[CRÍTICA] Série 'Maníaco do Parque' aposta em fatos sem espetacularização

A tendência de histórias, séries e documentário true crime está mais para uma enxurrada dessas histórias. Interessante notar que a maior dos produtos com essa temática abandonou quase completamente relatos ficcionais. Se antigamente as telonas e telinhas eram dominadas por Lecters, Bates e Voorhees, hoje, o audiovisual apresenta Menendez, Richtofens e Franciscos.

O último, primeira nome do homicida condenado conhecido e batizado pela imprensa como Maníaco do Parque, é o personagem estudado em “Maníaco do Parque: A História Não Contada”, série do Prime Vídeo dirigida por Maurício Eça, que já tem no currículo obras ficcionalizadas de outra condenada famosa, com os dois “A Menina que Matou seus Pais”.

Frete grátis e rápido! Confira o festival de ofertas e promoções com até 80% OFF para tudo o que você precisa: TVs, celulares, livros, roupas, calçados e muito mais! Economize já com descontos imperdíveis!

Sinopse do documentário Maníaco do Parque: A História Não Contada (2024)

Em “Maníaco do Parque: A História Não Contada”, Eça e sua equipe partem para uma pesquisa aprofundada sobre o Maníaco, Focando mais em entrevistas com vítimas, advogados, psicólogos, jornalistas e outras pessoas que orbitavam Francisco e seus crimes na época.

Você também pode gostar disso:

+ O realismo da fama em ‘Elas Nasceram para Brilhar’

+ O final devastador de ‘Disclaimer’ que redefine a verdade

+ ‘O Ringue’ é rápida, curta e sem profundidade

Crítica da série Maníaco do Parque: A História Não Contada, do Prime Video

A partir do crime, “Maníaco do Parque: A História Não Contada” também acaba tratando de outros aspectos da nossa sociedade expostos a partir dos homicídios:

– A forma como mulheres vítimas de violência eram (são?) tratadas ao buscar ajuda ou justiça;

– O hiper sensacionalismo de programas de auditório que espremiam a última gota do caso por mais um exemplar de jornal vendido ou ou ponto do Ibope:

– A leniência da polícia, que já tivera contato com o criminoso em outras ocasiões e fazia a política do “deixa pra lá”.

Um ponto a favor e que deveria ser parte de qualquer documentário é o processo de mostrar os fatos falarem por si só. Afinal, não é preciso, ou não deveria ser, um discurso inflamado para saber que o machismo com as vítimas ou a exploração do caso de forma frenética pela mídia também são formas de violência com pessoas que sofreram com os crimes, seja diretamente ou sendo parentes e amigos dos envolvidos.

Acompanhe o Flixlândia no Google Notícias e fique por dentro do mundo dos filmes e séries do streaming

Conclusão

“Maníaco do Parque: A História Não Contada” é uma série que serve como curiosidade, e mostra de forma documental o que muitos filmes de ficção sempre alertaram: talvez o mais perigoso indivíduo esconda-se atrás de um sorriso simpático e uma abordagem educada. E quando você perceber talvez seja tarde demais.