Foto: Netflix / Divulgação

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O documentário “Cara a Cara com o ETA” (No me llame Ternera), filme dirigido por Jordi Évole e Màrius Sánchez, gerou polêmica antes mesmo de ser exibido em sua inauguração no Festival de San Sebastián. Afinal, a produção é uma entrevista com Josu Ternera, ex-líder da organização separatista basca ETA, conduzida por Évole, conhecido por seu trabalho no jornalismo espanhol.

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Sinopse de Cara a Cara com o ETA

“Cara a Cara com o ETA” inicia com o testemunho de Francisco Ruiz Sánchez, vítima de um atentado da ETA em 1976. A entrevista com Josu Ternera abrange desde os anos de chumbo até a dissolução da ETA, buscando confrontar o ex-líder com suas ações. O terrorista, por sua vez, tenta se eximir de responsabilidades, negando-se a admitir participação direta em assassinatos. O filme procura contextualizar historicamente as ações da ETA, apresentando imagens de arquivo que evidenciam o terror vivido na Espanha.

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Cara a Cara com o ETA é bom?

A resposta a essa pergunta é complexa e depende da perspectiva do espectador. “Cara a Cara com o ETA” oferece um olhar crítico sobre a violência perpetrada pela ETA e a tentativa de humanizar Josu Ternera. A abordagem ética de Évole é evidente, destacando as consequências para as vítimas, como Francisco Ruiz.

Contudo, o documentário pode frustrar quem esperava respostas mais incisivas do entrevistado. A polêmica em torno da exibição deve-se, em parte, à dificuldade em conciliar o desejo de compreensão com a repugnância diante do terrorismo.

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Conclusão

“Cara a Cara com o ETA” é uma obra que provoca reflexões sobre a natureza do terrorismo e seus impactos na sociedade. Jordi Évole tenta, por meio da entrevista, confrontar Josu Ternera com as consequências de seus atos, mas esbarra na negação e na falta de arrependimento do ex-líder da ETA.

O documentário não é conclusivo, deixando a sensação de que, apesar dos esforços, Ternera permanece inabalável em sua postura. Assim, o filme deixa espaço para a reflexão sobre o papel do cinema na abordagem de temas delicados e traumáticos da história recente.

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Onde assistir ao filme Cara a Cara com o ETA (2023)?

O documentário “Cara a Cara com o ETA” estreou nesta sexta-feira, dia 15 de dezembro de 2023, no catálogo da Netflix.

Trailer do documentário Cara a Cara com o ETA, da Netflix (2023)

Cara a Cara com o ETA: elenco do filme (2023)

  • Guy Richardson
  • Francisco Ruiz Sánchez
  • Josu Ternera
  • Jordi Évole

Ficha técnica do documentário Cara a Cara com o ETA (2023)

  • Título original do filme: No me llame Ternera
  • Direção: Marius Sánchez, Jordi Évole
  • Roteiro: Adrià Attardi, Julia Badenes, Silvia Merino, Marius Sánchez, Jordi Évole
  • Gênero: documentário
  • País: Espanha
  • Ano: 2023
  • Duração: 102 minutos
  • Classificação: 14 anos

Sobre o autor

3 thoughts on “Polêmico ‘Cara a Cara com o ETA’ é inconclusivo

  1. O documentário merece ser assistido. Quem ainda desconhece a cronologia dos fatos pode pesquisar antes de assistir, e saberá que há também parte do país Basco na França. O membro do ETA entrevistado demonstra desconforto ao longo da entrevista quando se vê forçado a repetir discurso ideológico raso diante da barbárie perpetrada por ele mesmo e seus companheiros terroristas. O expectador atento tirará conclusões. Excelente produção.

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