Início » ‘O Conto da Aia’ (6×10): final de ‘The Handmaid’s Tale’ é reflexivo, circular e propositalmente inacabado

O episódio 10, último da temporada 6 de “O Conto da Aia” (The Handmaid’s Tale) marca o final de uma era para June Osborne, personagem de Elisabeth Moss. Após oito anos no ar, a série distópica baseada na obra de Margaret Atwood chega ao seu desfecho com um capítulo mais introspectivo do que explosivo.

Com Boston finalmente livre de Gilead, a sensação de alívio é acompanhada de incertezas, reencontros emocionantes e uma preparação silenciosa para o que virá em Os Testamentos, já confirmado como continuação.

A direção do episódio fica a cargo da própria Moss, que entrega uma narrativa sensível, carregada de memória, dor e pequenas esperanças. Ainda que o fim de Gilead não esteja resolvido, a liberação de Boston representa uma vitória simbólica. A luta, porém, segue.

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Sinopse do episódio 10, final da temporada 6 da série O Conto da Aia

Após a morte dos principais comandantes de Gilead, o regime abandona Boston após 19 dias de confrontos. A cidade, marcada por perdas e destruição, passa a ser administrada por Tuello e a resistência Mayday. O prédio do Boston Globe torna-se o novo centro de operações. Luke assume papel de liderança na reconstrução da infraestrutura, enquanto June caminha pelas ruínas da cidade e da própria memória.

Durante o episódio, reencontros marcantes com personagens como Emily, Serena e Lydia são intercalados com lembranças de Hannah, Nick e momentos que moldaram a jornada da protagonista. Ao final, June retorna à casa dos Waterford, agora em ruínas, onde começa a ditar sua história. Um encerramento que não fecha portas, mas deixa um legado.

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cena de O Conto da Aia The Handmaid’s Tale final da temporada 6 Episódio 10 série da Paramount Plus (2025).
Foto: Paramount+ / Divulgação

Crítica do final da temporada 6 (episódio 10) de The Handmaid’s Tale, do Paramount+

O último episódio aposta em um ritmo contemplativo. Boston está liberta, mas a atmosfera é de luto. A maior parte da narrativa é guiada por lembranças, andanças solitárias e silências que falam mais que palavras. A decodificação do trauma é feita pela observação, não por grandes eventos. June não explode, não vinga-se, não celebra. Ela processa, e isso é corajoso.

Essa escolha, embora criticada por parte do público, é coerente com a proposta mais literária da série. É uma conclusão fiel ao espírito de Atwood, focado na resistência silenciosa.

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Reencontros, perdas e transformações

Emily ressurge, numa cena comovente que simboliza a resiliência. Serena, por sua vez, mostra-se finalmente consciente de seus erros. A troca entre as duas mulheres é tensa e cheia de simbolismo. O perdão de June não é um ato de bondade, mas um gesto de libertação pessoal.

A cena com Janine e Charlotte traz um raro momento de ternura e reparação. Lydia, agora aliada de Mayday, também mostra uma nova face. É nesse mosaico de despedidas que o episódio encontra sua força emocional.

Falhas de ritmo e expectativas frustradas

Apesar dos pontos altos, o final sofre com um problema de ritmo. Após um penúltimo episódio explosivo, esperava-se um clímax mais potente. Ao focar quase exclusivamente em June, personagens importantes como Moira, Luke e Tuello são deixados à margem.

A ausência de Hannah é sentida. Ela é o motor emocional de June, mas pouco aparece. Seu futuro é mais prometido do que mostrado. A expectativa por resoluções foi deslocada para The Testaments, e isso gera frustração.

Uma câmera que sabe contar silêncios

A direção de Moss é segura. A cena final, com June retomando o monólogo do primeiro episódio, é um momento de circularidade bem executado. A metáfora do livro sendo escrito reforça a ideia de que a história das mulheres precisa ser contada, mesmo que inacabada.

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Conclusão

O final de “O Conto da Aia” não entrega a guerra que muitos esperavam. Em vez disso, oferece memória, reflexão e preparação para o que virá. A jornada de June é encerrada com um suspiro, não com um grito. Pode não ser satisfatório para todos, mas é coerente com a série que sempre tratou a resistência como algo doloroso e solitário.

Mais do que um adeus, o episódio final é um convite: a luta continua, mas agora cabe às próximas gerações contar e transformar essa história. Em tempos em que distopias parecem cada vez mais reais, “The Handmaid’s Tale” segue relevante, mesmo em sua despedida.

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Onde assistir à série O Conto da Aia (The Handmaid’s Tale)?

A série está disponível para assistir no Paramount+.

Trailer da temporada 6 de O Conto da Aia / The Handmaid’s Tale (2025)

Elenco de O Conto da Aia (The Handmaid’s Tale), do Paramount+

  • Elisabeth Moss
  • Yvonne Strahovski
  • Ann Dowd
  • O-T Fagbenle
  • Madeline Brewer
  • Max Minghella
  • Samira Wiley
  • Amanda Brugel

Ficha técnica da série O Conto da Aia (The Handmaid’s Tale)

  • Título original: The Handmaid’s Tale
  • Criação: Bruce Miller
  • Gênero: drama, suspense
  • País: Estados Unidos
  • Temporada: 6
  • Episódios: 10
  • Classificação: 16 anos

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