Crítica do filme Planeta dos Solteiros - Aventura na Grécia, da Netflix (2025) - Flixlândia

‘Planeta dos Solteiros: Aventura na Grécia’ ou férias sob o sol da paranoia

Comédia polonesa está fazendo sucesso na Netflix

Foto: Netflix / Divulgação
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A franquia polonesa de comédia romântica “Planeta dos Solteiros”, um fenômeno de bilheteria em seu país de origem, faz um retorno estratégico com seu quarto filme, “Planeta dos Solteiros: Aventura na Grécia” (Planeta Singli 4: Wyspa).

Lançado diretamente na Netflix, este novo capítulo não é apenas uma continuação, mas um reposicionamento ousado que move uma marca de sucesso nacional para o cenário global do streaming.

Dirigido pela dupla Sam Akina e Michał Chaciński, o filme transporta seus personagens cativantes e estabelecidos para uma pitoresca ilha grega, prometendo uma fuga ensolarada, mas, em vez disso, entrega um intrigante misto de comédia, drama e suspense.

A narrativa se aprofunda na dinâmica dos relacionamentos modernos, questionando a fina linha entre a vida real e a performance digital, um tema que se mostra mais relevante do que nunca.

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Sinopse

Em uma ilha grega paradisíaca, Tomek Wilczyński (Maciej Stuhr) e sua esposa Ania (Agnieszka Więdłocha) se juntam a amigos para o que deveria ser umas férias relaxantes. No entanto, o propósito da viagem é revelado por seu amigo Marcel (Piotr Głowacki), que investiu em um resort para transformá-lo no palco de um novo reality show.

A tranquilidade da viagem desmorona quando Tomek, conhecido por sua natureza paranoica, começa a desconfiar do novo e misterioso namorado de Marcel, Miguel. Acreditando que Miguel é um golpista profissional, o chamado “Planeta Bandido” — uma versão ficcional do “Golpista do Tinder” —, Tomek, com a ajuda de seu amigo Bogdan (Tomasz Karolak), decide investigar.

Enquanto a busca por evidências desvendam segredos surpreendentes, as tensões crescem entre o grupo, especialmente entre Tomek e Ania, que enfrentam suas próprias inseguranças e o desgaste emocional de anos tentando ter um filho. O filme tece uma trama de mal-entendidos e revelações, desafiando a percepção dos personagens sobre confiança, intenção e a verdadeira natureza do amor.

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Crítica

O que distingue “Planeta dos Solteiros: Aventura na Grécia” é sua habilidade de ir além do molde convencional da comédia romântica. A narrativa adota uma abordagem quase de thriller de detetive, com Tomek e Bogdan assumindo a missão de desmascarar Miguel. Essa dinâmica de “caça ao golpista” injeta uma energia fresca na trama, transformando o que poderia ser um enredo previsível de férias em uma intriga envolvente.

O filme brinca com a tensão e a paranoia, utilizando o cenário ensolarado como um contraste irônico para os eventos sombrios que se desenrolam. Embora a previsibilidade de certas revelações possa ser um ponto fraco para os espectadores mais atentos, a jornada até a conclusão, cheia de reviravoltas e humor, mantém o público engajado.

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Cena do filme Planeta dos Solteiros - Aventura na Grécia, da Netflix (2025) - Flixlândia (1)
Foto: Netflix / Divulgação

A força das atuações e a química do elenco

Apesar de algumas fragilidades no roteiro, o filme é sustentado pelas performances fortes e pela química indiscutível do seu elenco. Maciej Stuhr, no papel de Tomek, entrega uma performance vibrante, capturando perfeitamente a mistura de insegurança, zelo e preocupação genuína de seu personagem. Sua determinação paranoica em expor Miguel gera os momentos mais hilários do filme.

Ao seu lado, Agnieszka Więdłocha traz a profundidade necessária a Ania, ancorando a narrativa com uma maturidade emocional que contrapõe a comédia frenética. A vulnerabilidade de Marcel, interpretado por Piotr Głowacki, torna sua relação com Miguel mais trágica e crível, enquanto Tomasz Karolak, como o conspiracionista Bogdan, rouba a cena com suas teorias malucas.

É a camaradagem e o talento visível do elenco que fazem a história funcionar, superando as falhas do roteiro e dando à franquia seu charme característico.

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Um cenário perfeito para uma história imperfeita

O cenário deslumbrante da ilha grega é, sem dúvida, um dos maiores trunfos do filme. A fotografia ensolarada, as praias de areia branca e o ambiente de resort de luxo criam um cenário idílico que é agradável de assistir.

No entanto, o filme luta com o ritmo. Com uma duração de uma hora e quarenta minutos, algumas subtramas e conspirações parecem desnecessariamente arrastadas, diluindo o impacto do enredo principal.

A investigação de Tomek, embora central, se estende por tempo demais, e o mistério do “Planeta Bandido” perde a sua força antes de sua revelação. Embora o cenário ajude a mascarar esses problemas, um roteiro mais conciso e focado teria tornado a experiência mais satisfatória.

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Conclusão

“Planeta dos Solteiros: Aventura na Grécia” é um filme imperfeito, mas charmoso e, em última análise, divertido. Ele se beneficia imensamente das atuações sólidas do elenco, especialmente da química familiar entre os protagonistas. Embora sofra com uma trama um tanto previsível e um ritmo irregular, o filme acerta ao trazer um frescor de suspense para o gênero da comédia romântica.

A transição para a Netflix e para um cenário internacional é um passo significativo para a franquia, e o filme mostra uma compreensão astuta da nova paisagem midiática, referenciando diretamente documentários de sucesso da própria plataforma.

Para os fãs da comédia romântica, é uma experiência leve e descontraída, perfeita para uma sessão de fim de semana na Netflix. Apesar de não ser uma obra-prima ou o melhor filme da franquia, ele serve como um lembrete do que torna a série tão atraente: sua capacidade de entreter com corações e mentes, enquanto nos leva a uma aventura romântica em um destino de tirar o fôlego. É uma escolha que, mesmo com suas falhas, vale a pena ver uma vez.

Onde assistir ao filme Planeta dos Solteiros: Aventura na Grécia?

O filme está disponível para assistir no catálogo da Netflix.

Assista ao trailer de Planeta dos Solteiros: Aventura na Grécia (2025)

YouTube player

Quem está no elenco de Planeta dos Solteiros: Aventura na Grécia?

  • Agnieszka Więdłocha
  • Maciej Stuhr
  • Weronika Książkiewicz-Nathaniel
  • Tomasz Karolak
  • Piotr Głowacki
  • Nikodem Rozbicki
  • Kamil Kula
  • Małgorzata Mikołajczak
  • Dorota Kolak
  • Mateusz Dymidziuk
Escrito por
Taynna Gripp

Formada em Letras e pós-graduada em Roteiro, tem na paixão pela escrita sua essência e trabalha isso falando sobre Literatura, Cinema e Esportes. Atual CEO do Flixlândia e redatora do site Ultraverso.

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