Início » ‘Contagem Regressiva’ é ação sem pressa e ameaça sem peso

Toda boa série de ação precisa de um motor que a impulsione: seja o tempo correndo contra os heróis, seja uma ameaça palpável que paira sobre tudo e todos. “Contagem Regressiva”, série criada por Derek Haas, tenta se apoiar nessa fórmula, mas já nos três primeiros episódios tropeça na própria ambição e entrega mais pose do que substância.

Com um elenco recheado de nomes conhecidos e a promessa de misturar forças especiais dos mais diversos órgãos — FBI, LAPD, DEA, DHS — a produção quer parecer grandiosa, mas esquece de fazer o básico: criar tensão, coerência e envolvimento. A proposta até chama atenção, mas a execução revela uma série que está menos interessada em contar uma boa história e mais preocupada em parecer importante.

Jensen Ackles lidera o elenco com seu agente Mark Meachum, mas nem o carisma do ator, consagrado em Supernatural, é suficiente para mascarar o roteiro apressado, a direção sem identidade e os personagens genéricos. Tudo parece mais um compilado de cenas recicladas de outras séries do gênero do que algo realmente novo.

E enquanto o caos iminente parece ser o estopim de tudo, o ritmo arrastado e os conflitos desinteressantes fazem com que a única contagem regressiva que realmente importe seja a do espectador esperando que a série engrene — ou acabe.

➡️ Frete grátis e rápido! Confira o festival de ofertas e promoções com até 80% OFF para tudo o que você precisa: TVs, celulares, livros, roupas, calçados e muito mais! Economize já com descontos imperdíveis!

Sinopse

Em Contagem Regressiva, o assassinato de um agente da segurança nacional em plena luz do dia coloca Los Angeles em alerta. Para investigar o caso, uma força-tarefa secreta é formada com membros de diferentes órgãos da lei. Liderada pelo agente durão Mark Meachum (Jensen Ackles), a equipe tenta desvendar uma conspiração de dimensões catastróficas: uma suposta ameaça nuclear que paira sobre a cidade.

Mas enquanto o cenário aponta para um desastre de escala histórica, os integrantes da equipe parecem mais preocupados com dramas pessoais do que com o fim do mundo. Entre falas solenes, intrigas burocráticas e investigações sem pé nem cabeça, o perigo vai se diluindo — e a série também.

➡️ Acompanhe o Flixlândia no Google Notícias e fique por dentro do mundo dos filmes e séries do streaming

Crítica

Desde o início, Contagem Regressiva vende a ideia de reunir o “dream team” das forças de segurança dos EUA. O problema é que nenhum dos integrantes da Força-Tarefa Furacão se destaca de verdade. A série joga siglas e uniformes na tela como se isso bastasse para criar autoridade ou tensão, mas esquece de dar alma aos personagens.

Jensen Ackles tenta entregar um protagonista firme, mas acaba soterrado por frases feitas e atitudes previsíveis. Jessica Camacho, que vive a agente Oliveras, é um raro ponto de equilíbrio, mas seu desempenho é desperdiçado em cenas sem impacto real. O restante do elenco mal tem espaço, funcionando quase como figurantes de luxo.

➡️ 4ª temporada de ‘O Urso’ finalmente entrega o prato principal – e pode sair de cena com dignidade
➡️ Entre armaduras e dilemas: ‘Coração de Ferro’ tenta forjar nova identidade no MCU
➡️ ‘A Fada e o Pastor’ entrega romance com toque espiritual e dilemas adolescentes

cena da série Contagem Regressiva do Prime Video 2025 (1)
Jensen Ackles é a grande estrela da série “Contagem Regressiva” (Foto: Prime Video / Divulgação)

A ameaça invisível e o roteiro preguiçoso

A trama deveria girar em torno de um atentado nuclear em Los Angeles, mas falta o principal: senso de urgência. Os personagens reagem com a mesma intensidade de quem perdeu o ônibus, e não como quem está diante de uma catástrofe radioativa. Há menções a Hiroshima e Chernobyl, mas nenhuma consequência real ou atmosfera que sustente o peso dessas comparações.

Além disso, o roteiro aposta em soluções fáceis, diálogos expositivos e viradas pouco convincentes. Em certos momentos, a série parece mais uma paródia mal disfarçada de 24 Horas do que um thriller sério. Mesmo quando há ação, ela surge sem impacto, como se estivesse apenas preenchendo tempo de tela.

Estética de cartão-postal, mas sem alma

Visualmente, Contagem Regressiva tenta compensar a falta de conteúdo com imagens aéreas de Los Angeles, bairros variados, letreiros pomposos e uma paleta de cores que remete a comerciais de perfume. A produção é competente no que diz respeito à ambientação, mas isso não é o bastante para sustentar uma história fraca.

A cidade é bem explorada, mas serve apenas de pano de fundo para personagens que não se conectam com o lugar — nem entre si. O resultado é uma série que tenta parecer global, mas soa genérica. Faltam autenticidade, conflitos reais e, principalmente, tensão narrativa.

Conclusão

Os três primeiros episódios de Contagem Regressiva mostram que a série quer muito, mas entrega pouco. Com uma proposta ambiciosa e um elenco de peso, a produção tinha tudo para ser um novo sucesso da Prime Video. No entanto, falha onde não poderia: na construção do suspense, no desenvolvimento dos personagens e na entrega de uma trama envolvente.

O espectador termina os episódios mais entediado do que ansioso pelo próximo. A contagem regressiva virou figura de linguagem — não há pressa, não há urgência, não há consequência. Se o restante da temporada não mudar drasticamente de rumo, Contagem Regressiva corre o risco de se tornar apenas mais um nome esquecível na lista de produções que começaram com promessas e terminaram em frustração.

Siga o Flixlândia nas redes sociais

➡️ Instagram
➡️ Twitter
➡️ TikTok
➡️ YouTube

Onde assistir à série Contagem Regressiva?

A novela está disponível para assistir no Prime Video.

Trailer de Contagem Regressiva (2025)

Elenco de Contagem Regressiva, do Prime Video

  • Jensen Ackles
  • Eric Dane
  • Jessica Camacho
  • Elliot Knight
  • Violett Beane
  • Uli Latukefu

Sobre o autor

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *