12ª temporada de 'American Horror Story' coloca a série no rumo novamente

Ao longo dos anos, “American Horror Story” conquistou um lugar especial na televisão com sua abordagem única e elenco estelar. No entanto, a série começou a perder seu brilho com o tempo, com a saída de grandes nomes do elenco e temas menos interessantes. A temporada 12 de “American Horror Story”, intitulada de “Delicate”, traz de volta o interesse do público com a inclusão de Kim Kardashian no elenco, gerando curiosidade semelhante à que aconteceu com Lady Gaga na quinta temporada.

Sinopse da série American Horror Story: Delicate, do Star Plus

A temporada é baseada no livro “Delicate Condition”, de Danielle Vallentine, e tem um foco mais definido do que as anteriores. A história segue Anna (Emma Roberts), uma atriz que está passando por um tratamento de fertilidade enquanto lida com visões e eventos estranhos que a fazem questionar sua sanidade. A trama se desenrola em torno do tema da gravidez e do corpo feminino, explorando o terror em um contexto mais íntimo e pessoal.

Crítica da temporada 2 de American Horror Story: Delicate, do Star+

A 12ª temporada de “American Horror Story” inicia de forma promissora, apresentando uma trama envolvente e personagens intrigantes em “Multiplique Sua Dor”. A inclusão de Kim Kardashian no elenco acrescenta um elemento de novidade e curiosidade, e ela surpreende positivamente em seu papel de publicitária de Anna, interpretada por Emma Roberts. A história se desenvolve de maneira mais contida do que o habitual para a série, optando por um tom mais thriller do que horror, o que pode desapontar os fãs mais antigos, mas torna a temporada mais acessível para um público mais amplo.

Episódio 1: Multiplique Sua Dor

A história gira em torno de temas como gravidez, feminilidade e controle do corpo, explorando o terror em um contexto mais pessoal e íntimo. A série utiliza imagens visualmente impactantes e perturbadoras para criar uma atmosfera de suspense e desconforto, especialmente nas cenas em que Anna enfrenta suas visões e medos.

Episódio 2: Durma, Bebê

Já o segundo episódio, “Durma, Bebê”, mergulha ainda mais fundo na vida de Anna, explorando as complexidades de sua jornada como atriz e futura mãe. Enquanto seus sonhos parecem estar se realizando, a realidade cruelmente se desdobra diante dela, revelando as dores e os desafios que acompanham a busca pelo sucesso e pela maternidade.

O episódio apresenta uma narrativa intensa e sombria, explorando temas como ambição, maternidade e as expectativas impostas às mulheres na indústria do entretenimento. A performance de Emma Roberts como Anna é impressionante, transmitindo a angústia e a vulnerabilidade de sua personagem de forma impactante.

A abordagem visual e estilística do episódio contribui para a atmosfera sombria e inquietante da série. Os eventos surreais e os elementos de horror acrescentam uma camada de tensão e suspense à trama, mantendo o espectador envolvido e intrigado.

Episódio 3: Quando o Galho Quebra

O terceiro episódio se destaca por sua abordagem mais direta e concisa, entregando um ritmo mais acelerado e perturbador. A trama continua a explorar os temas da maternidade e da fama, mas agora com uma camada adicional de terror psicológico.

A performance de Anna como protagonista é impressionante, transmitindo toda a angústia e desespero de uma mulher que se vê presa em um pesadelo sem fim. As cenas de sonho e alucinação são especialmente impactantes, criando uma atmosfera de suspense e terror que permeia todo o episódio. A introdução de novos elementos sobrenaturais, como as misteriosas mulheres com chifres e os eventos inexplicáveis na casa de Thalia, aumentam ainda mais a sensação de que algo muito sinistro está acontecendo.

Episódio 4: Gêmeo Desaparecido

O episódio é um dos mais surpreendentes e intrigantes até agora. A introdução de uma trama histórica com Maria Tudor e Elizabeth I acrescenta uma camada fascinante ao enredo, explorando temas de poder, traição e sobrenatural. A decisão de unir eventos históricos com a narrativa contemporânea de Anna cria um contraste envolvente, mantendo os espectadores intrigados com o desenrolar da história.

A atuação do elenco é excepcional, especialmente nas cenas que retratam os eventos históricos. O retorno de Anna ao centro da trama também é bem executado, com a personagem enfrentando novos desafios e descobrindo verdades perturbadoras sobre sua própria gravidez.

Episódio 5: Preecher

Neste episódio, conhecemos a história de origem da Sra. Preecher, uma estudante de moda promissora nos anos 1980 que faz um pacto com o diabo para alcançar o sucesso. Ao mesmo tempo, acompanhamos a jornada de Anna, que enfrenta desafios cada vez mais perturbadores durante sua gravidez complicada.

O episódio da série segue explorando temas de maternidade, poder e sacrifício de uma forma que é ao mesmo tempo perturbadora e fascinante. A introdução da história de origem da Sra. Preecher adiciona uma camada de complexidade ao enredo, mostrando como decisões feitas no passado podem ter consequências terríveis no presente.

A atuação do elenco continua sendo um dos pontos altos da temporada, com destaque para as performances de Anna (Roberts) e Dex (Matt Czuchry), que conseguem transmitir a tensão e o desespero de seus personagens de maneira convincente. A revelação de que o Dr. Hill está envolvido em atividades satânicas traz um elemento ainda mais bizarro à trama, deixando os espectadores ansiosos para descobrir o que acontecerá a seguir.

Episódio 6: Noite de Estreia

O mais recente episódio da temporada 12 de “American Horror Story: Delicate” mergulha ainda mais fundo nos mistérios e na complexidade de seus personagens, oferecendo reviravoltas chocantes e revelações perturbadoras. A trama entrelaça de forma eficiente os eventos do passado e do presente, criando uma narrativa envolvente e cheia de suspense.

A atuação do elenco continua sendo um dos pontos altos da temporada, com destaque para Grace Gummer, que entrega uma performance emocionalmente poderosa como Margaret Alcott. A ambientação sombria e a fotografia cuidadosamente elaborada contribuem para a atmosfera sinistra e opressiva do episódio, mantendo os espectadores totalmente envolvidos na história.

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Conclusão

A temporada 12 de “American Horror Story” parece que veio para ficar. Depois de alguns anos irregulares, a série que todos gostavam tanto retoma seu caminho, ainda que com passos um pouco diferentes. Que os episódios restantes mantenham o nível desta primeira leva.