Taynna Gripp 
Foto: Divulgação
‘Código Alarum’, filme que chegou aos cinemas cercado das expectativas da estreia de Isis Valverde no cinema hollywoodiano, visa explorar o mundo da espionagem e das tramas secretas, e prometia um enredo envolvente com ação de alto nível.
Com um elenco estrelado e um nome que sugere uma trama tensa e cheia de reviravoltas, o filme se posiciona como mais uma tentativa de explorar esse gênero. No entanto, o que era para ser um thriller emocionante acaba sendo uma experiência frustrante e cheia de falhas, tanto narrativas quanto técnicas.
Sinopse de Código Alarum
Joe (Scott Eastwood) e Laura (Willa Fitzgerald) são um casal de espiões secretos que, após se apaixonarem durante uma missão, decidem abandonar suas agências e seguir uma vida tranquila. No entanto, quando um avião cai perto do resort onde estão hospedados na Polônia, eles acabam encontrando um pen drive misterioso, o que coloca suas vidas em risco. Logo, são perseguidos por dois grupos implacáveis: uma organização secreta chamada Alarum, que deseja o pen drive a todo custo, e agentes da antiga agência de Joe, que acreditam que ele está tentando destruir a rede global de inteligência.
Em meio à caçada, o casal se separa e precisa lutar para sobreviver, enquanto enfrentam traições e questionam quem realmente está ao seu lado. Em um jogo de lealdade e perigo, o destino de Joe e Laura está nas mãos de Chester (Sylvester Stallone), um ex-colega de Joe, que pode ser tanto aliado quanto inimigo.
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Crítica de Código Alarum
‘Código Alarum’ segue a história de Joe (Scott Eastwood) e Laura (Willa Fitzgerald), um casal de espiões secretos cujas vidas tomam um rumo perigoso quando eles se deparam com um pen drive contendo informações ultrassecretas. Logo, eles se tornam alvos de uma perseguição implacável, não apenas por inimigos do governo, mas também por Chester (Sylvester Stallone), um ex-colega de Joe, que se vê forçado a caçá-los. A história, no papel, parece promissora. A tensão entre os protagonistas, o mistério do pen drive e a caça implacável são ingredientes clássicos de um bom filme de espionagem. No entanto, o roteiro de Alexander Vesha é confuso e excessivamente previsível.
A narrativa tenta fazer o espectador acreditar em um jogo de lealdade e traição, mas falha ao desenvolver os personagens ou suas motivações de forma convincente. A tentativa de explorar os dilemas de Joe e Laura fica prejudicada pela falta de química entre os atores e pela incapacidade de criar uma tensão palpável entre eles. Além disso, elementos como o enigmático “Código Alarum” e o conteúdo do pen drive são tratados de forma vaga e nunca são explicados de maneira satisfatória. Isso deixa o espectador com a sensação de que está assistindo a algo superficial e sem profundidade.
Falhas que comprometem o filme
O maior erro de ‘Código Alarum’ talvez seja sua direção. Michael Polish, conhecido por trabalhos anteriores interessantes, aqui parece perdido, sem saber como tirar o melhor dos recursos à sua disposição. A coreografia das cenas de ação é fraca, os efeitos especiais parecem datados e os erros de continuidade são gritantes. O exemplo mais absurdo ocorre quando personagens em situações de perigo extremo inexplicavelmente escapam de situações de tiroteio, como a guia turística que, após um tiroteio violento, simplesmente surge ilesa no meio dos outros reféns, sem qualquer explicação plausível.
Embora o elenco conte com nomes de peso, como Scott Eastwood, Willa Fitzgerald, Mike Colter e Sylvester Stallone, o desempenho dos atores é prejudicado por um roteiro sem graça e personagens mal desenvolvidos. Scott Eastwood, que tenta trazer um pouco da gravidade de seu pai Clint, não consegue fugir da superficialidade do personagem de Joe. Por outro lado, Willa Fitzgerald, que havia mostrado grande talento em outros projetos, aqui se vê em uma posição desconfortável, sem poder explorar todo o seu potencial, visto que seu personagem é desinteressante e sem profundidade.
A única atuação que realmente se destaca, mesmo que em uma participação menor, é a de Isis Valverde como Bridgette Rousseau. Sua personagem, uma amiga misteriosa do casal principal, é a mais cativante do filme. Valverde consegue trazer um carisma imediato para a tela, o que deixa uma impressão positiva, embora limitada pela falta de tempo de tela e um roteiro que não lhe dá a chance de brilhar completamente.
Conclusão
‘Código Alarum’ é um exemplo claro de como um filme pode falhar em entregar o que promete. A combinação de um roteiro confuso, direção fraca e falhas técnicas faz com que o longa se torne um exercício de frustração para o espectador. A presença de atores renomados como Stallone e Eastwood, que, em teoria, poderiam elevar o filme, acaba sendo desperdiçada, já que seus papéis são mal desenvolvidos e sem profundidade. Mesmo a boa performance de Isis Valverde não é suficiente para salvar o filme de seu fracasso geral.
Se você está em busca de uma história envolvente de espionagem, com ação eletrizante e personagens cativantes, ‘Código Alarum’ definitivamente não é o filme para você. Ao contrário, ele serve como um lembrete de como grandes nomes podem ser reduzidos a meros coadjuvantes em um roteiro mal executado. Para os fãs de filmes de ação, este é mais um daqueles filmes que, em pouco tempo, será esquecido.
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Onde assistir ao filme Código Alarum?
O filme está disponível para assistir nos cinemas.
Trailer de Código Alarum (2025)
Elenco de Código Alarum
- Scott Eastwood
- Sylvester Stallone
- Willa Fitzgerald
- Mike Colter
- Isis Valverde
- D.W. Moffett
- Joel Cohen
- Mark Polish
- Abigail Spear
Ficha técnica do filme Código Alarum
- Título original: Alarum
- Direção: Michael Polish
- Roteiro: Alexander Vesha
- Gênero: ação
- País: Estados Unidos
- Duração: 95 minutos
- Classificação: 16 anos
Sobre o autor
