
Foto: Globoplay / Divulgação
Transformar a história de uma rádio alternativa icônica dos anos 1980 em um filme de ficção com ambições comerciais não é tarefa fácil. O filme “Aumenta que é Rock ‘n’ Roll”, dirigido por Tomás Portella e escrito por L.G. Bayão, é uma tentativa de capturar a essência da Fluminense FM, conhecida como “A Maldita”.
O longa-metragem busca tanto atrair o público nostálgico quanto conquistar a geração mais jovem que talvez não consiga entender a importância cultural dessa rádio. Mas será que ele consegue atingir esse objetivo?
Sinopse do filme Aumenta Que é Rock ‘n’ Roll (2024)
O filme narra os primeiros anos da Fluminense FM, de 1982 a 1985, uma rádio que revolucionou o cenário musical carioca ao tocar exclusivamente rock e romper com as práticas tradicionais das rádios da época. Luiz Antônio (Johnny Massaro) e Samuca (George Sauma) são dois jovens repórteres descontentes com seus empregos que acabam assumindo a gestão da rádio.
A partir daí, a Fluminense FM se torna um ponto de convergência para a juventude carioca, trazendo novidades musicais e participando ativamente dos movimentos culturais e políticos do Brasil, que passava pelo processo de redemocratização.
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Crítica do filme Aumenta Que é Rock ‘n’ Roll, do Globoplay
“Aumenta que é Rock ‘n’ Roll” acerta ao retratar com precisão o espírito rebelde e inovador da Fluminense FM. A ambientação dos anos 1980 é minuciosa, desde os detalhes dos cenários até a trilha sonora repleta de clássicos do rock nacional e internacional. Para quem viveu a época, o filme é uma verdadeira viagem no tempo, repleta de nostalgia.
Johnny Massaro brilha no papel de Luiz Antônio, capturando a paixão e a determinação do personagem com uma atuação convincente e carismática. O elenco de apoio também merece elogios, especialmente George Sauma como Samuca e Marina Provenzzano como Alice, o interesse amoroso de Luiz Antônio.
No entanto, a tentativa de inserir uma história de amor no meio da trama principal acaba por prejudicar o ritmo do filme. A narrativa se divide entre a biografia da rádio e o romance, sem conseguir harmonizar perfeitamente os dois elementos.
O filme, apesar de seu esforço, acaba sendo convencional demais em sua execução. Esperava-se uma abordagem mais ousada e subversiva, condizente com o espírito da Fluminense FM, mas o resultado é uma obra que, embora bem produzida, carece de inovação cinematográfica. A direção de Tomás Portella é competente, mas não consegue escapar de clichês do gênero biográfico, o que torna o longa previsível em muitos momentos.
Conclusão
“Aumenta que é Rock ‘n’ Roll” é um filme que tem muito a oferecer para os fãs de rock e para aqueles que viveram os anos 80 no Rio de Janeiro. É um tributo carinhoso e nostálgico à Fluminense FM e à sua importância cultural. No entanto, para a geração atual, o filme pode parecer apenas uma curiosidade histórica, sem a mesma ressonância emocional.
Com uma narrativa dividida e uma abordagem pouco ousada, “Aumenta que é Rock ‘n’ Roll” deixa a sensação de que a história da Maldita merecia um tratamento mais profundo e inovador, talvez mais adequado ao formato de uma série. Mesmo assim, é uma produção que vale a pena conferir, principalmente pela excelente trilha sonora e as atuações apaixonadas do elenco.
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Onde assistir ao filme Aumenta Que é Rock ‘n’ Roll?
O filme está disponível para assinantes do Globoplay.
Trailer de Aumenta Que é Rock ‘n’ Roll (2024)
Elenco de Aumenta Que é Rock ‘n’ Roll, do Globoplay
- Johnny Massaro
- Marina Provenzzano
- George Sauma
- Flora Diegues
- João Vitor Silva
- Orã Figueiredo
- Silvio Guindane
- Joana Castro
Ficha técnica do filme Aumenta Que é Rock ‘n’ Roll
- Direção: Tomás Portella
- Roteiro: L.G. Bayão
- Gênero: drama, comédia, musical
- País: Brasil
- Duração: 112 minutos
- Classificação: 16 anos
3 thoughts on “‘Aumenta Que é Rock ‘n’ Roll’: atuações e trilha sonora camuflam superficialidade do filme”