'O Caso Asunta' não atinge todo o seu potencial

Lançada nesta sexta-feira (26) na Netflix, a série “O Caso Asunta” (El Caso Asunta) prometia uma investigação profunda sobre um dos crimes mais chocantes da Espanha. Baseada na trágica história real de Asunta Fong Yang Basterra Porto, a minissérie tinha o potencial para ser uma obra marcante no gênero de crime real. No entanto, apesar das expectativas elevadas, a produção parece não ter alcançado a profundidade e o impacto emocional esperados.

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Sinopse de O Caso Asunta, da Netflix

“O Caso Asunta” explora o assassinato de Asunta Basterra Porto, uma jovem de 12 anos, adotada por um casal influente da Espanha, Rosario Porto e Alfonso Basterra. O caso ganhou notoriedade nacional quando, após o desaparecimento e subsequente descoberta do corpo de Asunta, os próprios pais foram acusados e condenados pelo crime. A série promete uma análise detalhada dos eventos que levaram ao crime, oferecendo seis episódios de conteúdo investigativo.

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O Caso Asunta Basterra: a história real da série da Netflix

O caso Asunta Basterra Porto é um dos crimes mais chocantes e mediáticos da Espanha. Asunta, uma menina de 12 anos, foi encontrada morta em setembro de 2013, em uma pista rural perto de Santiago de Compostela, na Galiza. Ela havia sido adotada quando bebê por Rosario Porto e Alfonso Basterra, um casal bem relacionado socialmente.

As investigações revelaram que Asunta foi drogada durante meses e, finalmente, asfixiada. Seus pais foram rapidamente considerados suspeitos, principalmente após evidências de que Rosario havia comprado grandes quantidades do sedativo encontrado no corpo de Asunta. Ambos foram julgados e condenados por assassinato em 2015, recebendo penas de 18 anos de prisão.

O crime ganhou atenção maciça da mídia, não apenas pelo brutal assassinato de uma criança inocente, mas também pelo status social dos pais de Asunta e pelas perturbadoras dinâmicas familiares que vieram à tona durante o julgamento. O caso levantou questões sobre o sistema de adoção, a elite social da Espanha e a cobertura da mídia em casos de crimes de alto perfil.

Crítica da série O Caso Asunta (2024)

A escolha do elenco é um dos pontos altos da série. Candela Peña, como Rosario Porto, e Tristán Ulloa, interpretando Alfonso Basterra, entregam atuações convincentes que são essenciais para a narrativa. Ambos conseguem retratar a complexidade e a ambiguidade moral de seus personagens, contribuindo significativamente para a tensão dramática da série.

Mas, infelizmente, “O Caso Asunta” sofre de uma execução que não faz jus ao material de origem complexo e emocionalmente carregado. A série tenta abordar múltiplos ângulos da investigação, mas falha em mergulhar profundamente em qualquer um deles. As revelações e os desenvolvimentos da trama parecem apressados e, ocasionalmente, superficiais, o que pode deixar os espectadores desejando uma exploração mais detalhada e envolvente dos fatos e das personalidades envolvidas.

Do ponto de vista técnico, a minissérie apresenta uma fotografia competente que capta eficazmente a atmosfera sombria e tensa. No entanto, a montagem e a escolha de certas tomadas não conseguem sempre manter o ritmo necessário para manter o espectador totalmente engajado.

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Conclusão

Embora “O Caso Asunta” ofereça momentos de atuação forte e tenha potencial para destacar um caso criminal complexo, a série não alcança completamente esse objetivo. A falta de profundidade na exploração dos personagens e dos eventos que cercam o crime deixa um sentimento de oportunidade perdida.

Para os aficionados por histórias de crimes reais, a série pode valer a pena pelo desempenho dos atores principais e pela chance de conhecer mais sobre um caso infame. No entanto, aqueles em busca de uma investigação criminal profundamente envolvente e meticulosamente narrada podem achar “O Caso Asunta” um tanto quanto insatisfatório.