‘Maria e o Cangaço’ faz sucesso no Disney+ conheça o livro que inspirou a série

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A estreia de Maria e o Cangaço no Disney+ trouxe de volta a figura de Maria Bonita ao centro da discussão histórica, com base em um livro que propõe uma leitura mais íntima e direta da personagem.

A série dramatiza os dilemas enfrentados pela mulher que, além de companheira de Lampião, teve de conciliar a vida no cangaço com a vontade de ser mãe e formar uma família.

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A história que saltou do papel para a tela

A produção é inspirada no livro Maria Bonita: Sexo, Violência e Mulheres no Cangaço, da jornalista Adriana Negreiros. A obra investiga a realidade das mulheres que viveram entre cangaceiros, afastando-se das visões românticas ou simplistas. Maria Bonita surge ali como uma figura complexa, respeitada por uns e rejeitada por outros dentro do próprio bando.

Segundo a autora, embora transgressora, Maria Bonita não pode ser considerada feminista. Ela exercia grande influência sobre Lampião, mas era vista com desconfiança por outras mulheres, que a viam como arrogante por ser companheira do líder. Essa leitura é um dos principais pontos do livro, referência direta à base da série.

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Produção nacional com olhar feminino

Com direção de Sérgio Machado e Thalita Rubio, a série apresenta Isis Valverde como Maria Bonita e Julio Andrade como Lampião. O elenco ainda conta com Dan Ferreira, Thainá Duarte, Chandelly Braz e Rômulo Braga. Os seis episódios mergulham no contexto do sertão nordestino dos anos 1930, com destaque para os bastidores da vida das cangaceiras.

A diretora Thalita Rubio afirma que o foco foi contar a história a partir de pontos de vista que antes ficavam à margem. Isso inclui os dilemas de Maria Bonita diante da maternidade e do papel que lhe era imposto por estar ao lado de um chefe de bando. A série não nega o cenário de violência, mas também traz à tona as emoções e desejos individuais dessas mulheres.

O fim violento de uma personagem histórica

A trajetória de Maria Bonita termina em julho de 1938, quando o grupo é emboscado por forças policiais em Sergipe. Lampião foi atingido por disparos e morreu no local. Maria Bonita também foi baleada, mas sobreviveu aos primeiros tiros. Pouco depois, foi degolada pelos policiais que, em um ato brutal, decapitaram todos os mortos do grupo.

As cabeças dos cangaceiros foram conservadas em latas com álcool e exibidas em várias cidades nordestinas. A prática tinha como objetivo intimidar outros grupos da região. A violência extrema desse episódio marcou profundamente a memória popular sobre o cangaço.

livro ‘Maria Bonita: Sexo, Violência e Mulheres no Cangaço’ – Crédito: amazon.com.br / Reprodução

Passado histórico e questões atuais

Apesar de ambientada no início do século XX, Maria e o Cangaço fala com o presente ao tocar em temas como feminicídio, desigualdade e as escolhas impostas às mulheres. Para o diretor Sérgio Machado, a história de Maria Bonita continua atual por retratar conflitos que persistem até hoje.

Ele destaca que sua obra sempre girou em torno de mulheres fortes cercadas por figuras masculinas em crise. Segundo o diretor, o desafio maior foi transformar uma personagem mítica em alguém real e acessível para o público de hoje. Maria e o Cangaço consegue isso ao misturar fidelidade histórica com emoção genuína.

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