Wilson Spiler 
Foto: Netflix / Divulgação
“Bodkin”, a nova série da Netflix, produzida com o selo da produtora dos Obamas, Higher Ground, propõe-se a ser uma mistura intrigante de comédia e thriller, centrada no universo dos podcasts de crime verdadeiro. Estrelada por Will Forte, a produção promete uma abordagem diferenciada ao saturado gênero do true crime, mas será que alcança esse objetivo? Vamos descobrir.
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Sinopse da série Bodkin (2024)
Gilbert Power, interpretado por Will Forte, é um podcaster americano que decide investigar um caso antigo na pequena cidade irlandesa de Bodkin, onde três pessoas desapareceram durante o festival de Samhain, há 25 anos.
Acompanhado por sua jovem pesquisadora, Emmy, e pela jornalista investigativa Dove, eles mergulham numa comunidade repleta de segredos, onde o charme local esconde verdades sombrias. À medida que a trama se desenrola, eles descobrem que o pitoresco festival é apenas a superfície de intrigas mais profundas e perigosas.
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Crítica de Bodkin, da Netflix
“Bodkin” começa com um ritmo lento, quase desanimador, mas melhora significativamente após os episódios iniciais. A série brinca com o conceito de voyeurismo midiático, onde o fascínio pelas histórias alheias se mistura com a realidade, criando uma narrativa que oscila entre o humor sutil e o suspense. Este aspecto é um dos mais intrigantes, colocando em questão não apenas as motivações dos personagens, mas também do público que consome esse tipo de conteúdo.
Siobhán Cullen, como Dove, é uma revelação, trazendo profundidade e complexidade a uma personagem que poderia facilmente cair no clichê da jornalista amargurada. Will Forte, por sua vez, entrega uma performance contida, que subverte suas características mais conhecidas de comédia. O desenvolvimento dos personagens coadjuvantes e a ambientação irlandesa são pontos altos da série, conferindo autenticidade e um charme rústico que contrasta com o tema sombrio.
No entanto, a produção tenta navegar entre momentos de leveza e tensão, mas nem sempre consegue harmonizar esses elementos. Há tentativas de humor que se sentem deslocadas frente à gravidade dos temas abordados. Por outro lado, quando a série acerta, especialmente em cenas que exploram o folclore local e as peculiaridades dos residentes de Bodkin, há um charme indiscutível. A comédia vem não apenas das situações, mas do choque cultural vivenciado pelos protagonistas americanos em terra estrangeira.
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Conclusão
“Bodkin” critica e homenageia a própria mídia que retrata. Embora a série não inove radicalmente, ela oferece entretenimento suficiente para valer a maratona. É uma reflexão sobre como narrativas podem manipular tanto os ouvintes quanto os contadores de histórias, com uma execução que oscila em eficácia mas eventualmente satisfaz, graças ao competente trabalho do elenco e à peculiaridade dos cenários irlandeses.
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Onde assistir à série Bodkin (2024)?
“Bodkin” está disponível para assinantes da Netflix.
Trailer da série Bodkin
Elenco de Bodkin, da Netflix
- Siobhán Cullen
- Will Forte
- Robyn Cara
- Chris Walley
- David Wilmot
Ficha técnica de Bodkin (2024)
- Título original Bodkin
- Criação: Jez Scharf
- Direção: Bronwen Hughes, Nash Edgerton, Johnny Allan, Paddy Breathnach
- Roteiro: Oneika Barrett, Paddy Campbell, Mike O’Leary, Jez Scharf, Alex Metcalf, Megan Mostyn-Brown, Ursula Rani Sarma
- Gênero: comédia, drama, suspense
- País: Estados Unidos, Irlanda
- Ano: 2024
- Temporada: 1
- Episódios: 7
- Duração: de 44 a 56 minutos
- Classificação: 16 anos
1 thought on “‘Bodkin’ critica e homenageia a própria mídia que retrata”