Confira a crítica do filme "O Corvo", ação de 2024 com Bill Skarsgård disponível para assistir no catálogo do Telecine.

‘O Corvo’ (2024), uma tentativa frustrada de atualizar um clássico cultuado

Foto: Divulgação
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Lançado em 1994, “O Corvo”, de Alex Proyas marcou uma geração ao mesclar tragédia pessoal e narrativa gótica em um filme que transcendeu seu contexto. A nova versão de 2025, dirigida por Rupert Sanders e protagonizada por Bill Skarsgård, chega prometendo reinventar a história, mas o resultado é uma obra que, apesar de bem-intencionada, não encontra seu propósito.

Entre escolhas narrativas incoerentes e uma estética forçada, o filme “O Corvo” (2024) fica preso entre o respeito ao original e a busca por relevância contemporânea.

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Sinopse do filme O Corvo (2024)

Em “O Corvo” (2024), Eric Draven (Bill Skarsgård) e Shelly Webster (FKA Twigs) são um casal apaixonado que encontra tragicamente seu fim nas mãos de um grupo liderado pelo vilão Vincent Roeg (Danny Huston).

Ressuscitado por forças sobrenaturais, Eric retorna para buscar vingança e enfrentar os demônios — internos e externos — que o colocaram em seu caminho. No entanto, enquanto o filme tenta explorar a profundidade do relacionamento entre Eric e Shelly, a narrativa é atrapalhada por um ritmo lento e uma caracterização superficial.

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Crítica de O Corvo, do Telecine

Desde seus primeiros minutos, o filme estabelece uma tentativa de modernização que soa artificial. A relação de Eric e Shelly, que deveria ser o alicerce emocional da história, é rasa e clichê. As cenas iniciais dedicadas ao casal até mostram potencial, mas se estendem além do necessário, criando um início arrastado que enfraquece o impacto emocional da tragédia.

A atuação de FKA Twigs carece de intensidade, enquanto Skarsgård, embora competente, não consegue transmitir a melancolia e a profundidade emocional que o papel exige.

Visualmente, Rupert Sanders mantém sua assinatura estilizada, mas falta personalidade. A tentativa de trazer elementos do emo rap e do pop punk para atualizar o visual de Eric resulta em uma estética genérica que se distancia da atmosfera sombria do original. Além disso, o corvo, símbolo central da franquia, é reduzido a um detalhe insignificante na narrativa.

O roteiro, assinado por Zach Baylin e William Josef Schneider, tenta abordar temas complexos, como abuso de poder e vingança, mas esbarra em diálogos fracos e incoerências narrativas. A inclusão de uma dimensão mística mais elaborada, como o Purgatório e um guia humano, poderia ter sido um diferencial, mas a execução confusa e pretensiosa apenas dilui o impacto desses elementos.

Quando finalmente abraça a ação, “O Corvo” entrega uma sequência estilizada no clímax, intercalando luta e ópera. Embora visualmente interessante, a cena se prolonga além do necessário, transformando o que poderia ser um momento de tensão em algo repetitivo e sem impacto. O confronto final, que deveria ser catártico, é surpreendentemente anticlimático, encerrando o filme com uma nota de desânimo.

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Conclusão

“O Corvo” (2024) é uma tentativa frustrada de atualizar um clássico cultuado. Apesar de algumas ideias interessantes, o filme sofre com uma narrativa inconsistente, personagens mal desenvolvidos e escolhas estilísticas que pouco ressoam. A obra falha tanto em homenagear o espírito original quanto em se estabelecer como algo novo e relevante. No fim, a versão de Sanders não é apenas um voo baixo, é um filme que nunca decola.

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Onde assistir ao filme O Corvo?

O filme está disponível para assistir no Telecine.

Trailer de O Corvo (2024)

YouTube player

Elenco de O Corvo, do Telecine

  • Bill Skarsgård
  • FKA twigs
  • Danny Huston
  • Josette Simon
  • Laura Birn
  • Sami Bouajila
  • Karel Dobrý
  • Jordan Bolger
  • Sebastian Orozco

Ficha técnica do filme O Corvo

  • Título original: The Crow
  • Direção: Rupert Sanders
  • Roteiro: Zach Baylin, William Josef Schneider
  • Gênero: ação, suspense, terror, romance
  • País: Estados Unidos, Reino Unido, França, República Tcheca, Alemanha
  • Duração: 111 minutos
  • Classificação: 18 anos
Escrito por
Giselle Costa Rosa

Navegando nas águas do marketing digital, na gestão de mídias pagas e de conteúdo. Já escrevi críticas de filmes, séries, shows, peças de teatro para o sites Blah Cultural e Ultraverso. Agora, estou aqui em um novo projeto no site Flixlândia.

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