Conhecido por seu estilo inconfundível e dedicação a uma visão singular, Zack Snyder mergulha novamente no universo de franquias de ficção científica com “Rebel Moon – Part 2: A Marcadora de Cicatrizes” (Rebel Moon – Part Two: The Scargiver), que estreou nesta sexta-feira (19) na Netflix.
Este segundo filme, parte de uma série planejada para a Netflix, representa uma mistura de originalidade técnica e diversidade temática, elevando ao extremo a paixão do diretor por elementos de fantasia e ficção científica.
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Sinopse de Rebel Moon 2, da Netflix
O filme dá continuidade à épica saga de Kora e dos guerreiros sobreviventes que estão dispostos a sacrificar tudo. Eles lutarão ao lado do povo de Veldt em defesa desse lugar que um dia já foi pacífico e agora serve de lar para aqueles que entraram de cabeça na luta contra o Mundo-Mãe.
Na véspera da batalha, os guerreiros precisam encarar as verdades do passado, e cada um revelará por que luta. Com o Reino não poupando esforços para atacar a rebelião, vínculos inquebráveis se formam, heróis nascem e lendas se consolidam.
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Crítica do filme Rebel Moon 2 (2024)
Se na “Parte 1: A Menina do Fogo”, Zack Snyder nos apresenta seus personagens, numa jornada para reunir guerreiros, em em “Rebel Moon 2” chegou a parte da ação de fato. E aqui, o diretor permanece fiel ao seu estilo visual estonteante, combinando uma paleta de cores vibrantes com uma fotografia audaciosa para criar cenas de ação impressionants. No entanto, essas sequências muitas vezes se estendem excessivamente, com uma abundância de câmera lenta que parece mais autoparódica do que emocionante. Este estilo, embora diferente, pode afastar aqueles que procuram uma história mais substancial ou personagens mais bem desenvolvidos.
Os personagens de “Rebel Moon – Parte 2” são esboçados superficialmente, apesar das tentativas de profundidade através de flashbacks e monólogos. Kora é apresentada com complexidade emocional, mas a maioria de suas motivações e dores são reveladas através de exposições pesadas ao invés de diálogos orgânicos. A relação entre Kora e Gunnar carece também de uma química genuína, tornando difícil para o público investir em seu romance ou nas consequências emocionais de seus desafios.
O antagonista, Almirante Noble, é simultaneamente um dos pontos altos e baixos do filme. Ed Skrein entrega uma performance que equilibra ameaça com quase uma teatralidade deliberada, mas o personagem é limitado por clichês e uma ressurreição que serve mais como um truque narrativo do que algo que realmente acrescente à história.
Rebel Moon 2 é melhor que a Parte 1?
Até por ser mais curto e direto, sem as prolixidades que marcam a carreira de Snyder, “Rebel Moon 2” é ligeiramente superior ao anterior (o que, convenhamos, não seria difícil). Assim como na “Parte 1”, a utilização de elementos derivados de obras icônicas, como “Star Wars” e “Sete Samurais”, continua evidente, mas a execução falta originalidade. Essa reciclagem de ideias conhecidas sem uma nova interpretação ou inovação significativa faz com que “A Marcadora de Cicatrizes” pareça uma imitação ao invés de uma homenagem.
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Conclusão
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Onde assistir ao filme Rebel Moon – Parte 2 (2024)?
“Rebel Moon – Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes” está disponível para assinantes da Netflix.
Trailer do filme Rebel Moon 2, da Netflix (2024)
Elenco do filme Rebel Moon 2, da Netflix (2024)
- Sofia Boutella
- Ed Skrein
- Jena Malone
- Charlie Hunnam
- Djimon Hounsou
- Staz Nair
- Michiel Huisman
- Bae Doona
- Cleopatra Coleman
Ficha técnica do filme Rebel Moon 2, da Netflix (2024)
- Título original: Rebel Moon – Part Two: The Scargiver
- Direção: Zack Snyder
- Roteiro: Zack Snyder, Shay Hatten, Kurt Johnstad
- Gênero: ficção científica, ação
- País: Estados Unidos
- Ano: 2024
- Duração: 123 minutos
- Classificação: 14 anos
2 thoughts on “‘Rebel Moon 2’ não deixa cicatrizes no espectador”