Confira a crítica do filme "Ultraman: A Ascensão", animação de 2024 disponível para assinantes da Netflix.

Foto: Netflix / Divulgação

Ultraman, um herói icônico com a missão de defender o mundo dos kaiju, tem sido uma figura central em incontáveis mangás, videogames e longas-metragens. No filme “Ultraman: A Ascensão” (Ultraman: Rising), dirigido por Shannon Tindle, o herói adota um bebê kaiju, uma mudança drástica e inesperada na narrativa tradicional.

Essa reinterpretação, mais focada na dinâmica entre pais e filhos, traz uma nova perspectiva ao legado do personagem, mas também levanta questões sobre a coerência dentro do universo estabelecido.

Sinopse de Ultraman: A Ascensão, da Netflix

Em “Ultraman: A Ascensão”, Ken Sato (Christopher Sean) é um jogador de beisebol vivendo nos Estados Unidos que retorna ao Japão e assume o manto de Ultraman, uma herança deixada por seu pai, um herói que desapareceu lutando contra kaiju.

Ao encontrar um bebê kaiju, Emi, após uma batalha, Ken se vê dividido entre suas responsabilidades como herói e a inesperada tarefa de criar a criatura. O filme explora suas lutas para equilibrar essas duas vidas enquanto enfrenta a ameaça de Gigantron, um kaiju devastador, e a organização Kaiju Defense Force, liderada pelo Dr. Onda (Keone Young), que busca erradicar todos os kaiju.

Crítica do filme Ultraman: A Ascensão (2024)

“Ultraman: A Ascensão” tenta reimaginar a tradicional narrativa do herói, misturando temas de paternidade com ação de ficção científica. A decisão de Ken adotar um bebê kaiju inicialmente parece uma estratégia para atrair um público mais jovem e vender produtos derivados, seguindo uma fórmula popular em animações modernas. No entanto, essa escolha também serve como metáfora para os obstáculos da paternidade e os desafios de equilibrar responsabilidades pessoais e heroicas.

A animação em CGI, realizada pela ILM, é visualmente impressionante, especialmente nas cenas noturnas onde Ultraman enfrenta monstros em combates épicos. No entanto, o roteiro, escrito por Tindle e Marc Haimes, sofre de excessiva exposição e diálogos forçados. Momentos emocionais importantes são frequentemente subestimados por soluções rápidas e mudanças de destino que diminuem o impacto dramático.

Os coadjuvantes, como Ami (Julia Harriman), uma repórter mãe solteira, e Mina (Tamlyn Tomita), uma inteligência artificial, aprofundam a história, mas suas subtramas são pouco desenvolvidas, deixando o foco principal sobre Ken e sua jornada de aceitação como herói e pai. A tentativa de equilibrar humor e drama, com cenas envolvendo os desafios de cuidar de um bebê kaiju, muitas vezes parece deslocada em relação ao tom geral do filme.

O clímax, uma batalha vibrante contra Mega Gigantron, é um espetáculo visual, mas falha em ressoar emocionalmente devido à falta de construção consistente ao longo do filme. A ideia de sacrifício parental é abordada, mas a narrativa frequentemente evita consequências permanentes, optando por resoluções fáceis que diluem a mensagem.

Conclusão

“Ultraman: A Ascensão” é uma tentativa ambiciosa de revitalizar o legado do personagem, introduzindo elementos modernos e temáticas familiares. Embora visualmente deslumbrante e com momentos de genuína diversão, o filme é prejudicado por um roteiro inconsistente e desenvolvimento superficial dos personagens.

Fãs de longa data podem se sentir divididos, enquanto novos espectadores, especialmente os mais jovens, talvez apreciem a nova abordagem. No entanto, para que Ultraman realmente se eleve a novos patamares, futuras produções precisarão equilibrar melhor a ação grandiosa com narrativas mais profundas e emocionalmente envolventes.

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Onde assistir Ultraman: A Ascensão?

O filme está disponível para assinantes da Netflix.

Trailer do filme Ultraman: A Ascensão

Elenco de Ultraman: A Ascensão, da Netflix

  • Christopher Sean
  • Gedde Watanabe
  • Tamlyn Tomita
  • Keone Young
  • Julia Harriman

Ficha técnica de Ultraman: A Ascensão (2024)

  • Título original: Ultraman: Rising
  • Direção: Shannon Tindle, John Aoshima
  • Roteiro: Shannon Tindle, Marc Haimes
  • Gênero: animação, ação, aventura
  • País: Japão, Estados Unidos
  • Duração: 121 minutos
  • Classificação: 10 anos

Sobre o autor

1 thought on “‘Ultraman: A Ascensão’ tenta revitalizar o legado do personagem, mas é prejudicado pelo roteiro

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