Uma Vida de Esperança resenha crítica do filme 2024 Flixlândia

[CRÍTICA] ‘Uma Vida de Esperança’: ajudar pode ser um vício?

Foto: Divulgação / Sony Pictures
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Olá, caro leitor — bem-vindo de volta. Embora o rótulo “drama cristão” costume grudar, em Uma Vida de Esperança, por causa da filmografia de seu diretor, Jon Gunn, o filme funciona como uma história humana e envolvente, independente de confissão religiosa (ainda que traga referências cristãs).

Recém-chegado ao Prime Video e filmado em 2024, traz a excelente Hilary Swank (Menina de Ouro) como Sharon e Alan Ritchson (Reacher) como Edward.

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Sinopse

Estamos em 1994. Sharon é cabeleireira em Louisville, Kentucky, e luta contra o alcoolismo. Divorciada há anos, mantém um relacionamento distante com o filho. Ao ler a notícia sobre uma criança que perdeu a mãe e precisa de um transplante de fígado, Sharon decide — quase como missão pessoal — ajudar a família de Michelle (Emily Mitchell) a levantar fundos para a cirurgia.

Edward, o pai, tenta lidar com as dívidas hospitalares enquanto acompanha o tratamento da filha. Em um gesto tão impulsivo quanto inesperado, Sharon aparece no velório da mãe de Michelle oferecendo ajuda — o que soa invasivo para Edward, no mínimo.

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Resenha crítica do filme Uma Vida de Esperança

Apesar da resistência inicial do viúvo, Sharon passa a orbitar a rotina da família de maneira insistente — e, pouco a pouco, efetiva. Com o apoio da mãe, Barbara (Nancy Travis, de Chaplin), e ciente de que as redes sociais ainda eram uma miragem em 1994, ela organiza arrecadações à moda antiga: panfletos de rua, campanhas locais e promoções no próprio salão de beleza em troca de doações.

Ao destrinchar as dívidas de Edward, assusta-se com os valores e decide negociar diretamente com o hospital, expondo a urgência e a vulnerabilidade do caso. Quando a cirurgia enfim é marcada, uma nevasca histórica no Kentucky coloca todos contra o relógio. A travessia até o hospital se transforma em um esforço coletivo comovente, em que a comunidade se levanta — literalmente — para abrir caminho.

Uma Vida de Esperança 2024 resenha crítica do filme Flixlândia (1)
Foto: Divulgação / Sony Pictures

Conclusão

Com orçamento modesto para os padrões de Hollywood (US$ 18 milhões), Jon Gunn reconstrói com competência o clima dos anos 1990: comunicação por telefones fixos, notícias em jornais e TV, mobilização territorial, sem atalhos digitais. O filme aposta na emoção direta — e acerta mais do que erra.

Hilary Swank está luminosa: mesmo quando o papel não exige grandes explosões dramáticas, sua presença dá densidade a Sharon, equilibrando culpa, teimosia e propósito. Alan Ritchson surpreende ao fugir do arquétipo do “bonitão durão”: suas reações contidas revelam um Edward desarmado pelo luto, pela paternidade e pela gratidão.

Baseado em fatos reais, o roteiro assume algumas licenças poéticas — diálogos calibrados para o encantamento e um eixo dramático que, vez ou outra, flerta com o inspiracional. Ainda assim, o filme levanta uma pergunta incômoda e interessante: quando a solidariedade vira compulsão?

Ajudar pode se tornar um vício — uma forma de preencher vazios pessoais —, e Uma Vida de Esperança trabalha esse contorno com empatia, sem demonizar sua protagonista. É uma história que queremos ver terminar bem — e que encontra, na força do comum (vizinhos, amigos, desconhecidos), seu verdadeiro milagre.

Pipoca média e guaraná valem o filme — para ver sozinho ou em família. Bom divertimento!

Onde assistir ao filme Uma Vida de Esperança?

Trailer de Uma Vida de Esperança (2024)

YouTube player

Elenco do filme Uma Vida de Esperança

  • Hilary Swank
  • Alan Ritchson
  • Emily Mitchell
  • Skywalker Hughes
  • Nancy Travis
  • Tamala Jones
Escrito por
Cleon

Cleon (pseudônimo de Antonio Filho) é da área de TI, mas vive com a cabeça nas estrelas. Trocou linhas de código por linhas de roteiro — e escreve sobre séries e filmes como quem decifra algoritmos de emoção humana.

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