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