Steve McQueen, conhecido por sua ousadia cinematográfica em filmes como 12 Anos de Escravidão e Shame, retorna em 2024 com “Blitz“, um filme que revisita a Segunda Guerra Mundial com uma perspectiva ao mesmo tempo épica e intimista.
No centro da trama está George, um menino de nove anos que desafia o caos da guerra para reencontrar sua mãe. Embora repleto de intenções nobres e um elenco de peso liderado por Saoirse Ronan, o filme parece hesitar entre a profundidade autoral e os clichês do cinema de guerra.
Sinopse do filme Blitz (2024)
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Crítica de Blitz, da Apple TV+
Elliott Heffernan impressiona como George, trazendo vulnerabilidade e determinação ao papel. No entanto, o roteiro não desenvolve de maneira consistente a jornada do personagem, optando por uma narrativa episódica que frequentemente perde ritmo. Enquanto as passagens mais sombrias – como o encontro de George com ladrões liderados por Stephen Graham e Kathy Burke – oferecem momentos de tensão genuína, outras cenas carecem de impacto emocional ou coesão temática.
Saoirse Ronan, sempre uma presença marcante, entrega uma atuação sólida como Rita, mas seu arco parece subaproveitado, oscilando entre o drama pessoal e a função de preencher lacunas na trama principal. Da mesma forma, os elementos visuais, apesar de competentes, não exploram plenamente o potencial de uma Londres devastada pela guerra, resultando em uma ambientação que parece artificial em alguns momentos.
Conclusão
“Blitz” é um filme que busca unir o intimismo de uma jornada pessoal à grandiosidade do cenário histórico. Embora carregado de boas intenções e momentos pontuais de brilhantismo, o longa acaba se perdendo em escolhas narrativas que comprometem sua força emocional.
Para os fãs de Steve McQueen, é uma experiência interessante, mas distante do impacto de suas obras anteriores. No fim, “Blitz” lembra que até mesmo os diretores mais talentosos podem tropeçar ao tentar equilibrar ambição artística com acessibilidade comercial.
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