'Quatro Mulheres, Duas Rodas' é uma celebração da feminilidade

Bollywood está mesmo em alta na Netflix. Nesta sexta-feira (8), mais um filme indiano estreou no catálogo da plataforma: “Quatro Mulheres, Duas Rodas” (Dhak Dhak), dirigido por Tarun Dudeja, que também escreve ao lado de Parijat Joshi, é história de amadurecimento, com mulheres desafiando o patriarcado enquanto pilotam suas motocicletas.

Sinopse de Quatro Mulheres, Duas Rodas

O filme apresenta um grupo de mulheres bem distintas lideradas por Shashi Kumari Yadav, apelidada de Sky (interpretada por Fatima Sana Shaikh), uma vlogger de viagens; Mahi (Ratna Pathak Shah), uma idosa que ganha uma moto em um concurso; Uzma (Dia Mirza), uma mulher de burca com habilidades mecânicas surpreendentes; e Manjari (Sanjana Sanghi), uma jovem descobrindo a vida em meio a uma mãe superprotetora. Cada uma enfrenta desafios únicos enquanto embarcam em uma jornada de moto até Khardung La, a estrada mais alta do mundo.

Quatro Mulheres, Duas Rodas é bom?

O filme transcende as expectativas ao aprofundar-se nas histórias individuais. Sky, aparentemente uma influenciadora frívola, lida com traumas pessoais após ter suas fotos íntimas compartilhadas online. Mahi, uma avó sikh (religião que prega a igualdade entre homens e mulheres, e acredita nos ensinamentos dos Dez Gurus do sikhismo), busca realizar seu sonho de pilotar uma moto em uma das estradas mais desafiadoras. Uzma, aprisionada pelo conservadorismo, é hábil em consertar motos e busca liberdade. Manjari, apesar de uma criação superprotetora, deseja explorar o mundo.

Ao embarcarem na jornada até Khardung La, o longa evita clichês comuns de filmes de estrada, oferecendo obstáculos realistas e desenvolvimento de personagens. As performances merecem destaque, especialmente a de Ratna Pathak Shah, que ilumina a tela com seu charme e habilidade. A história, esperada para cair em clichês, surpreende ao manter a novidade narrativa, explorando a amizade, amor e auto-descoberta.

Contudo, na segunda metade, “Quatro Mulheres, Duas Rodas” cede à melancolia e chavões de produções do gênero, perdendo parte de seu ímpeto inicial. O grupo se separa, reunindo-se apenas após um incidente hospitalar, tocando em convenções típicas do gênero. Entretanto, o filme não ostenta empoderamento feminino de maneira forçada, se tornando uma verdadeira celebração da feminilidade.

Conclusão

“Quatro Mulheres, Duas Rodas” é um filme que não apenas entretém, mas também inspira, colocando as mulheres no centro de uma narrativa de amizade, coragem e auto-descoberta. Imperdível para quem busca uma experiência que vai além dos estereótipos convencionais.