Após mais de um ano de espera e um final de temporada que deixou os fãs em suspense, a série adolescente da Netflix, “Minha Vida com a Família Walter”, retorna para sua temporada 2 com a promessa de resolver o complexo triângulo amoroso entre Jackie, Alex e Cole. A narrativa, baseada no livro de Ali Novak, nos leva de volta às vastas paisagens do Colorado, com Jackie (Nikki Rodriguez) tentando se reintegrar à casa dos Walter após sua abrupta partida para Nova York.
No entanto, enquanto a série busca expandir seu universo narrativo, ela frequentemente tropeça em tramas repetitivas e na falta de desenvolvimento significativo, apesar de alguns pontos positivos. A nova temporada, embora seja um entretenimento leve e agradável para seu público-alvo, não consegue se libertar das armadilhas de seu próprio formato.
Sinopse
A segunda temporada de “Minha Vida com a Família Walter” retoma a história de Jackie Howard alguns meses após seu retorno a Nova York, onde ela tentou fugir da confusão causada por seu beijo com Cole, o irmão de seu então namorado, Alex.
Convencida por Katherine, sua guardiã, a voltar para o rancho dos Walter, Jackie se depara com um Alex (Ashby Gentry) transformado, mais confiante e popular após um “glow-up” no acampamento de rodeio. A química não resolvida com Cole (Noah LaLonde) paira sobre a casa, e Jackie tenta desesperadamente ignorar seus sentimentos, buscando uma vida normal.
A temporada explora a dinâmica de um triângulo amoroso central que parece estagnado, ao mesmo tempo em que tenta dar voz a outros personagens. No final, uma confissão de amor chocante de Jackie e um suspense dramático envolvendo o pai da família, George, deixam o público mais uma vez à beira de um precipício narrativo.
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Crítica
Um dos maiores pontos fracos da temporada é a estagnação do triângulo amoroso principal. Enquanto a série tenta construir a tensão romântica entre Jackie, Alex e Cole, a falta de química entre Jackie e Alex torna a disputa desequilibrada.
O relacionamento deles, que na primeira temporada já parecia uma “zona segura” para Jackie, continua sem a faísca e a intensidade que a dinâmica com Cole possui. A introdução de novos personagens como Blake, que compartilha uma paixão por aventura com Alex, ou o potencial não explorado entre Alex e sua melhor amiga Kiley, apenas servem para minar a credibilidade do triângulo central.
Essa repetição de tramas, onde beijos proibidos são vistos por um terceiro, se torna um artifício preguiçoso para gerar drama, tornando as reviravoltas previsíveis e frustrantes. A série insiste em voltar ao ponto de partida, e o público, após investir horas na história, sente-se traído por essa falta de progresso real.

Potencial desperdiçado dos coadjuvantes
A tentativa da série de aprofundar seu elenco é louvável, mas a execução é desigual. Enquanto alguns personagens, como Katherine e Kiley, ganham tramas e relacionamentos fora de sua proximidade com os Walter, outros, como a irmã Parker e a conselheira escolar Tara, são praticamente esquecidos.
O enredo do irmão mais velho Will, que busca um propósito, consome tempo de tela sem necessariamente agregar à trama principal de Jackie. A sobrecarga de subtramas, muitas delas envolvendo múltiplos triângulos amorosos, cria uma experiência de visualização desorientadora.
É como se a série estivesse com medo de se concentrar em seu núcleo, diluindo a atenção e tornando difícil acompanhar quem gosta de quem. Essa falta de foco prejudica o ritmo e a coesão da narrativa, provando que mais nem sempre é melhor.
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Brilho surpreendente de cole e o tratamento da dor de Jackie
Apesar das falhas, a temporada encontra seu maior sucesso no desenvolvimento do personagem de Cole. Ele se destaca como a força motriz mais interessante da narrativa. Após a saída abrupta de Jackie, Cole se afasta de seus velhos hábitos e embarca em uma jornada de crescimento genuíno.
Sua nova responsabilidade como assistente de treinador e a maneira como ele lida com o relacionamento de seu irmão gêmeo com sua ex-namorada mostram uma maturidade surpreendente e inspiradora. A série acerta ao humanizar o “bad boy”, tornando-o um personagem complexo e cativante, com o qual o público realmente se importa.
Da mesma forma, o tratamento da dor de Jackie nesta temporada é mais sutil e eficaz. Ao invés de ser um obstáculo que consome sua vida, a perda de seus pais se torna uma parte integrada de sua identidade. Seus momentos de luto, como a reconexão com a arte de sua mãe, são belamente entrelaçados na trama, dando profundidade ao seu personagem sem que o drama romântico se sobreponha à sua dor.
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Conclusão
A temporada 2 de “Minha Vida com a Família Walter” oferece um escape reconfortante e nostálgico para o público jovem, com a promessa de drama adolescente e uma família grande e unida. As performances de Nikki Rodriguez, Ashby Gentry e Noah LaLonde são sólidas e ajudam a elevar o material, especialmente o crescimento de Cole.
No entanto, a série luta para equilibrar suas múltiplas tramas e cai na armadilha da repetição, com a centralidade de triângulos amorosos que parecem mais clichês do que cativantes. A ausência de progresso real na história de Jackie, Alex e Cole pode frustrar o público mais investido, mas o final cheio de suspense garante que a espera pela terceira temporada será inevitável.
Em suma, é uma série que se sente confortável demais em sua própria fórmula, e o resultado é uma temporada que é agradável, mas não inovadora, e que deixa o espectador com a sensação de “já vi isso antes”.
Onde assistir à 2ª temporada de Minha Vida com a Família Walter?
A série está disponível para assistir na Netflix.
Assista ao trailer da segunda temporada de Minha Vida com a Família Walter
Quem está no elenco da temporada 2 de Minha Vida com a Família Walter?
- Nikki Rodriguez
- Sarah Rafferty
- Marc Blucas
- Noah LaLonde
- Ashby Gentry
- Johnny Link
- Corey Fogelmanis
- Connor Stanhope
- Zoë Soul
- Jaylan Evans