Confira a crítica de "Duna: A Profecia", série de 2024 ambientada no universo de "Duna" disponível para assistir na Max.

‘Duna: A Profecia’ tem começo ambicioso, mas cambaleante

Compartilhe

Depois do sucesso das adaptações cinematográficas de “Duna” dirigidas por Denis Villeneuve, a Max decidiu expandir o universo criado por Frank Herbert com a série “Duna: A Profecia” (Dune: Prophecy).

O primeiro episódio, intitulado “A Mão Oculta”, promete mergulhar os espectadores na intricada história da Irmandade Bene Gesserit, situada milhares de anos antes da saga de Paul Atreides. Mas será que esse prelúdio cumpre as altas expectativas ou tropeça em sua própria ambição?

Frete grátis e rápido! Confira o festival de ofertas e promoções com até 80% OFF para tudo o que você precisa: TVs, celulares, livros, roupas, calçados e muito mais! Economize já com descontos imperdíveis!

Sinopse da série Duna: A Profecia (2024)

“A Mão Oculta” nos transporta para um período pós-Jihad Butleriano, a guerra que baniu as máquinas pensantes, e apresenta as origens das Bene Gesserit. Valya Harkonnen (Emily Watson) emerge como líder da Irmandade, determinada a moldar o futuro da humanidade por meio de estratégias genéticas e manipulações políticas.

Enquanto isso, a princesa Ynez Corrino (Sarah-Sofie Boussina) é prometida em casamento a um jovem herdeiro da Casa Richese em uma aliança política que visa fortalecer o controle imperial.

Intrigas palacianas, tensões entre facções e o mistério em torno do soldado Desmond Hart (Travis Fimmel) compõem os pilares do episódio, que se encerra com um intrigante cliffhanger.

Você também pode gostar disso:

+ Entre altos e baixos, ‘A Sonhadora’ oferece tanto escapismo quanto reflexão

+ Temporada 2 de ‘Mal de Família’ começa de forma promissora, mas aquém da anterior

+ Investigação Alienígena’ é uma boa opção para os curiosos sobre o tema

Crítica de Duna: A Profecia, da Max

Desde o início, “Duna: A Profecia” deixa claro que está caminhando sobre um terreno delicado: como traduzir a densidade do universo de Frank Herbert para um formato acessível, mas fiel?

O primeiro episódio se esforça para situar os espectadores, mas recorre a extensos trechos expositivos que comprometem o ritmo narrativo. Embora compreensível para iniciantes, essa abordagem acaba irritando um pouco os fãs mais familiarizados, que esperavam uma imersão mais orgânica no enredo.

Emily Watson e Olivia Williams entregam boas atuações como Valya e Tula Harkonnen, respectivamente, dando profundidade às tensões internas da Irmandade. Entretanto, o excesso de diálogos expositivos limita o potencial dramático de suas interações. Já Travis Fimmel, no papel de Desmond Hart, se destaca com um ar enigmático que promete ser um dos pilares emocionais da série.

Visual e trilha aquém dos filmes

Visualmente, a produção impressiona com cenários grandiosos e figurinos elaborados que capturam a opulência das Grandes Casas e a austeridade da Irmandade.

No entanto, a direção de arte parece inevitavelmente ofuscada pela estética magistral dos filmes de Villeneuve. A trilha sonora, embora competente, carece da grandiosidade que Hans Zimmer trouxe às adaptações cinematográficas.

Trama com potencial

A trama em si é recheada de potencial, mas o episódio inaugural se concentra demais em preparar o terreno, deixando a sensação de que pouco acontece.

Mesmo assim, há momentos de brilhantismo, como as intrigas em torno de Ynez e o mistério que cerca Desmond Hart. Esses elementos sugerem que, uma vez superada a etapa introdutória, a série pode deslanchar em episódios futuros.

Acompanhe o Flixlândia no Google Notícias e fique por dentro do mundo dos filmes e séries do streaming

Conclusão

“Duna: A Profecia” estreia com um episódio que tenta equilibrar acessibilidade e fidelidade ao rico universo de Frank Herbert, mas tropeça em sua abordagem excessivamente didática. Apesar disso, as sementes de uma narrativa intrigante estão presentes, apoiadas por um elenco talentoso e uma direção visual competente.

Para os fãs de “Duna”, o desafio será exercitar a paciência; para os novatos, a série pode servir como uma porta de entrada para esse vasto cosmos. Se os próximos episódios aprofundarem os personagens e simplificarem a exposição, “Duna: A Profecia” tem o potencial de se tornar um elemento memorável na franquia.

Siga o Flixlândia nas redes sociais

Instagram
Twitter
TikTok
YouTube

Onde assistir à série Duna: A Profecia?

A série está disponível para assistir na Max.

Trailer de Duna: A Profecia (2024)

YouTube player

Elenco de Duna: A Profecia, da Max

  • Emily Watson
  • Olivia Williams
  • Travis Fimmel
  • Jodhi May
  • Mark Strong
  • Sarah-Sofie Boussnina
  • Josh Heuston
  • Jade Anouka
  • Aoife Hinds
  • Chris Mason

Ficha técnica da série Duna: A Profecia

  • Título original: Dune: Prophecy
  • Criação: Diane Ademu-John, Alison Schapker
  • Gênero: ficção científica, aventura, ação, drama
  • País: Estados Unidos
  • Temporada: 1
  • Episódios: 6 (apenas 1 está disponível)
  • Classificação: 12 anos
Escrito por
Wilson Spiler

Formado em Design Gráfico, Pós-graduado em Jornalismo e especializado em Jornalismo Cultural, com passagens por grandes redações como TV Globo, Globonews, SRZD e Ultraverso.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Últimas

Procuram-se colaboradores
Procuram-se colaboradores
Artigos relacionados
lázaro série prime video crítica 2025
Críticas

[CRÍTICA] ‘Lázaro’: Harlan Coben tenta a sorte no sobrenatural, mas o roteiro ressuscita… morto

Harlan Coben é praticamente um nome garantido quando o assunto é suspense...

Leia a crítica da série A Agente, da Netflix (2025) - Flixlândia
Críticas

‘A Agente’ e a tensão moral do trabalho secreto

Em um universo de thrillers de crime que, à primeira vista, parecem...

Crítica da temporada 2 da série Ninguém Quer (2025) - Flixlândia
Críticas

Segunda temporada de ‘Ninguém Quer’ evita clichês e amadurece

Transformar uma comédia romântica de sucesso em uma série de TV com...

Crítica do episódio 8, final da temporada 2 de Gen V - Flixlândia
Críticas

Segunda temporada de ‘Gen V’ traz um final explosivo e coeso

A temporada 2 de Gen V estabelece, de forma sangrenta e definitiva,...

Crítica do episódio 7, final da série Task (temporada 1), da HBO Max (2025) - Flixlândia (1)
Críticas

A força de ‘Task’ reside na humanidade dos seus falhos heróis

O final de uma série de prestígio da HBO acarreta sempre expectativas...

Crítica da série minissérie O Monstro de Florença, da Netflix (2025)
Críticas

‘O Monstro de Florença’ desvia da abordagem sensacionalista e oferece novas reflexões sobre o caso

O caso d’O Monstro de Florença, uma série de duplos homicídios que...