Wilson Spiler 
Foto: Max / Divulgação
Após um início pesado e expositivo, a série “Duna: A Profecia” parece encontrar seu equilíbrio em “Duas Lobas”, o episódio 2 que finalmente explora as nuances de seus personagens e o potencial narrativo do universo de Frank Herbert.
As intrigas palacianas e as rivalidades crescentes entre os protagonistas se tornam o coração da trama, enquanto o visual da produção mantém a grandiosidade que o público espera de uma obra associada ao legado de Duna.
Sinopse do episódio 2 da série Duna: A Profecia (2024)
“Duas Lobas” começa imediatamente após os eventos traumáticos do primeiro episódio. A Irmandade Bene Gesserit e o Império Corrino lidam com as consequências da morte de Pruwet Richese e da Reveladora da Verdade do Imperador.
Valya Harkonnen segue para Salusa Secundus em busca de respostas, enquanto sua irmã, Tula, é pressionada a submeter a jovem acólita Lila ao ritual mortal da Agonia. Paralelamente, as tensões entre o Imperador Javicco Corrino e o enigmático Desmond Hart chegam a um ponto crítico, enquanto a rebelião liderada por Keiran Atreides se movimenta nas sombras.
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Crítica do 2º episódio de Duna: A Profecia, da Max
“Duas Lobas” apresenta avanços significativos em relação ao piloto, oferecendo um episódio mais dinâmico e envolvente. O destaque recai sobre as irmãs Harkonnen, interpretadas com maestria por Emily Watson e Olivia Williams. Suas trajetórias aprofundam o conflito central da série, especialmente quando confrontadas com dilemas morais e o peso das escolhas políticas e pessoais.
A cerimônia da Agonia é, sem dúvida, o ponto alto do episódio, tanto visualmente quanto narrativamente. A comunhão de Lila com os antepassados da Irmandade traz uma mistura de misticismo e tragédia, culminando em uma reviravolta que amplia a mitologia das Bene Gesserit.
Chloe Lea, como Lila, entrega uma performance comovente, equilibrando inocência e coragem em uma jornada que deixa marcas tanto no público quanto na Irmandade.
Excesso de subtramas
Por outro lado, a trama envolvendo o Imperador e sua consorte, Natalya, se perde em clichês de intrigas palacianas. Apesar de momentos intrigantes, como o confronto entre Valya e Desmond, a dinâmica do núcleo imperial parece menos interessante em comparação ao universo das Bene Gesserit. Desmond Hart, embora enigmático, ainda não alcança a complexidade que a série insinua para o personagem.
Os cenários, figurinos e efeitos especiais continuam impressionando, reforçando a conexão estética com os filmes dirigidos por Denis Villeneuve. No entanto, o roteiro sofre com o excesso de subtramas e a limitação de uma temporada curta. A introdução apressada de personagens como Mikaela e os rebeldes dificulta a criação de vínculos emocionais, prejudicando o impacto de algumas revelações.
Conclusão
O episódio 2 dá passos importantes para consolidar “Duna: A Profecia” como uma série promissora, mas ainda luta para equilibrar sua ambição com a execução.
O foco nas irmãs Harkonnen e na expansão da mitologia das Bene Gesserit eleva o capítulo, mas a produção precisa corrigir sua tendência a dispersar a narrativa entre subtramas pouco desenvolvidas.
Se conseguir refinar seu ritmo e aprofundar as intrigas já estabelecidas, “Duna: A Profecia” poderá cumprir seu potencial como um prelúdio à altura do universo que representa.
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Onde assistir à série Duna: A Profecia?
A série está disponível para assistir na Max.
Trailer de Duna: A Profecia (2024)
Elenco de Duna: A Profecia, da Max
- Emily Watson
- Olivia Williams
- Travis Fimmel
- Jodhi May
- Mark Strong
- Sarah-Sofie Boussnina
- Josh Heuston
- Jade Anouka
- Aoife Hinds
- Chris Mason
Ficha técnica da série Duna: A Profecia
- Título original: Dune: Prophecy
- Criação: Diane Ademu-John, Alison Schapker
- Gênero: ficção científica, aventura, ação, drama
- País: Estados Unidos
- Temporada: 1
- Episódios: 6 (apenas 2 estão disponíveis)
- Classificação: 16 anos
Sobre o autor
1 thought on “‘Duna: A Profecia’ ainda luta para equilibrar ambição com execução no episódio 2”