Início » ‘The Last of Us’ (2×06): o episódio que rompe Joel e Ellie para sempre

O episódio 6 da temporada 2 de “The Last of Us” representa um ponto de ruptura definitivo não apenas para a trajetória emocional de Joel e Ellie, mas também para a forma como a série da HBO decide reinterpretar — ou ressignificar — momentos cruciais do jogo original.

É um episódio de estrutura não linear, mergulhado em flashbacks, silencioso em sua dor e, ao mesmo tempo, carregado de decisões que ecoam com violência no íntimo dos personagens. Em vez de avançar a trama no presente, a narrativa opta por revisitar os cinco anos que moldaram a relação entre pai e filha postiços. Mas, será que esse mergulho emocional fortalece ou esvazia a força da série?

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Sinopse do episódio 6 da temporada 2 de The Last of Us (2025)

Intitulado extraoficialmente como “Dias Futuros”, o episódio acompanha cinco aniversários de Ellie desde sua chegada a Jackson até o momento imediatamente anterior à sua missão de vingança em Seattle. Joel (Pedro Pascal) tenta, ano após ano, manter vivo o laço entre eles, oferecendo presentes simbólicos como um violão restaurado, uma visita a um museu de ciências, e finalmente, o que ele acredita ser a verdade.

Ao mesmo tempo, a distância emocional entre os dois aumenta — acentuada por revelações, mentiras e, principalmente, a incapacidade de Joel de lidar com a autonomia e a dor de Ellie. O episódio culmina com a fatídica confissão de Joel sobre o que realmente aconteceu com os Vaga-lumes, encerrando de vez qualquer ilusão que Ellie ainda nutria sobre o homem que a criou.

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Crítica do episódio 6 de The Last of Us (temporada 2), da Max

Não há como negar a potência emocional do episódio. Ele dosa momentos de ternura e nostalgia com cenas de brutalidade silenciosa, como o assassinato de Eugene. Pedro Pascal entrega uma performance devastadora, sustentada por olhares cansados, sorrisos quebrados e silêncios que dizem mais do que qualquer monólogo.

Bella Ramsey, por sua vez, mostra um amadurecimento brutal na pele de Ellie, oscilando entre fragilidade e raiva, buscando respostas e recebendo apenas mais dores.

No entanto, é justamente essa intensidade emocional que denuncia os excessos da série. A escolha de condensar tantos momentos-chave — a cena do museu, a canção “Future Days”, e a última conversa entre Joel e Ellie — num único episódio, acaba por esvaziar a carga dramática de cada um deles. Em vez de camadas, temos um empilhamento emocional.

O retrato ambíguo de Joel: herói ou mentiroso?

O episódio faz um esforço deliberado para tornar Joel uma figura ainda mais trágica, justificando sua violência através de traumas herdados. A cena inicial com seu pai é forte, mas, ao ecoar literalmente na cena final com Ellie (“espero que você faça um pouco melhor que eu”), a série parece forçar um arco de redenção que talvez o personagem não precise — ou não mereça.

A decisão de Joel matar Eugene após prometer o contrário não apenas rompe a confiança com Ellie, mas diminui o peso da grande mentira do final da primeira temporada. Joel, antes complexo, agora parece simplesmente incoerente. O episódio insiste em explicá-lo, quando o silêncio do jogo fazia dele um enigma moral fascinante.

Ellie e a perda da inocência

Ellie, aos poucos, perde não só a infância, mas também a confiança, o propósito e o afeto. A cada aniversário, algo é dado — e algo é tirado. O ponto alto do episódio talvez seja a visita ao museu espacial, onde Ellie pode, por alguns minutos, sonhar com um mundo diferente. É comovente ver Joel tentando reconstruir sonhos num planeta devastado, mesmo sabendo que o fez à base de mentiras.

O embate no final, em que Ellie diz que não sabe se conseguirá perdoá-lo, mas que gostaria de tentar, seria belíssimo — se não fosse apressado. A série, ao juntar o confronto sobre Salt Lake City com o drama de Eugene, transforma o clímax em um festival de explicações, onde antes havia apenas dor implícita.

A direção e a escrita: um equilíbrio delicado (e falho)

A direção de Neil Druckmann e a coautoria com Halley Gross não são isentas de brilho. Há momentos visuais poderosos — como Ellie flutuando no espaço em sua mente ou os vagalumes reais à noite. Mas Craig Mazin deixa sua marca: a necessidade de explicar tudo ao espectador.

As metáforas são verbalizadas, os arcos são amarrados demais, e as frases de efeito abundam. “The Last of Us” parece desconfiar da inteligência de seu público — e esse é seu maior erro.

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Conclusão

O episódio 6 de “The Last of Us” é, sem dúvida, um dos mais emocionantes e tecnicamente bem produzidos da série até aqui. Ele oferece momentos de rara beleza e intensidade, mas paga o preço por querer entregar tudo de uma vez. A necessidade de justificar Joel, de antecipar revelações e de sublinhar cada conflito transforma o que poderia ser o clímax silencioso da relação entre Joel e Ellie em um monólogo emocional didático.

Ainda assim, o episódio cumpre seu papel: nos destrói por dentro. Mas ao fazer isso de forma tão programada, deixa a sensação de que o golpe final poderia ter sido ainda mais eficaz — se a série tivesse confiado um pouco mais no silêncio.

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Onde assistir à série The Last of Us?

A série está disponível para assistir na Max.

Trailer da temporada 2 de The Last of Us (2025) [LEGENDADO]

Trailer da temporada 2 de The Last of Us (2025) [DUBLADO]

Elenco de The Last of Us, da Max

  • Pedro Pascal
  • Bella Ramsey
  • Kaitlyn Dever
  • Brendan Rozario
  • Anna Torv
  • Gabriel Luna
  • Samuel Hoeksema
  • Catherine O’Hara

Ficha técnica da série The Last of Us

  • Título original: The Last of Us
  • Criação: Craig Mazin, Neil Druckmann
  • Gênero: ficção científica, ação, aventura, terror, suspense, drama
  • País: Canadá, Estados Unidos
  • Temporada: 2
  • Episódios: 7
  • Classificação: 16 anos

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