Confira a crítica da série "Resident Playbook", dorama sul-coreano de 2025 disponível para assistir na Netflix.
Críticas

‘Resident Playbook’: um retrato cru e caótico do início da vida médica

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Spin-off de Hospital Playlist, um dos k-dramas médicos mais queridos dos últimos anos, “Resident Playbook” chega à Netflix prometendo explorar o início turbulento da jornada médica.

Ambientada no mesmo hospital — o fictício e agora já icônico Centro Médico Yulje —, a nova série opta por trocar os médicos veteranos por um grupo de residentes inexperientes, ainda inseguros e à beira do colapso.

Com roteiro de Kim Song-hee e direção de Lee Min-soo, a produção tenta equilibrar humor, frustração, falhas e crescimento em um cenário onde salvar vidas parece, por vezes, o menor dos desafios. Mas será que esse primeiro episódio cumpre a missão de apresentar um novo olhar sobre o universo médico? Ou tropeça na própria ambição?

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Sinopse do episódio 1 do dorama Resident Playbook (2025)

Em “Resident Playbook”, acompanhamos o dia a dia caótico de quatro jovens residentes de obstetrícia e ginecologia no hospital Yulje. A protagonista, Oh Yi-young (Go Youn-jung), retorna ao programa de residência após um passado conturbado, movida apenas por necessidade financeira.

Ao seu lado, Pyo Nam-kyung (Shin Si-ah), uma rival amarga e insegura; Kim Sa-bi (Han Ye-ji), uma residente fria e mecanizada; e Um Jae-il (Kang You-seok), o único que parece genuinamente motivado a aprender.

O episódio inicial revela um hospital onde nada parece funcionar com harmonia: os novatos se atrapalham, enfrentam olhares desconfiados, e carregam dramas pessoais que transbordam nos corredores. O caos inicial serve como pano de fundo para a promessa de desenvolvimento futuro.

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Crítica do 1º episódio da série Resident Playbook, da Netflix

O primeiro episódio de “Resident Playbook” tem uma proposta corajosa: abandonar o idealismo e mostrar médicos que, muitas vezes, nem sequer querem estar ali. É uma abordagem ousada e, ao mesmo tempo, arriscada. O ritmo é lento, os personagens parecem emocionalmente desconectados e as situações iniciais não trazem o impacto esperado para uma estreia.

Por outro lado, esse incômodo parece intencional. A série aposta no desconforto como matéria-prima para a transformação dos personagens. Ainda assim, é compreensível que parte do público sinta falta da energia inspiradora de outros dramas médicos.

Personagens que causam mais estranhamento do que empatia

Go Youn-jung carrega o peso de liderar o elenco, mas seu desempenho está longe do carisma visto em Alquimia das Almas. Sua personagem, Yi-young, é apática e amarga, e isso transparece de forma talvez realista demais. Sua motivação — pagar dívidas e sair do hospital em um ano — reduz o envolvimento emocional do público com sua jornada. É uma protagonista difícil de amar, mas cuja redenção pode ser justamente o motor da trama.

Pyo Nam-kyung, interpretada por Shin Si-ah, surge como a típica rival ressentida — uma escolha de caracterização que beira o clichê. Suas atitudes passivo-agressivas e invejosas ainda não encontraram profundidade. Kim Sa-bi, por sua vez, parece mais um androide do que uma médica humana. Sua frieza com pacientes causa desconforto e levanta dúvidas sobre a coerência da personagem.

Já Um Jae-il, vivido por Kang You-seok, desponta como o mais promissor. Com humildade, empatia e vontade de aprender, ele conquista o público com sinceridade. Enquanto os demais parecem perdidos ou indiferentes, ele se destaca justamente por se esforçar. É o coração da série nesse começo.

Humor tímido, tom dramático e ausência de tensão

A proposta de equilibrar drama e leveza não se cumpre com eficácia neste primeiro episódio. As piadas são discretas e o tom dramático é diluído por diálogos que não envolvem. Faltam momentos de tensão real, daqueles que seguram o espectador pela emoção — algo essencial em dramas médicos.

A comparação com Hospital Playlist, Dr. Romântico e Heróis de Plantão é inevitável, mas injusta: enquanto essas séries mostravam profissionais experientes salvando vidas com precisão e paixão, “Resident Playbook” aposta na vulnerabilidade do início. O problema é que, por ora, falta energia e direção.

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Conclusão

“Resident Playbook” estreia sem o mesmo magnetismo de sua série original, mas planta sementes de transformação. O primeiro episódio é mais sobre fracassos e desconforto do que sobre conquistas, o que pode decepcionar quem esperava inspiração à la Hospital Playlist. No entanto, há uma proposta clara de evolução: personagens imperfeitos que precisarão, aos poucos, descobrir o que significa realmente ser médico.

Se o público tiver paciência para acompanhar essa curva de amadurecimento, há chances de recompensas emocionais nos episódios seguintes. Por enquanto, é um começo instável, mas com potencial para florescer — especialmente se os roteiristas souberem explorar os arcos individuais com sensibilidade e honestidade.

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Onde assistir ao dorama Resident Playbook?

A série está disponível para assistir na Netflix.

Trailer de Resident Playbook (2025)

Elenco de Resident Playbook, da Netflix

  • Go Youn-jung
  • Shin Si-a
  • Kang You-seok
  • Han Ye-ji
  • Jung Jun-won

Ficha técnica da série Resident Playbook

  • Título original: Resident Playbook
  • Criação: Shin Won-ho, Lee Woo-jung, Kim Song-hee
  • Gênero: drama, comédia
  • País: Coreia do Sul
  • Temporada: 1
  • Episódios: 12
  • Classificação: 12 anos
Escrito por
Giselle Costa Rosa

Navegando nas águas do marketing digital, na gestão de mídias pagas e de conteúdo. Já escrevi críticas de filmes, séries, shows, peças de teatro para o sites Blah Cultural e Ultraverso. Agora, estou aqui em um novo projeto no site Flixlândia.

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