Onda de Violência 2025 resenha crítica do filme da Netflix Flixlândia (3)

[CRÍTICA] ‘Onda de Violência’: quando assassinos profissionais envelhecem 

Foto: Netflix / Divulgação
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“Onda de Violência”, o novo sucesso ‘secreto’ da Netflix estreou sem alarde na última sexta-feira (28) e, já no sábado, alçou um voo alto, firmando-se no topo do Top 10 do streaming — mesmo em meio à competitividade da temporada de Natal e ao retorno de Stranger Things.

Um feito impressionante para marcar o retorno de Michael Jai White ao gênero que o consagrou no cinema quando jovem e que agora o traz novamente aos holofotes, décadas depois.

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Sinopse

Quando o assassino de aluguel veterano Pete decide participar de reuniões dos Viciados em Trabalho Anônimos na esperança de recomeçar, seu chefe — o perigoso senhor do crime Arcado — passa a desconfiar de uma possível traição. Essa suspeita desencadeia uma caçada implacável: chefes rivais e outros matadores profissionais veem em Pete uma oportunidade de ascensão e seu nome se torna alvo. 

Dividido entre a vida brutal do submundo e a tentativa de preservar alguma normalidade pessoal, Pete precisa lutar para sobreviver — enfrentando assassinos, confrontando o passado e decidindo quem ele realmente deseja ser: um homem perseguido ou um homem livre. Onda de Violência combina dilemas morais com adrenalina e combates coreografados. 

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Resenha crítica do filme Onda de Violência

Onda de Violência se apresenta, desde os primeiros minutos, como um filme movido pela adrenalina: assassinos profissionais, códigos de honra, disputas internas e um protagonista veterano tentando sobreviver em um submundo onde o corpo envelhece, mas a violência permanece jovem.

O longa acompanha um matador de aluguel interpretado por Michael Jai White que, após uma falha de comunicação, tem sua reputação e sua vida colocadas em risco — e precisa provar que ainda domina um universo sanguinário feito de contratos, perseguições e morte. 

Um dos maiores méritos do filme está na forma como ajusta a ação à idade do protagonista. Nada é acelerado artificialmente, nada tenta mascarar o tempo inscrito em seu corpo. A coreografia é mais lenta, mais pesada, mais real — um registro que respeita a fisicalidade presente. Em vez de cortes frenéticos para esconder limitações, a câmera permite observar o esforço, a estratégia e o desgaste.

É uma escolha honesta e poderosa, que levanta uma pergunta incômoda: até que ponto vale insistir nesse tipo de papel quando o corpo já sinaliza que talvez seja hora de desacelerar? Uma vitória estética, mas também uma reflexão silenciosa sobre envelhecer em um gênero construído sobre vigor físico.

Onda de Violência resenha crítica do filme da Netflix 2025 Flixlândia
Foto: Netflix / Divulgação

Falta de equilíbrio

Essa força central, porém, evidencia o que falta ao redor. Os personagens secundários surgem com função clara, mas pouca densidade — entram, cumprem seu papel e saem sem criar memória. São engrenagens narrativas, não pessoas. Os antagonistas variam em estilo (o asiático ágil, o bruto impulsivo, o calculista frio), mas raramente ultrapassam o arquétipo.

Há também um breve romance, sem grande convicção dramática, que não transforma o protagonista e mal interfere nos rumos da história — até os minutos finais, quando tudo explode em violência. Relações, alianças e rivalidades se formam mais por conveniência do roteiro do que por evolução emocional, tornando a escalada previsível e, em certo sentido, rasa. A violência introduz personagens, desenvolve personagens, conclui personagens. Ela é motor, caminho e destino.

No humor, o filme tenta equilibrar brutalidade e leveza, mas nem sempre encontra o ponto ideal. As piadas surgem como respiros entre o caos, mas não criam continuidade. São bons momentos isolados — funcionam quando aparecem, mas evaporam rápido. O riso existe, alivia, mas não se converte em construção temática. É entretenimento imediato e curto, eficiente no impulso, mas pouco duradouro na memória.

Conclusão

No fim, Onda de Violência cumpre muito bem o papel de ação direta: é rápido, agressivo, visceral — perfeito para quem busca intensidade mais do que reflexão. A violência é competente, bem coreografada, e a presença de Michael Jai White sustenta a tela com carisma e cansaço em partes iguais.

Mas o filme dispara mais do que aprofunda. Sangra mais do que transforma. É funcional, mais que essencial; intenso, mais que memorável — uma experiência sólida, prazerosa e veloz, feita para ser vivida no momento presente, e revisitada de tempos em tempos como um tapa buraco da noite, uma aposta confiável quando não se tem nada para assistir.

Onde assistir ao filme Onda de Violência?

Trailer de Onda de Violência (2025)

YouTube player

Elenco de Onda de Violência, da Netflix

  • Michael Jai White
  • Aimee Stolte
  • John Littlefield
  • Aleks Paunovic
  • Benjamin Joel Arcé
  • Alex Mallari Jr.
  • Damon Runyan
  • Jefferson Brown

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