Crítica do final da temporada 2 de Pacificador (episódio 8) - Flixlândia

‘Pacificador’ e a solidão de um herói no fim do mundo

Série chegou ao final da segunda temporada

Foto: Divulgação / HBO Max
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A temporada 2 de “Pacificador” (Peacemaker) foi uma montanha-russa emocional, equilibrando a comédia irreverente com o drama pessoal do protagonista Christopher Smith. O episódio final, “Chave Nelson”, não apenas encerra a jornada de Chris, mas também estabelece as bases para o futuro do novo Universo DC.

Longe de ser uma conclusão convencional, o desfecho da temporada é agridoce e carregado de simbolismo, deixando o herói em uma situação mais precária do que nunca, enquanto projeta um futuro incerto para seus companheiros e para o universo.

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Sinopse

Em “Chave Nelson”, a trama se divide em duas frentes: a busca de redenção de Chris Smith e a formação de um novo grupo de vigilantes. Após o trauma no universo alternativo, Chris se entrega às autoridades, acreditando ser a causa de todas as tragédias à sua volta. Enquanto isso, a ARGUS, sob o comando de um vingativo Rick Flag Sr., está usando um “portal dimensional” para explorar outros mundos, buscando uma dimensão inabitada que possa servir de prisão para meta-humanos.

Com a ajuda de Sasha Bordeaux, Emilia Harcourt e John Economos, a equipe, agora chamada de “11th Street Kids”, decide que não pode mais trabalhar sob a sombra de organizações corruptas. Eles formam a Checkmate, uma agência independente dedicada a proteger o público.

No entanto, o otimismo é breve. Flag Sr., que tem um acordo com Lex Luthor, sequestra Chris e o envia para “Salvation”, um planeta-prisão extra-dimensional. O episódio termina com Chris, desarmado e solitário, abandonado em um mundo hostil, enquanto ouve os gritos de criaturas desconhecidas.

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Crítica

O ponto forte do episódio reside no relacionamento entre Chris Smith e Emilia Harcourt. James Gunn, mestre em construir dinâmicas de personagens complexas, finalmente nos revela o que aconteceu na misteriosa “noite no barco”. A cena, embalada pela música da banda Nelson, não mostra um envolvimento físico, mas sim um momento de conexão genuína e vulnerabilidade.

A revelação de que o beijo na noite de Nelson “significou tudo” para Harcourt é o clímax emocional que a temporada vinha construindo. Essa resolução é o motor que impulsiona a equipe a resgatar Chris de sua autopiedade, convencendo-o de que ele é digno de felicidade, apesar de seu passado.

O episódio aprofunda a ideia de que a jornada de Chris não é sobre uma simples luta contra vilões, mas sobre a luta interna para aceitar a si mesmo. A química entre John Cena e Jennifer Holland é inegável e eleva o drama a um nível genuinamente tocante.

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A queda e a vingança de Rick Flag Sr.

A transformação de Rick Flag Sr. de um agente pragmático para um vilão movido por vingança é, no entanto, o ponto mais fraco do episódio. Embora a dor pela morte do filho Rick Flag Jr. seja compreensível, a velocidade com que Flag Sr. se alia a Lex Luthor e trai seus próprios ideais de justiça parece forçada. Sua “virada de face” se mostra mais como uma conveniência de roteiro para justificar o aprisionamento do Pacificador, do que um arco de personagem organicamente desenvolvido.

Essa falta de aprofundamento na motivação de Flag Sr. enfraquece a credibilidade de sua vingança, tornando sua ação final menos impactante do que poderia ser. O personagem, que foi apresentado como uma figura de autoridade complexa em Creature Commandos e Superman, termina de forma desordenada.

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Abrindo as portas para o futuro do DCU

Apesar das falhas de ritmo e caracterização, “Chave Nelson” é um episódio crucial para o futuro do Universo DC. A formação da Checkmate, uma agência independente dos “11th Street Kids”, é um dos momentos mais importantes. Nos quadrinhos, a Checkmate é uma organização global de espionagem com laços com Amanda Waller.

A versão de Gunn, liderada por Adebayo, Harcourt e Economos, é uma resposta à corrupção da ARGUS e ao plano de Flag Sr. A sua criação sugere um novo tipo de vigilância e uma promessa de que esses personagens terão um papel vital nos próximos projetos da DC.

Além disso, o aprisionamento de Chris no planeta Salvation é a maior referência para o futuro. Nos quadrinhos, Salvation é um planeta-prisão para onde vilões perigosos são enviados. Sua introdução na série, com os gritos de criaturas ao fundo, indica que ele não é apenas uma prisão, mas um ambiente hostil e potencialmente fatal.

Essa trama se conecta diretamente com a busca de Lex Luthor por um lugar para confinar meta-humanos e, como Gunn já confirmou, prepara o terreno para eventos em Superman: O Homem do Amanhã. O destino de Chris se torna o elo narrativo que unirá a série a outros filmes e projetos.

Conclusão

O episódio final da temporada 2 de “Pacificador” traz um desfecho ambíguo e ousado que evita um clímax de ação explosivo em favor de uma conclusão emocional e uma ponte para o futuro. Embora a resolução de Chris e Harcourt seja profundamente satisfatória e bem executada, o desenvolvimento do vilão Rick Flag Sr. é apressado.

A temporada encerra com um misto de esperança e desespero: a equipe de Chris está finalmente unida e no controle de seu próprio destino, mas o próprio herói está mais solitário do que nunca, abandonado em um planeta-prisão.

A série cumpre seu papel de encerrar o arco de redenção de Christopher Smith com um toque de ironia trágica, enquanto reafirma a visão de James Gunn para o DCU, deixando claro que o destino de Chris e seus amigos será explorado em múltiplas produções.

Onde assistir à temporada 2 de Pacificador?

A série está disponível para assistir na HBO Max.

Quem está no elenco da 2ª temporada de Pacificador?

  • John Cena
  • Danielle Brooks
  • Freddie Stroma
  • Jennifer Holland
  • Steve Agee
  • Robert Patrick
  • Dee Bradley Baker
  • Frank Grillo
  • Rick Flag Sr.
  • David Denman
  • Sol Rodriguez
Escrito por
Wilson Spiler

Formado em Design Gráfico, Pós-graduado em Jornalismo e especializado em Jornalismo Cultural, com passagens por grandes redações como TV Globo, Globonews, SRZD e Ultraverso.

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