Filme 'Einstein e a Bomba' | Crítica do documentário, Netflix (2024)

Usando apenas as palavras do cientista – seus discursos, cartas e entrevistas – para roteirizar seus diálogos, o documentário “Einstein e a Bomba” (Einstein and the Bomb) produzido pela BBC Studios lançado nesta sexta-feira (16) pela Netflix funde sequências dramáticas com imagens de arquivo da vida do gênio enquanto ela se desenrola nas duas guerras mundiais, na ascensão e queda do fascismo, no advento da era atômica.

Sinopse do filme Einstein e a Bomba (2024)

O ano é 1933 e Albert Einstein, o cientista mais famoso do mundo, está foragido. Com medo de sua vida, ele não tem escolha a não ser abandonar sua pátria alemã, quando Hitler toma o poder e começa a perseguição sistemática da população judaica.

O gênio, então, precisa encontrar um lugar para se esconder da ameaça real dos assassinos nazistas. Mas onde uma celebridade global desaparece de vista? A resposta leva a uma cabana de madeira em um campo em Norfolk e à história pouco conhecida do esconderijo inglês de Einstein. Um tempo e um lugar que serão um ponto de viragem na sua vida, entre a Europa e os EUA, entre o pacifismo e a agressão e um momento que acabará por definir a sua relação com a mais poderosa de todas as invenções – a bomba atómica.

Crítica de Einstein e a Bomba, da Netflix (2024)

“Einstein e a Bomba” é uma exploração profunda e perspicaz da vida e do legado de Albert Einstein, especialmente em relação ao desenvolvimento das armas nucleares e seus dilemas éticos. Dirigido por Anthony Philipson e escrito por Philip Ralph, o documentário mergulha no âmago das questões morais enfrentadas pelo renomado físico, oferecendo uma visão abrangente de sua vida e contribuições para a ciência e a história.

O documentário tem uma abordagem meticulosa, combinando imagens de arquivo, dramatizações e as próprias palavras de Einstein para criar uma narrativa impactante. Ao explorar momentos-chave da vida do cientista, desde sua fuga da Alemanha nazista até seu papel na persuasão dos Estados Unidos a desenvolver armas nucleares durante a Segunda Guerra Mundial (algo que vimos por alto durante o recente “Oppenheimer”), o filme lança luz sobre os dilemas éticos enfrentados pelo cientista diante do avanço da ciência e da tecnologia.

Um dos aspectos mais marcantes de “Einstein e a Bomba” é sua capacidade de humanizar o personagem, retratando-o não apenas como um gênio científico, mas também como um ser humano complexo, com dúvidas e preocupações morais. O documentário revela o conflito interno de Einstein em relação ao uso da ciência para fins destrutivos, especialmente após os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki.

Além disso, “Einstein e a Bomba” contextualiza a vida do cientista dentro do cenário político e social tumultuado do século XX, destacando sua interação com figuras históricas como Adolf Hitler e Franklin D. Roosevelt. O filme também examina o legado do gênio e seu impacto duradouro na ciência, na ética e nos assuntos globais.

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Conclusão

Em última análise, “Einstein e a Bomba” é uma reflexão profunda sobre as complexidades da ciência, da ética e da responsabilidade humana. Ao provocar questionamentos sobre o papel dos cientistas na sociedade e as consequências de suas descobertas, o documentário nos convida a refletir sobre o mundo em que vivemos e as escolhas que fazemos em busca da paz e da compreensão.

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Onde assistir ao filme Einstein e a Bomba (2024)?

O documentário “Einstein e a Bomba” estreou nesta sexta-feira, dia 16 de fevereiro de 2024, no catálogo da Netflix.

Trailer do documentário Einstein e a Bomba, da Netflix (2024)

Ficha técnica de Einstein e a Bomba, da Netflix (2024)

Título original do filme: Einstein and the Bomb
Direção: Anthony Philipson
Roteiro: Philip Ralph
Gênero: documentário
País: Reino Unido
Ano: 2024
Duração: 76 minutos
Classificação: 14 anos

Sobre o autor

Wilson Spiler

Formado em Design Gráfico, Pós-graduado em Jornalismo e especializado em Jornalismo Cultural, com passagens por grandes redações como TV Globo, Globonews, SRZD e Ultraverso.

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