Navio de Sangue crítica do filme nigeriano da Netflix 2023

Foto: Netflix / Divulgação

Dirigido por Moses Inwang e escrito por Musa Jeffery David, o filme “Navio de Sangue” (Blood Vessel) é uma espécie de drama-thriller que mergulha nas profundezas da experiência humana, explorando temas de desespero, amizade, lealdade e sobrevivência.

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Sinopse do filme Navio de Sangue

A trama tem como foco seis personagens unidos pelo acaso, buscando escapar de uma cidade devastada pela poluição do petróleo. Ao se tornarem clandestinos em um navio misterioso, a busca por uma vida melhor se transforma em uma luta pela sobrevivência, testando amizade, traição, amor, vulnerabilidade, tempo e acaso.

Navio de Sangue é bom?

“Navio de Sangue” se destaca ao criar uma atmosfera tensa e claustrofóbica dentro dos confinados espaços do navio onde os protagonistas se veem encurralados. A premissa inicial é interessante, proporcionando momentos genuinamente chocantes e emocionantes à medida que a produção se desenrola. No entanto, a projeção de quase duas horas parece excessiva e, em alguns momentos, clichê, prejudicando o impacto das reviravoltas e dos momentos de tensão.

A narrativa, centrada na perigosa jornada marítima dos protagonistas, é comprometida por efeitos visuais questionáveis, especialmente em cenas de ação. O CGI deficiente tira o espectador da experiência, transformando o que deveria ser emocionante em momentos quase cômicos. As sequências de tiroteios e combates corpo a corpo carecem de autenticidade, prejudicando a imersão e o envolvimento emocional.

Apesar das deficiências nas cenas de ação, “Navio de Sangue” compensa em termos de conexão emocional com os personagens. Além disso, o elenco entrega performances convincentes, tornando as personagens, mesmo apresentadas por um curto período, reláveis e envolventes.

Conclusão

“Navio de Sangue” não reinventa o gênero, mas oferece uma experiência emocional envolvente que conquista a simpatia do público. A trama, embora por vezes alongada e tropeçando em efeitos visuais, destaca-se pela conexão humana e pela exploração de temas universais. Por fim, o desfecho impactante ajuda a acrescentar camadas ao enredo, elevando o resultado final da produção.

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Onde assistir ao filme Navio de Sangue (2023)?

O filme “Navio de Sangue” estreou nesta sexta-feira, dia 8 de dezembro de 2023, no catálogo da Netflix.

Trailer do filme Navio de Sangue, da Netflix (2023)

Navio de Sangue: elenco do filme da Netflix (2023)

  • Adaobi Dibor
  • David Ezekiel
  • Sylvester Ekanem
  • Levi Chikere
  • Obinna Okenwa
  • René Mena

Ficha técnica do filme Navio de Sangue, da Netflix (2023)

  • Título original do filme: Blood Vessel
  • Direção: Moses Inwang
  • Roteiro: Musa Jeffery David
  • Gênero: drama, suspense
  • País: Nigéria
  • Ano: 2023
  • Duração: 119 minutos
  • Classificação: 16 anos

5 thoughts on “‘Navio de Sangue’ cativa, mas poderia ser mais curto

  1. Sem dúvida, existe ”racismo explícito no filme”. Porém verifiquem como os nigerianos chamam os ”afrodescendentes das Américas”, a passagem em que ”nigerianos escravizados se jogam ao mar”, preferindo a morte a escravização diz muito sobre isso. Os que sobreviveram, preferiram viver, são completamente depreciados por muitos nigerianos.
    Percebam, a ”ofensa dirigida”, ao herói do filme, por um dos ”utópicos personagens de boinas”, ele é chamado de ”MESTIÇO”, ofensa com a qual se insurge imediatamente, partindo para cima do ofensor.
    A ”Corrupção do oficial Cabo Verdiano”, também diz muito sobre o preconceito (comum em alguns países africanos) com ”povos mestiços como os de Cabo Verde”, produto da miscigenação de ”Africanos e Portugueses”, como alias, o NOSSSO.

    Cuidado, queridos, não caíamos no jogo!

    Prof. Dr. Luciano Zucchi.

  2. Me desculpem, porém o filme é cheio de clichês e estereótipos para lá de superficiais.
    Os maus são os ”Russos” contrabandistas de petróleo cru, (como se não houvesse petróleo na Rússia, ou, outros produtos na ÁFRICA, para russos contrabandearem, como ”Diamantes”, por exemplo. Porém como o filme é nigeriano, é compreensível, o país é grande produtor de óleo cru. O oficial marítimo nigeriano é incorruptível (africano puro claro!), já o oficial da guarda de Cabo Verde, ”o Mestiço vendido”, a nigeriana namorada do russo criminoso deixa o navio, horrorizada depois do primeiro assassinato, o outro nigeriano, tripulante do navio, é preso, por também não compactuar com a matança. Já os ”RUSSOS”, o gente do mal, até tirar a pele dos prisioneiros não os cansa, para exercitar a ”CRUELDADE INTRINSECA A ESSE POVO”.
    Interessante, é que os colonizadores da Nigéria, foram os Britânicos, e o país tem parceria com companhias e países ocidentais na exploração de seus recursos, ”TODOS”.
    Como o ”antigo Congo Belga”, ex colônia do Rei Leopoldo, e seus facões cortadores de mãos, pesquisem, é só dar um gogle, só as imagens falarão tudo!
    O filme, desconfio, que não é fraco, mas pior, ”tendencioso”, a Rússia, cresce em influência na África toda, portanto países e governos ligados ao ocidente, tem interesse em denegrir sua imagem. Longe de defender o governo russo, porém a atual situação da África, tem muito mais a ver com os países ocidentais do que com ”O MAL ORIUNDO DO SATÃ DAS ESTEPES.

    Prof. Dr. Luciano Zucchi.

  3. Vcs não tiveram nem a capacidade de narrar o racismo explícito que o filme abordou. Que crítica rasa

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