A série “Cidade de Deus: A Luta Não Para” chega com a difícil tarefa de revisitar um dos maiores clássicos do cinema brasileiro, trazendo novos olhares e questionamentos para uma história que, 22 anos depois, continua tão relevante quanto em sua origem.
Com direção de Aly Muritiba e um roteiro assinado por uma equipe talentosa, a série promete não apenas relembrar os icônicos momentos do filme, mas também expandir o universo da Cidade de Deus, explorando novas nuances e desafios.
Sinopse do episódio 1 da série Cidade de Deus (2024)
O primeiro episódio nos reintroduz ao mundo de Buscapé, agora um fotógrafo respeitado, mas ainda marcado pela violência que documentou por anos. A série se passa em 2004, 20 anos após os eventos do filme, e mostra um Rio de Janeiro ainda dilacerado pela guerra do tráfico, mas agora também confrontando o surgimento das milícias.
Buscapé retorna à Cidade de Deus, não como morador, mas como um observador, em busca de novas histórias para contar. A trama se desenrola em torno de antigos e novos personagens, destacando o confronto iminente entre Curió, o novo chefe do tráfico, e Bradock, recém-saído da prisão.
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Crítica do 1º episódio de Cidade de Deus, da Max
“Cidade de Deus: A Luta Não Para” surpreende pela forma como evita cair na nostalgia fácil, tão comum em sequências tardias. Em vez disso, a série utiliza a familiaridade do público com os personagens para criar uma narrativa que se aprofunda em temas ainda mais complexos e pertinentes.
A direção de Aly Muritiba, com seu foco nas consequências da violência e na vida cotidiana dos moradores, traz uma nova dimensão à história. A mudança de perspectiva é clara: se o filme original destacava a ascensão e queda do crime organizado, a série busca mostrar o impacto disso nas pessoas comuns, aquelas que lutam para sobreviver e encontrar paz em meio ao caos.
O roteiro, embora expositivo nos primeiros minutos, cumpre bem o papel de situar o espectador neste novo contexto. A reintrodução de personagens como Buscapé, agora mais cínico e consciente das limitações de seu trabalho, é feita de maneira orgânica, sem forçar conexões. Além disso, a série se destaca pela inclusão de novos personagens femininos que trazem vozes antes subrepresentadas, como Berenice, que agora assume um papel de liderança na comunidade.
Visualmente, a série se afasta da estética frenética do filme, optando por uma abordagem mais sóbria e intimista, que destaca as cores e texturas da favela com um olhar mais sensível. A fotografia reflete a maturidade dos personagens e da própria narrativa, que não tem medo de pisar no freio para explorar as complexidades emocionais e sociais da Cidade de Deus.
Conclusão
O primeiro episódio de “Cidade de Deus: A Luta Não Para” estabelece uma base sólida para o que promete ser uma continuação digna de seu predecessor. Com uma narrativa que respeita o legado do filme, mas que não se limita a ele, a série abre espaço para novas histórias e perspectivas, mostrando que a luta, de fato, não parou.
Para os fãs do filme, essa é uma oportunidade de revisitar um universo já conhecido, mas sob uma nova luz, que explora as realidades contemporâneas do Rio de Janeiro e seus habitantes.
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Onde assistir à série Cidade de Deus?
A série está disponível para assinantes da Max.
Trailer de Cidade de Deus (2024)
Elenco de Cidade de Deus, da Max
- Wayne LeGette
- Alexandre Rodrigues
- Roberta Rodrigues
- Thiago Martins
- Edson Oliveira
- Marcos Palmeira
- Andréia Horta
- Sabrina Rosa
- Eli Pereira
- Demétrio Nascimento Alves
Ficha técnica da série Cidade de Deus
- Gênero: drama, policial
- País: Brasil
- Ano: 2024
- Temporada: 1
- Episódios: 6 (apenas 1 está disponível)
- Classificação: 16 anos
4 thoughts on “Série ‘Cidade de Deus’ respeita o legado do filme, mas não se limita à nostalgia”