A DreamWorks surpreendeu ao lançar “Orion e o Escuro” (Orion and the Dark) diretamente na Netflix, um filme animado que revela o inusitado fato de que cada vez que os humanos dormem, são induzidos à inconsciência por um pequeno duende azul. Escrito por Charlie Kaufman, responsável por obras como “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” (2004), a animação aborda as ansiedades infantis, principalmente o medo do escuro.
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Sinopse de Orion e o Escuro
Na trama, Orion parece um aluno como outro qualquer: tímido e despretensioso, passando despercebido pelos demais. Mas por trás das aparências, o adolescente é um poço de ansiedade que vive consumido pelo medo irracional de abelhas, cachorros, o mar, as ondas geradas pelos celulares, palhaços assassinos em bueiros e até de cair de um precipício.
No entanto, o menino enfrenta seu pior medo todas as noites: a escuridão. Por isso, quando a personificação do maior de seus temores aparece para uma visitinha, Orion embarca em uma viagem pelo mundo para ver que não há motivos para temer a noite. A amizade improvável entre esses inimigos só cresce, mas o garoto precisa decidir se consegue aceitar o desconhecido, deixar de ser controlado pelo medo e finalmente sentir a alegria de viver.
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Orion e o Escuro é bom?
O mérito de “Orion e o Escuro” reside na fusão entre a trama inventiva de Charlie Kaufman e a expertise visual da DreamWorks. O cineasta, conhecido por suas incursões em temas complexos e psicológicos, traz uma abordagem inusitada para o gênero infantil, explorando as ansiedades de uma criança de maneira honesta e acessível. A escolha do diretor em adaptar o livro de Emma Yarlett não apenas preserva a essência do original, mas eleva a história a um nível mais profundo e reflexivo.
O protagonista Orion (dublado por Jacob Tremblay) torna-se um veículo para as inquietações universais da infância, desde o receio de situações sociais até o temor do desconhecido. Além disso, o elenco de vozes, entrega ótimas atuações, dando vida aos personagens e adicionando nuances emocionais à trama.
“Orion e o Escuro” também se destaca pela parte técnica, com a DreamWorks optando pela combinação de estilos 2D e 3D, conferindo ao filme uma belíssima estética e enriquecendo bastante a experiência visual, mantendo a atenção tanto das crianças quanto dos adultos. Assim, a animação não apenas entretém, mas também toca o espectador em níveis emocionais e intelectuais.
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Conclusão
“Orion e o Escuro” mescla o talento peculiar de Kaufman com a visão artística da DreamWorks. A jornada do personagem, acompanhada por entidades noturnas, traz uma visão única para lidar com medos infantis. A trama, embora por vezes densa, é equilibrada por momentos de humor e reflexão. Já a estética – que combina estilos 2D e 3D – contribui para a singularidade do filme. Em resumo, é uma animação que proporciona uma experiência emocionalmente rica, seja para crianças ou para adultos.
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Onde assistir ao filme Orion e o Escuro (2024)?
O filme “Orion e o Escuro” estreou nesta sexta-feira, dia 2 de fevereiro de 2024, no catálogo da Netflix.
Assista ao trailer do filme Orion e o Escuro, da Netflix (2024)
Orion e o Escuro: elenco do filme da Netflix (2024)
- Jacob Tremblay
- Paul Walter Hauser
- Angela Bassett
- Colin Hanks
- Mia Akemi Brown
- Ike Barinholtz
Ficha técnica do filme Orion e o Escuro, da Netflix (2024)
- Título original do filme: Orion and the Dark
- Direção: Sean Charmatz
- Roteiro: Charlie Kaufman, Lloyd Taylor, baseado no livro de Emma Yarlett
- Gênero: animação, aventura, comédia
- País: França, Estados Unidos
- Ano: 2024
- Duração: 92 minutos
- Classificação: 10 anos
9 thoughts on “‘Orion e o Escuro’ vai bem além de uma simples animação infantil”