Sinceramente, algo que não consigo entender são parentes, amigos e quetais que cercam idosos e sempre tentam convencê-los a não fazer uma “loucura”: andar de moto pelo país, começar uma faculdade ou…. competir numa prova de triatlo.
Essa é a premissa do filme “O Atleta de 69 Anos” (Vijay 69), uma comédia indiana um tanto ingênua, mas que passa uma mensagem importante: deixar as pessoas seguirem seus sonhos, pois a vida é longa demais para apenas um.
O médico e ex-atleta de natação Vijay está entediado e descontente com a sua vida beirando os 70. Sua esposa morreu de câncer há anos, e então em um momento tem uma epifania: será o homem mais velho a completar uma prova de triatlon.
Vijay encontra resistência em praticamente todas as pessoas que o cercam, com exceção do seu amigo mais próximo. A filha dá diversas lições de moral no pai, para no final obviamente concordar com a participação dele.
Não apenas os parentes, mas patrocinadores, organizadores e alguns concorrentes tentam subterfúgios para que o ex-nadador não concorra. Com algumas ajudas inesperadas no meio do caminho, o final você já deve imaginar.
Porém, é o recheio, a caminhada até o tiro de início da prova que diverte e por vezes faz pensar na forma como tratamos os idosos, seja na Índia, no Brasil ou qualquer outro país.
A direção de Akshay Roy, mesmo com alguns traços culturais do país asiático, parece mais uma mistura das comédias de superação hollywoodianas e as gritarias da nossa indústria nacional.
Talvez com um pouco de personalidade e um tempero a mais, o filme “O Atleta de 69 Anos” pudesse explodir. Mas não deixa de ser uma opção divertida para ver com a família em um final de semana preguiçoso.