'A Saga de Slyth' chega a ser irritante

“A Saga de Slyth” (Slyth: The Hunt Saga), filme de ficção científica tailandês que chega ao catálogo da Netflix, promete uma narrativa repleta de ação e mistérios baseada em lendas antigas.

Com um cenário apocalíptico em que um incêndio florestal mortal polui a Terra a ponto de ameaçar a civilização, a humanidade parece depender dos Slyths, criaturas reptilianas lendárias capazes de se disfarçar de humanos e cujo sangue possui propriedades curativas. Entretanto, a execução do filme deixa muito a desejar.

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Sinopse do filme A Saga de Slyth

Depois que incêndios apocalípticos tornam o mundo inabitável, um grupo de amigos encontra uma misteriosa criatura híbrida, fundamental para a sobrevivência humana.

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Confira a crítica do filme "A Saga de Slyth", ficção científica tailandesa que está disponível para assinantes da Netflix. — Cena do filme “A Saga de Slyth” (Foto: Netflix / Divulgação)

Crítica de A Saga de Slyth (2024)

“A Saga de Slyth” falha em desenvolver um mundo convincente ou personagens com os quais o público possa se importar. A maior parte da narrativa se perde em sequências de um jogo de realidade virtual que pouco adiciona à história central, enquanto a condição desesperadora da Terra e os próprios Slyths são quase esquecidos. A trama principal é confusa e mal executada, com uma mistura de romance superficial e cenas de ação mal elaboradas que mais provocam risadas do que admiração.

A qualidade do CGI também é decepcionante, com representações dos Slyths que não conseguem convencer os espectadores, parecendo falsas e desconectadas. O desenvolvimento de personagens é praticamente inexistente, existindo apenas para mover a trama adiante sem fazer com que o público se importe com algum deles, tornando-os esquecíveis.

Por fim, embora a ideia de incorporar elementos da mitologia suméria sobre os Anunnaki como inspiração para os Slyths seja interessante, o filme não explora adequadamente essa tradição, resultando em uma experiência frustrante e irritante para o espectador. Ademais, as tentativas de criar um vínculo emocional através de um romance e de momentos dramáticos são forçadas e ineficazes.

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Conclusão

“A Saga de Slyth” não cumpre o que promete. Apesar da premissa interessante e do potencial para explorar temas ricos e interessantes, o filme se perde em subtramas desnecessárias e numa pobre execução. Os elementos de ficção científica e ação são mal aproveitados, resultando em uma obra confusa e esquecível, num exemplo clássico de como não aproveitar um bom conceito, deixando muito a desejar em termos de entretenimento e substância.