“A Lista Terminal: Lobo Negro” surge como um intrigante prelúdio e spin-off da bem-sucedida série de 2022 do Prime Video, “A Lista Terminal”. Lançada com seus três primeiros episódios em 27 de agosto de 2025, a série rapidamente se estabeleceu como um dos títulos mais assistidos na plataforma, alcançando o segundo lugar em poucos dias e gerando discussões intensas entre críticos e fãs.
Estrelada por Taylor Kitsch como Ben Edwards, este novo capítulo de sete episódios não é apenas uma expansão narrativa, mas uma peça fundamental na construção do universo de ação de Jack Carr, o autor dos livros originais.
A decisão de produzir “Lobo Negro” antes de uma segunda temporada da série principal foi estratégica, impulsionada pela agenda lotada de Chris Pratt e pelo desejo de aprofundar a complexa jornada de Ben Edwards.
Sinopse
A trama de “Lobo Negro” nos transporta para 2015, sete anos antes dos eventos de “A Lista Terminal”, com o cenário principal sendo Mosul, no norte do Iraque. Aqui, Ben Edwards, então um altamente condecorado Chefe Operador de Guerra Especial dos Navy SEALs, lidera o treinamento de unidades Peshmerga e Forças de Operações Especiais Iraquianas para combater o ISIS. No início, a série estabelece o “Bro Code” – o código de irmandade entre os combatentes – como um pilar central para Edwards e seus colegas.
No entanto, a carreira militar de Edwards sofre uma reviravolta dramática após ele desobedecer ordens diretas e realizar uma missão brutal e sangrenta em retaliação pelo assassinato de um tradutor. Essa ação leva a sérias consequências: Edwards e seu companheiro, o Tenente Raife Hastings (interpretado por Tom Hopper), são expulsos dos SEALs.
É nesse momento de transição que Jed Haverford (Robert Wisdom), um misterioso e experiente espião da CIA, entra em cena. Ele recruta Edwards e Hastings para uma equipe multinacional de operações secretas, que opera fora das regras convencionais das agências de inteligência, e inclui agentes da Mossad como Eliza Perash (Rona-Lee Shimon) e Tal Varon (Shiraz Tzarfati), e o oficial iraquiano Mo Farooq (Dar Salim).
A missão principal dessa nova equipe é impedir que tecnologia de armas nucleares chegue às mãos do Irã, envolvendo-os em intrigas com traficantes de armas e uma complexa negociação nuclear. A série, assim, explora a transformação de Edwards de um SEAL leal a um operador paramilitar comprometido, navegando por águas morais cada vez mais turvas, desvendando as origens de sua traição que se concretizaria na série original.
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Crítica
“A Lista Terminal: Lobo Negro” tem uma capacidade de entregar uma experiência de ação intensa e emocionante. É um thriller de espionagem divertido e intenso, que equipara-se a um “Call of Duty” pela adrenalina constante. A série não poupa esforços em cenas de ação bem elaboradas, desde ataques militares e operações de espionagem veladas até confrontos explosivos e combates corpo a corpo que rivalizam com grandes franquias como “Bourne”, “James Bond” e “Missão: Impossível”.
O ritmo é ágil e a narrativa, embora ocasionalmente complexa devido aos detalhes geopolíticos, é bem estruturada. Há um foco notável na autenticidade militar, com ex-Rangers e SEALs atuando como consultores criativos e técnicos, o que confere um toque de realismo às cenas. Em termos de roteiro, o prelúdio se desvia um pouco da natureza conspiratória da série original, optando por uma abordagem mais direta de “espião contra espião”, o que muitos consideram uma melhoria.
Brilhantismo do elenco e desenvolvimento de personagens
O grande destaque da série é, sem dúvida, a performance de Taylor Kitsch como Ben Edwards. Ele é um protagonista mais convincente e carismático do que Chris Pratt na série original.
O ator injeta uma intensidade genuína e uma empatia que eleva o personagem muito além de sua representação mais unidimensional nos livros de Jack Carr. Sua habilidade em retratar a complexidade moral de Edwards, um homem dividido entre a lealdade à irmandade e a imersão em operações obscuras, é a espinha dorsal da narrativa.
Além de Kitsch, Tom Hopper brilha no papel de Raife Hastings, chegando a “roubar a cena” com sua interpretação elegante e controlada, evocando uma forte vibe de James Bond. É um personagem-chave dos livros de Carr que finalmente ganha vida na tela, e a química entre Hopper e Kitsch é um dos pontos altos.
Robert Wisdom também tem ótima performance como o espião da CIA Jed Haverford, que eleva o material. Chris Pratt faz aparições pontuais em alguns episódios, em um papel secundário, com a própria produção garantindo que o foco permaneça em Kitsch.

Temas polêmicos e ideologia subjacente
“Lobo Negro” mergulha em temas como irmandade, lealdade e as consequências trágicas da quebra desses laços, especialmente no contexto militar e de inteligência. A série explora a jornada de Edwards em um caminho solitário, mesmo enquanto ele repete o mantra “Long live the brotherhood” (ou “Viva a irmandade”, em bom português).
No entanto, a série também tem algumas inclinações ideológicas, sendo algumas vezes excessivamente jingoísta, pró-militar e até pró-Israel, especialmente com a inclusão de agentes simpáticos da Mossad e uma narrativa que critica o acordo nuclear com o Irã de 2015. A perspectiva é, por vezes, simplista, apresentando uma imagem de “americanos bonzinhos contra os ‘monstros à porta'”. Há ainda um forte posicionamento machista.
No entanto, se você não se importar com isso e deixar a política de lado, pode aproveitar a série pelo seu entretenimento como um thriller de ação. O próprio criador, Jack Carr, é um contador de histórias atento aos acontecimentos geopolíticos, o que sem dúvida influencia a trama.
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Conclusão
“A Lista Terminal: Lobo Negro” é um prelúdio que conseguiu não apenas preencher a lacuna entre as temporadas da série original, mas também expandir significativamente o universo de Jack Carr e aprofundar um de seus personagens mais complexos.
Para os fãs de thrillers de ação e espionagem, especialmente aqueles que apreciam a brutalidade tática de “Call of Duty” ou a intriga de “Missão: Impossível”, “Lobo Negro” é uma recomendação certeira.
Embora seus aspectos ideológicos possam ser polarizadores, a série se destaca pela ação bem orquestrada, valores de produção de primeira linha e, acima de tudo, pela performance cativante de Taylor Kitsch. É um mergulho profundo nas origens de um anti-herói que, apesar de sabermos seu destino final, nos mantém curiosos sobre o caminho que o transformou no “lobo negro”.
Este prelúdio não é apenas um sucesso em si mesmo, mas também prepara o terreno de forma empolgante para futuras histórias do universo “A Lista Terminal”, introduzindo personagens que serão cruciais para a segunda temporada.
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Onde assistir à série A Lista Terminal: Lobo Negro?
A série está disponível para assistir no Prime Video.
Assista ao trailer de A Lista Terminal: Lobo Negro (2025)
Quem está o elenco de A Lista Terminal: Lobo Negro, do Prime Video?
- Taylor Kitsch
- Tom Hopper
- Dar Salim
- Robert Wisdom
- Luke Hemsworth
- Rona-Lee Shimon
- Shiraz Tzarfati
- Jared Shaw
- Alain Ali Washnevsky
- Hadi Khanjanpour
- Chris Pratt