Crítica da temporada 2 da série Pacificador, da HBO Max (2025) - Flixlândia

2ª temporada de ‘Pacificador’ começa com erros e acertos, mas continua divertida

Confira a crítica do primeiro episódio da nova temporada da série

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Sendo o criador do novo DC Universe, era esperado que o retorno de James Gunn com a temporada 2 de “Pacificador” (Peacemaker) fosse uma ponte entre seu passado na antiga DC e o futuro da franquia. O primeiro episódio, “Os Laços que Desgastam”, cumpre essa função de forma inteligente e direta, mesmo que cometa alguns deslizes no meio do caminho.

Com a tarefa de reintroduzir o anti-herói de John Cena em um universo drasticamente diferente, Gunn consegue um feito notável: estabelecer a série firmemente no novo cânone sem desperdiçar tempo em explicações complicadas.

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Sinopse

Após os eventos da primeira temporada, Christopher Smith (John Cena) e sua equipe estão dispersos e lidando com as consequências de seus atos. Pacificador se isolou na casa de seu falecido pai, o supervilão Dragão Branco, buscando um novo propósito enquanto tenta lidar com a dor do passado.

Os outros membros de sua equipe, Emilia Harcourt (Jennifer Holland) e Leota Adebayo (Danielle Brooks), também enfrentam seus próprios demônios, cada um lutando para encontrar seu lugar no mundo.

Enquanto isso, o Pacificador busca a chance de se tornar um “verdadeiro herói”, tentando uma vaga na Gangue da Justiça, ao mesmo tempo em que a A.R.G.U.S., agora liderada por Rick Flag Sr. (Frank Grillo), passa a vigiá-lo por razões pessoais e por uma conexão com a tecnologia dimensional que causou a calamidade em Metrópolis.

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Crítica

A maior preocupação dos fãs era como James Gunn faria a transição da série para o novo universo, especialmente após as cenas finais da primeira temporada, que mostravam a Liga da Justiça original. A solução foi incrivelmente simples e eficaz: um “retcon no recap”.

O segmento de “anteriormente em Pacificador” simplesmente substitui a antiga Liga da Justiça pela Gangue da Justiça do filme Superman, com Hawkgirl (Isabela Merced) e Lanterna Verde (Nathan Fillion).

Essa abordagem “sem firulas” funciona como um malhete de um juiz, declarando que a série inteira agora faz parte do novo DCU, e ponto final. Não há necessidade de explicações complexas, apenas a aceitação de que o universo mudou. É um movimento audacioso que mostra a confiança de Gunn em sua visão.

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Cena da temporada 2 da série Pacificador, da HBO Max (2025) - Flixlândia
Foto: HBO Max / Divulgação

Humor de adolescente e falta de foco

O principal calcanhar de Aquiles do episódio é o humor. Embora a série seja conhecida por sua natureza adulta e politicamente incorreta, em vários momentos ela soa como uma piada de adolescente que se estende demais.

A longa e arrastada sequência do teste de Pacificador para a Gangue da Justiça, por exemplo, perde a graça rapidamente. O diretor abusa de piadas sobre nádegas e transforma personagens como Maxwell Lord (Sean Gunn) e Lanterna Verde em caricaturas, prejudicando a cena em vez de melhorá-la.

A cena da orgia, por sua vez, parece totalmente gratuita, como se Gunn estivesse tentando provar o quão “adulto” e “ousado” seu show é, sem adicionar nada significativo à narrativa ou ao desenvolvimento do personagem. O humor funciona melhor quando é sutil e serve para humanizar os personagens, em vez de ser um fim em si mesmo.

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Drama e desenvolvimento de personagem

Onde o episódio realmente brilha é em seu núcleo dramático. A melancolia e o isolamento de Chris Smith são palpáveis e bem explorados. Ele é um personagem em busca de redenção, mas que ainda é assombrado por seus traumas e pelo legado tóxico de seu pai. O arco de cada um dos “garotos da Rua 11” é de solidão e perda, o que é um tema perfeito para a série.

Leota Adebayo, mesmo com uma nova atitude “durona”, se sente deslocada, e Emilia Harcourt enfrenta uma crise de identidade, expressando sua frustração em uma cena de luta brutal e bem coreografada. O episódio acerta ao explorar as vulnerabilidades desses personagens, que, ao contrário dos grandes heróis, não ganharam os louros por salvar o mundo e agora precisam lidar com suas vidas arruinadas.

A atuação de John Cena continua sendo o ponto alto, com o ator abraçando a ingenuidade e a dor de Pacificador, transmitindo as emoções do personagem mesmo nos momentos mais fracos do roteiro.

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Conclusão

O primeiro episódio da temporada 2 de “Pacificador” é um misto de acertos e erros. Se por um lado a solução para a transição do universo é simples e genial, o humor imaturo de James Gunn e a falta de foco no enredo principal tornam a experiência um pouco arrastada.

A trama se concentra em reintroduzir os personagens em seu novo status quo, plantando sementes para a temporada, como a presença ameaçadora de Rick Flag Sr. e a exploração do multiverso através da tecnologia do pai de Chris.

É na exploração da melancolia e da busca por redenção que a série encontra seu verdadeiro potencial, transformando seu humor supostamente adulto em algo mais do que apenas violência gratuita e palavrões.

A série promete uma jornada de autodescoberta para Chris, que agora se depara com uma versão alternativa de si mesmo vivendo a vida que ele sempre quis. O episódio é uma prova de que a série pode funcionar, mas que Gunn precisa ter mais foco no que fez a primeira temporada ser tão especial.

Onde assistir à temporada 2 de Pacificador?

A série está disponível para assistir na HBO Max.

Assista ao trailer da segunda temporada de Pacificador

YouTube player

Quem está no elenco da 2ª temporada de Pacificador?

  • John Cena
  • Danielle Brooks
  • Freddie Stroma
  • Jennifer Holland
  • Steve Agee
  • Robert Patrick
  • Dee Bradley Baker
  • Frank Grillo
  • Rick Flag Sr.
  • David Denman
  • Sol Rodriguez
Escrito por
Wilson Spiler

Formado em Design Gráfico, Pós-graduado em Jornalismo e especializado em Jornalismo Cultural, com passagens por grandes redações como TV Globo, Globonews, SRZD e Ultraverso.

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