Taynna Gripp 
Foto: Disney+ / Divulgação
O filme “Três Amigas Todos os Domingos” (The Supremes at Earl’s All-You-Can-Eat), dirigido por Tina Mabry, é uma adaptação do romance homônimo de Edward Kelsey Moore que explora a amizade inabalável entre três mulheres negras ao longo de décadas.
O longa mistura comédia e melodrama, abordando temas pesados como abuso, alcoolismo e racismo, enquanto tenta manter um tom leve. No entanto, esse equilíbrio não é alcançado de maneira eficaz, resultando em uma experiência sobrecarregada de tragédias e cenas forçadas.
Sinopse do filme Três Amigas Todos os Domingos (2024)
O filme acompanha a história de Odette, Clarice e Barbara Jean, três amigas que se autodenominam “As Supremas”, em homenagem ao famoso grupo musical. A narrativa percorre décadas, começando na juventude das personagens nos anos 1960 até seus dias atuais, enquanto enfrentam uma série de desafios, incluindo câncer, infidelidade, violência doméstica e perdas dolorosas. O restaurante serve como ponto de encontro, onde suas histórias se entrelaçam ao longo dos anos.
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Crítica de Três Amigas Todos os Domingos, do Disney+
Nos primeiros momentos, “Três Amigas Todos os Domingos” promete uma narrativa envolvente e emocional. A relação entre as três protagonistas é estabelecida de forma convincente, com boas atuações tanto das atrizes jovens quanto das adultas.
A química entre as personagens cria momentos de ternura e solidariedade, principalmente nas cenas iniciais, que retratam a juventude das amigas e sua luta contra as adversidades. A cena em que Odette confronta o padrasto abusivo de Barbara Jean, por exemplo, é um dos pontos altos do filme, oferecendo uma combinação de coragem e humor.
Sucessão de tragédias e mau gosto
No entanto, conforme a história avança, o filme se perde em uma sucessão de tragédias que tiram o peso emocional de cada evento. O excesso de drama – que inclui mortes súbitas, diagnósticos de doenças e traições – dilui o impacto das cenas, transformando o que poderia ser um retrato sensível da amizade em uma espécie de novela exagerada. A tentativa de manter um tom leve com cenas cômicas entre momentos dramáticos, como a tirada de humor ácido envolvendo uma tentativa de suicídio, acaba soando deslocada e até de mau gosto.
A direção de Mabry é competente em alguns momentos, como nas transições entre o passado e o presente das protagonistas, e a recriação dos anos 1960 é visualmente agradável, com figurinos e cenários que remetem bem à época.
No entanto, o roteiro, coescrito por Mabry e Cee Marcellus, cai em clichês melodramáticos, sobrecarregando as personagens com uma quantidade excessiva de sofrimento, o que acaba prejudicando a conexão do público com a história.
Conclusão
“Três Amigas Todos os Domingos” começa de maneira promissora, apresentando uma narrativa de amizade e resiliência que tem potencial para emocionar. No entanto, o excesso de tragédias e a falta de equilíbrio entre o drama e a comédia enfraquecem o filme.
Embora as atuações sejam fortes e alguns momentos consigam captar a essência da obra original, a direção opta por exagerar nas adversidades, o que acaba tornando a experiência cansativa.
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Onde assistir ao filme Três Amigas Todos os Domingos?
O filme está disponível para assistir no Disney+.
Trailer de Três Amigas Todos os Domingos (2024)
Elenco de Três Amigas Todos os Domingos, do Disney+
- Aunjanue Ellis-Taylor
- Sanaa Lathan
- Uzo Aduba
- Mekhi Phifer
- Julian McMahon
- Vondie Curtis Hall
Ficha técnica do filme Três Amigas Todos os Domingos
- Título original: The Supremes at Earl’s All-You-Can-Eat
- Direção: Tina Mabry
- Roteiro: Gina Prince-Bythewood, Tina Mabry, Edward Kelsey Moore
- Gênero: comédia, drama
- País: Estados Unidos
- Duração: 124 minutos
- Classificação: 16 anos
Sobre o autor
2 thoughts on “Excesso de melodrama reduz potencial de ‘Três Amigas Todos os Domingos’”